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Sophie Laurent.

A luz do sol invade o ambiente e abro meus olhos lentamente. Olho para o lado e me assusto ao ver Jonah pelado. Minha cabeça está latejando de dor e estou fedendo a sexo, o que aconteceu noite passada? Tento me relembrar, mas acabo por falhar. Eu sei que saímos para jantar, depois fomos até uma boate, provavelmente bebemos muito e viemos para cá e não lembro direito o que aconteceu depois. Que merda.

— Que dor infernal. — Passo as mãos pelo meu cabelo.

Pego a camisa de Jonah que está no chão e coloco em meu corpo, em seguida levanto devagar para não acordá-lo e saio do quarto. Pelo horário, suponho que os meninos já levantaram e Kitty ainda está dormindo. Eu estava certa, assim que entro na cozinha me deparo com Daniel e Zach tomando café.

― Bom dia, meninos. — Digo com a voz sonolenta.

— Bom dia, Laurent. — Os dois respondem em uníssono.

— Minha cabeça dói tanto. — Resmungo.

― Não sabia que você era tão cachaceira assim. ― Daniel ri. ― Vou procurar remédio para você.

― Obrigada, Dani. ― Me sento ao lado de Zach e roubo a torrada dele.

― Como foi ontem? — O mais novo pergunta.

— Até onde eu lembro foi muito bom. — Respondo roubando o suco dele. — Como foi cuidar da Kitty?

― Foi como todas as outras vezes, brincamos, comemos, depois ela foi pro banho e coloquei ela para dormir. — Sorri.

— Ela ainda está dormindo?

― Como um anjo.

― Seu remédio, Sophie. ― Daniel me entrega uma cartela de compridos.

― Obrigada, Seavey.

— Disponha.

Tomo café com os dois e logo engulo o remédio. Preparo uma bandeja de café da manhã para Jonah com pães, frutas, omelete e principalmente café. Me dirijo ao mais velho e assim que abro a porta me deparo com ele sentado na cama e olhando distraído para o chão.

― Bom dia, Marais. ― Sorrio e coloco a bandeja ao lado dele. ― Espero que goste.

― Bom dia e obrigada. ― Sorri. ― Nossa, o que aconteceu essa noite?

― Ao que tudo indica, depois que saímos da boate a gente veio pra cá e transamos.  — Respondo me sentando do outro lado da cama. — Eu não consigo lembrar direito.

― Eu não sei o que aconteceu, mas algo me diz que foi bom. ― Ele se aproxima de mim e sela nossos lábios  — Foi maravilhoso

― Tenho certeza que sim. — Sorrio para ele.

― Estou morto de dor de cabeça. ― Faz beicinho. ― Vai ficar aqui cuidando de mim, não vai?

― Estou com dor também. — Resmungo. ― Mas acho que merecemos.

― Estou triste por não lembrar de nada. ― Ele pega uma uva na bandeja. ― Onde está a Kitty? Ela está acordada?

― Ainda não, mas acho melhor você se vestir, daqui a pouco ela aparece aí.

― Estou com preguiça até de levantar.

― Você tem uma filha para cuidar, levanta. ― Puxo ele pela mão. ― Coloca uma roupa ou toma logo um banho.

― Um banho, então. ― Ele levanta rapidamente. ― Aliás, minha camisa ficou melhor em você do que em mim.

― Obrigada. ― Por que isso me deixou envergonhada?

Enquanto Jonah tomava banho, eu aproveitei para organizar a cama que bagunçamos e vesti o restante da minha roupa. Ouço batidas na porta e a abro me deparando com uma Kitty descabelada e de pijama.

― Bom dia, Katherine. ― Sorrio para a menina.

― Bom dia, tia. ― Ele fala entrando no quarto e em seguida se jogando na cama. ― Cadê meu pai?

― Aqui. ― Jonah aparece no quarto e a menina abre um sorriso. ― Bom dia, meu amor. Como foi a noite com o tio Zach?

― Eu terminei de fazer ele de palhaço, depois ele pediu pizza pra gente e ficamos vendo filme da barbie também. ― Responde. ― E depois ele me ajudou a vestir o pijama e fomos dormir.

― Seu tio anda muito responsável, estou meio assustado. ― Jonah ri.

― Você dormiu aqui em casa? ― Kitty pergunta dessa vez para mim.

― Sim, eu estava cansada demais para ir em casa e acabei dormindo aqui. ― Minto.

― Entendi. Nós vamos sair hoje? ― Ela pergunta para Jonah.

― Não, estou morrendo de dor de cabeça, filha. ― Jonah se deita ao lado dela. ― Vamos ficar em casa vendo filmes, o que acha?

― Só se a tia Sophie ficar com a gente. ― Ela me olha e eu solto uma risada.

― Eu fico com vocês. ― Sorrio e me deito na cama também.

― Amo você. ― Ela dá um beijinho na minha bochecha. ― E amo você, papai. ― Beija a bochecha de Jonah dessa vez.

― A gente também te ama. ― Eu e Jonah falamos juntos e sorrimos um para o outro.

Eu me apeguei tanto nesses dois que seria um sacrifício viver sem eles.

ballet teacher ⎯ Jonah Marais Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu