Capítulo 9

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- Bailey -

Que Sabina Hidalgo não era flor que se cheire eu já sabia. Mas que ela era uma ladra era surpreendente.

Lá estava eu tomando um ar fora do dormitório, e na volta para o meu quarto encontro a garota correndo com um troféu na mão, troféu esse que Simon Fuller, nosso querido diretor fazia questão de se vangloriar por tê-lo a qualquer um.

- O que foi? Você tá bem? - Pepe perguntou quando entrei no quarto.

- Estou sim, te acordei? - Pergunto e ele nega com a cabeça deitando novamente.

Apesar de meus amigos estarem certos, ter Sabina nas minhas mãos fazendo o que eu quisesse era bem mais interessante do que vê-la sendo repreendida, então, optei por não contar nada a ninguém, ainda.

No dia seguinte acordei sem muita enrolação, a cara de medo de Sabina seria o ponto alto do meu dia e eu não poderia evitar lhe provocar logo no café da manhã.

- Uou cara, qual é o milagre que você se arrumou rápido hoje? - Pepe pergunta quando vê que já estou arrumado com o uniforme.

- Prioridades meu amigo, prioridades. - Digo terminando de pentear o cabelo. - Vamos?

- Só se for agora. - Diz terminando de ajeitar a gravata azul.

Caminhamos com tranquilidade em direção ao elevador, que para nossa sorte estava vazio, só quando chegamos a sala comunal descobrimos o porquê.

Vários alunos, principalmente de Slora, reconheci pelas pulseiras, estavam reunidos no lugar onde nosso brasão ficava, nos aproximamos e finalmente descobrimos que nosso brasão estava pichado.

- Quem foi que fez isso? Que falta de respeito! - Um dos meus colegas de Slora fala revoltado.

- Se acalmem, se acalmem, vamos descobrir quem fez isso, por enquanto vamos apenas limpá-lo. - Simon diz aparecendo, logo atrás dele vinham as tias da limpeza que iriam desfazer aquela barbaridade.

- Espero que descubram logo quem fez isso. - Diarra diz ao nosso lado.

Me viro para olhá-la e encontro alguns membros de Villin nos encarando com um sorrisinho na cara.

- Acho que já sei quem foram. - Digo encaixando todas as peças na minha cabeça.

- Sofya -

- Ai meu deus, vocês viram? - Digo assim que sento com minhas amigas no refeitório. - O brasão de Slora foi pichado ontem de noite, eles estão p da vida.

- Só me vem em mente um grupo de pessoas que faria isso. - Heyoon diz apontando com a cabeça para os integrantes de Villin que riam sentados em suas mesas.

- É obvio que foram eles, meus pais me disseram que todos os anos, os integrantes de Villin fazem pegadinhas com outras casas, todo mundo sabe que foram eles, mas nunca há provas. - Shivani diz.

- Não entendo esse comportamento deles, devem achar que só porque estão aqui não existe responsabilidades. - Hina fala e todas concordamos.

- O que você acha Savannah? - Pergunto já que a mesma parecia desligada da nossa conversa.

- O quê? Quer dizer, concordo com vocês. - Diz ela.

- Parece que alguém está no mundo da lua hoje. - Heyoon diz brincando.

- Desculpe meninas, só estou cheia de coisas na cabeça. - Responde Savannah voltando a comer.

- Algum problema? - Hina pergunta e ela apenas nega com a cabeça.

- Estou bem, não se preocupem.

Após terminarmos de tomar café nos despedimos, e Hina e eu fomos para nossa aula de Química 2, como a aula era em duplas nos sentamos juntas e começamos a conversar enquanto esperávamos o professor chegar.

- Olá alunos, sejam todos bem-vindos. Por favor abram seus livros na página 10. - Disse o professor começando a lecionar, poucos minutos depois, ele foi interrompido pela chegada de dois alunos atrasados.

- Desculpa a demora professor, sabe como é né? Escola nova, alunos perdidos e por aí vai. - Disse um garoto de cabelos cor de mel, ao seu lado estava um garoto asiático, que logo reconheci como noivo de Savannah, ambos de Villin.

- Tudo bem, só não repitam isso novamente. - Disse ele e os garotos entraram fazendo uma dancinha de agradecimento, se sentando na nossa frente.

O professor retomou sua explicação e vez ou outra mandava alguns alunos calarem a boca e prestarem atenção na sua aula, de maneira educada, óbvio.

- Esperem! - Disse ele quando a aula já estava quase acabando. - Quero um trabalho para semana que vem sobre Soluções Químicas, quero quartetos e não senhor Travis, não pode quarteto de cinco.

Vários alunos começaram a se movimentar e organizar seus grupos até que sobraram apenas nós e os atrasados.

- Acho que vamos fazer juntos. - Disse o garoto asiático.

- Mal posso esperar babe. - O loiro disse. - Eu sou o Noah e ele é o Krystian.

- Então esse é o nome dele. - Hina sussurrou baixinho ao meu lado.

- O quê? - Pergunto.

- O quê? Digo, eu sou a Hina e essa é a Sofya. - Disse a mesma rindo de nervoso.

- Hina não é? Foi em você que eu esbarrei no primeiro dia, não foi? - O tal Krystian perguntou.

- É, foi sim. - Hina responde tímida, me fazendo lhe encarar surpresa.

- Quando vamos marcar para fazer esse trabalho chato? - Noah perguntou me encarando.

- Amanhã de tarde na biblioteca, pode ser? - Pergunto lhe encarando de volta.

- Ótimo! Vamos Krystian. - Noah diz enquanto puxava o amigo.

- Vamos. - Respondeu o mesmo nos dando um tchauzinho.

- O que acabou de acontecer aqui? - Pergunto me virando para Hina.

- Eu não sei. 

Royal Academy ♕NOW UNITEDWhere stories live. Discover now