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- Já? você demora pra caralho! - o homem gritou do outro lado da porta.

- Hwang, por favor. eu já estou saindo. - minha voz saiu trêmula pelo choro.

    Ouvi os passos dele se distanciando.
soltei o batom vermelho da tampa, respirei fundo, eu iria acabar com tudo aquilo. Hwang não era mais o príncipe encantado do começo da nossa história. Ele não bebia, não usava nenhuma droga. No entanto sua personalidade era agressiva, muito agressiva. Eu quis acreditar que era tudo engano durante muito tempo.

    Hwang me trazia flores no começo, me levava a lugares lindos. Me pediu em namoro em numa cabine de roda gigante. A vista era linda, ele era lindo, tudo estava perfeito.

    Minha família amou aquele garoto de sorriso doce e gentil. Não se opuseram quando Hwang me pediu para que eu fosse morar com ele em deu apartamento modesto. Eu estava criando meu futuro com um homem até então perfeito.

    Após três meses morando juntos, ele me chamou de vadia apenas por eu responder o bom dia do vizinho gentil. Mais um mês adiante, ele me seu o primeiro tapa no rosto por usar uma regata para ir a faculdade de artes que eu fazia até então. Vinte dias depois ele me forçou a trancar meu curso.

    Aquele homem gentil e doce já não existia mais. Hwang já me deu surras tão fortes capaz de me deixar desacordada.

    Hoje foi o cúmulo, Hwang Me estrupou. Eu vou dar um fim nisso hoje, eu realmente não aguento mais.

    Por fim, fiz um X na mão com aquele batom. O símbolo da minha liberdade.

    Minha intimidade ainda doía pela ação do meu "namorado". Um monstro.

    Tapei novamente o batom e o guardei, caminhei apressada, ignorando a dor. Eu não queria me atrasar para a liberdade.

- Hwang, eu estou pronta. - parei ao lado do sofá onde o homem estava sentado olhando a TV.

- Anda logo. - ele pegou minha mão, e milagrosamente não tinha sido a com o batom.

    Caminhamos pela rua, eu sempre de cabeça baixa. Hwang sempre dizia que eu estava olhando para outros e consequentemente isso me resultava em marcas pelo corpo. Estávamos indo para a farmácia comprar pílula do dia seguinte, ele tinha me estuprado sem camisinha.

Monstro.

- Eu estou dolorida. - comentei baixo apenas para ele ouvir.

- Você procurou isso. Para aprender a nunca mais olhar para outro homem, seu homem sou eu. - Apertei minha mão livre.

    Eu estava triste, estava com ódio, devastada, machucada. Nenhum sentimento bom existia mais ali.

    Hwang tinha pego meu celular e o quebrado na minha frente. Minha família acreditava que eu estava feliz morando com o até então amor da minha vida.

    Isso teria que funcionar, eu já não tinha mais a quem socorrer, eu só saia de casa na presença de Hwang e o  mesmo trancava tudo quando ia trabalhar.

    Avistei a farmácia a minha frente e soltei um suspiro pesado carregado de alívio. Alí estava minha fuga daquele inferno.

    Entrei no local ao lado de Hwang, imediatamente olhei para o caixa e lá estava um homem jovem e alto.

Liberdade || Kim Seokjin (Hiatus)Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα