fim.

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Jisung sempre foi um anjo.

Nos conhecemos desde que éramos apenas adolescentes idiotas prezando por valores idiotas; e eu, na minha vida inteira, nunca imaginei que, iria perder ele. Nunca.

Eu não conseguia imaginar a minha vida sem ele. Eu escolhi estudar em Seoul porque eu sabia que ele estava aqui.

Mas eu esqueci!

Talvez por eu ter tido que amadurecer muito rápido, me emancipar dos meus pais com 16 anos e vir 'pra outro estado. Talvez por eu não ter tido muito tempo 'pra pensar em amor?

E estávamos em um encontro. O nosso primeiro encontro. Em um restaurante de verdade!

Eu não sabia o que fazer e nem se conseguiria pagar pela comida daquele lugar, nem se Jisung conseguia.

— Minho? — Jisung me chamou, colocando a mão sobre a minha — Tá tudo bem?

Eu não queria dar uma de surtado e começar a gritar, tipo "PELO AMOR DE DEUS, ISSO TÁ ME MATANDO! ME DIZ LOGO SE VOCÊ SE LEMBRA DE MIM!" e depois dar um tapa no garçom e sair correndo.

Mas, juro pra você que estava préstes a fazer isso.

Enfim, quando eu tava puxando o fôlego pra gritar, o garçom chegou, então eu desisti. Tadinho, ele era bonito demais pra levar um tapa do nada.

A gente pediu e ele saiu.

— Jisung.

— Oi?

— Você... Como foi o seu primeiro... Primeiro beijo?

Ele pareceu congelar por um minuto e eu senti a mão dele — que ainda estava sobre a minha — ficar tensa.

– Tipo... A gente nunca falou sobre isso, eu só... Fiquei curioso? — tentei explicar o porquê da pergunta repentina.

— Ah... Minho... Você sabe, né? — sei, mas tô me fazendo.

— O quê?

— Você realmente não lembra..?

— Quê? — repetindo: eu merecia um oscar, fala sério.

Ele soltou a minha mão e pegou alguma coisa na sua mochila. Algo como um...

— Um diário?

— Do príncipe Lino.

Eu corei.

— Pelo amor de deus! Joga isso fora, por que você ainda tem isso?!

- Ah! Então o senhor lembra? — sorriu de lado, me provocando — É lógico que eu tenho! Era a única coisa que lembrava de você quando eu me mudei pra Seoul. Eu lia quando queria rir um pouquinho.

— Ah, querido, por favor! Eu não acredito que você guardou, que vergonha... — falei, tampando o rosto com as mãos — Você já sabia?

- Sim. Desde o momento em que eu te vi.

- Então por quê...?

- Eu só... Achei que você não quisesse conversar sobre o passado. Você nem lembrava o meu nome, hyung. — ele disse meio que rindo e tirando as minhas mãos do rosto — Então, me diz, quando você lembrou? — ainda estava sorrindo de lado.

Eu corei mais.

— Quando... Quando a gente se beijou.

— Oh, que fofura! — apertou minhas bochechas.

— Para! Isso é constrangedor — tirei as suas mãos do meu rosto —, para! E me devolve isso!

Eu tentei pegar o diário, mas o almofadinha não me deixou encostar no MEU próprio diário.

meu livro de fetiches. 📚 - MINSUNG.Where stories live. Discover now