ballet teacher ⎯ Jonah Marais

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Sophie Laurent.

― Vamos logo, Holland! ― Maya berra pela milésima vez. Já estávamos saindo para encontrar as outras meninas, mas Elise estava no banheiro há séculos. — Lisa e Molly devem estar nos esperando.

― Vocês são insuportáveis! ― Ela grita e em seguida vem até nós. ― Pronto, estou aqui, satisfeitas?

― Finalmente, pensei que você tinha caído no vaso. — Digo indo em direção ao carro.

— Se fode, Sophie. — A mais nova diz irritada.

— É o último dia da Lisa em Los Angeles, precisamos nos divertir. — Maya entra no carro.

— Você só quer a bebida e nós sabemos disso. — Digo me sentando no banco da frente. — Você prometeu parar de beber, Maya.

— É só uma noite. — A loira dá de ombros.

— Você também disse isso quando fomos ao pub com os meninos. — Elise rebate. — Você anda tomando seus medicamentos?

— Eu estou tomando, não se preocupem. — Maya diz novamente.

— Hoje você não tomou. — Encaro ela.

— Parem com isso, vocês sabem que nem sempre vou conseguir deixar o álcool de lado. — A garota fala impaciente. — Eu estou me cuidando, sei o que estou fazendo.

— Nos preocupamos com você. — A asiática no banco de trás fala.

— Não se preocupem. — Maya volta a repetir.

Há alguns meses atrás, Maya perdeu os pais e a irmã mais nova em um acidente de carro. Seus pais morreram na hora e a irmã chegou ao hospital com vida, mas infelizmente não resistiu. Esse triste acontecimento fez com que Maya desenvolvesse dependência por bebidas alcoólicas, isso era a única coisa que a fazia feliz, mas acabou passando dos limites. Quando morávamos em Nova York, ela chegava toda noite bêbada em nosso apartamento e eu e Elise vimos que estava na hora de fazer alguma coisa. Agora Maya vai para a terapia e toma medicamentos para se livrar de vez dessa maldita dependência, e apesar de ter algumas recaídas de vez em quando, ela está progredindo muito bem e eu estou muito orgulhosa dela.

— Chegamos. — Ouço a voz da loira e saio do meu transe.

Corbyn e Lisa vivem no mesmo condomínio que Jonah, apenas moram em andares diferentes. Por Kitty ser afilhada dos dois, Corbyn resolveu comprar um apartamento perto dos amigos para ter mais tempo com a menina. Pelo que Jonah me contou, ela e o padrinho têm uma ótima relação e Katherine é super apegada no loiro, ele é como um segundo pai para ela. Assim que o elevador abre, dou algumas batidas na porta e as duas garotas que esperávamos aparecem na porta. 

— Que bom que chegaram! — Lisa diz animada. — Como estão?

— Estamos bem. — Respondo com um sorriso. — E vocês?

― Ótimas. — Molly responde. — Vocês estão lindas. 

— E você está mais. — Maya diz entrando no apartamento. — O que vamos fazer?

― Então, eu separei alguns filmes e músicas, tem comida e bebida. ― Lisa responde indo até a sala. — Menores de 21 vão tomar suco de caixinha.

— Essa foi para vocês. — Passo meus braços pelos ombros de Molly e Elise que reviram os olhos.

— Brincadeira, vocês podem beber o que quiser.

― É assim que eu gosto. — Elise sorri largo.

Para relembrar nossos momentos no colegial, Lisa colocou os filmes de high school music para assistirmos. Rimos muito, comemos e bebemos e já estávamos mortas depois de dançar e cantar todas as músicas dos filmes. Olho para Maya que segurava uma garrafa de tequila e mesmo pedindo para ela parar um pouco, ela não deu ouvidos. Hoje será uma noite longa, estou prevendo.

― Os meninos estão no Jonah, certo? — Elise pergunta. — Vamos fazer algo diferente, vamos atormentar eles.

— Como vocês são infantis. — Resmungo.

— Qual é, Laurent? Vai ser legal. — Molly fala dessa vez.

— Eu acho uma ótima ideia. — Lisa fala um pouco enrolado por ter passado dos limites com o álcool.

― Vamos fazer assim: eu ligo para o Zach e vocês para os outros, quando eles atenderem, nós desligamos e depois repetimos a mesma coisa. — Elise sugere e as meninas concordam.

Apesar de achar uma péssima ideia, fico ligando e desligando para Jonah. Provavelmente ele quer me matar agora.

― Que merda vocês estão fazendo? ― Jonah pergunta assim que ligo pela milésima vez, mas não desligo. Vou para perto das meninas e vemos a banda pela tela.

― Merda! ― Kitty que estava nas costas de Jack, repete.

― Não, filha, não pode falar isso! ― Jonah fala encarando ela e em seguida me olha de novo. ― Vocês beberam?

— Por que a Maya parece que está morta no sofá? Não me digam que mataram ela e precisam de ajuda para esconder o corpo. — Zach fala recebendo um tapa de Daniel.

— Nem namoramos ainda, Maya não pode morrer. — Daniel fala nos fazendo rir.

― A gente bebeu um pouquinho e Maya passou um pouco do ponto. — Molly dá de ombros.

― Eu fico impressionado como vocês são cachaceiras. ― Corbyn fala dessa vez.

― Por que não chamaram a gente pra festinha? Quando a gente sair, não vamos chamar vocês também. ― Jack revira os olhos.

― Viemos nos despedir da Lisa. ― Elise responde.

― Vou sentir saudades! ― Kitty grita e Corbyn pega ela no colo para nos ver melhor.

― Eu também vou, meu amor. ― Lisa responde tentando manter postura e eu solto uma risada.

― Agora vou ser a única mulher na vida do tio Corbyn também. ― Kitty da um beijinho na bochecha de Corbyn e nós soltamos um coro de "own"

— Jonah, posso pegar sua filha para cuidar? — Elise pergunta.

― Nossa, mas você sonhou demais agora. ― Jonah dá uma risada debochada. ― Katherine é só minha.

― E da tia Sophie. ― A menina volta a falar.

― A Kitty gosta mais da Sophie do que do próprio pai. ― Jack ri alto e Jonah fecha a cara. ― Perdeu, Marais.

― É, você perdeu, Marais. ― Falo e nós rimos enquanto Jonah negava.