FIM

50 14 21
                                    

Ana, acordou depois de dois dias no Hospital Português. A polícia teve no seu quarto fazendo perguntas sobre a queimadura na sua perna, e se lembrava de alguma coisa. Ela não soube responder como fora queimada e contou o que achava conveniente falar.

Seus pais, quando os policiais saíram do quarto, a abraçam no leito. Choram juntos. Lamentam a morte de Douglas e a beijam muito.

          Dona Charlene, conta para sua filha que já houve o funeral do namorado. A família não quis esperar Ana acordar. E ela entendeu o porquê da família de Douglas ter escolhido fazer assim.

Ana, ainda rumina os últimos acontecimentos, e os telejornais informam que toda a polícia está empenhada na busca do assassino. Depois de receber alta, ela pede para seu pai ir até o local onde Douglas foi sepultado, mas, é informada que ele foi cremado.

            Seu pai abraça a filha que desaba em choro. Ela geme. Abraça seu pai com força e grita o mais alto que pode, com sua boca colada no peito do seu genitor.

          Passados mais de dois anos, Ana encontra-se parada na frente do computador, trabalhando. Ela não mora mais com seus pais, mas também não mora sozinha.

Desde a tragédia, ela mora numa casa com três demônios quartos, a duas quadras dos seus pais.

— Ana, qual vai ser o tema do aniversário de Dante? — Dona Charlene pergunta tirando os pratos de cima da mesa.

— Batman. Ele adora o Batman. Não sei o que ele viu, mas, é só o desenho desse triste aparecer, que Dante não presta atenção mais em nada.

Ana a dona Charlene olham para o menino, que brinca dentro de um cercadinho. O menino tem os cabelos loiros e os olhos claros, iguais aos do pai. Parece um viking.

— Minha filha, você nunca vai levá-los para conhecer os outros avós?

— Não precisa mãe. Quantas vezes eles procuraram saber do neto? Nenhuma vez.

— Mas, mesmo assim você deveria ligar para eles. Douglas, aonde estiver, com certeza desejaria esse encontro. — Ana, olha para sua mãe, a fazendo entender que sua mãe pegou pesado. Olhando para Dante, Ana diz:

— Ele vai crescer, e quando estiver grande vou contar-lhe tudo. E aí, ele decidirá o que fazer. Mas, enquanto isso, ele só verá os avós se eles vierem aqui, ou se pedirem para levá-lo na casa deles.

         A companhia toca.

— Pode deixar mãe, eu atendo. — Ana, dirigi-se para porta, enquanto dona Charlene vai na direção do pequeno Dante.

— Bom tarde.

— Uaika? — a mãe de Dante arregala os olhos.

— Sim. Como prometi, estou aqui pelo menino.

— Então... ele está voltando?

— Ele já despertou. Não tenha medo, mas, precisamos conversar.  — Ana, deixa o guardião celestial entrar em sua casa, para logo em seguida fecha sua porta.

DULLAHAN - A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA - Lançado em 23/10/2019 - COMPLETO. Where stories live. Discover now