Capítulo V

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Abro meus olhos e me sinto atordoada. Uma forte dor lateja atrás da minha cabeça, eu gemo de dor.

Olho em volta e tento reconhecer o lugar, mas está tudo escuro, a não ser por uma lâmpada que ilumina acima de mim. Tento mover meus braços e percebo que estou amarrada a uma cadeira.

Mas que porra está acontecendo?

- Harleen Quinzel... – ouço uma voz masculina muito familiar cantarolar meu nome em meio a escuridão.

Solto o ar já entendendo o que está acontecendo.

Que merda.


- Olá, Romy

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- Olá, Romy... – digo fingindo o máximo de calma que consigo, mas eu sei que estou em perigo.

Três dias sem notícias e apareço sem a sua maldita encomenda. É, eu estou ferrada. Roman não é o tipo de chefe paciênte, tampouco benevolente e de segundas chances.

Vejo a sua silhueta se aproximar e aos poucos a sua imagem vem a luz. Ele me encara com um sorriso sinistro.

Em uma de suas mãos ele carrega um facão aparentemente bem afiado, o que significa que pretende me dar uma morte lenta e dolorosa.

Contorço o rosto ao vislumbrar o objeto mortal em suas mãos, em seguida volto a encara-lo e abro um sorriso descarado.

- Saudades, papai? – provoco num tom inocente.

Roman solta um riso baixo.

- Oh, minha doce criança... – ele murmura sedutoramente e se aproxima mais de mim. – Que bom que está de volta. Trouxe o que eu pedi?

- Acho que se fosse o caso... Você não teria me prendido nessa cadeira, não é? – rebato sua pergunta cretina, com um olhar petulante.

- Ah, isso... É só uma precaução. Você sumiu por um bom tempo. – sua voz torna a ficar sinistra.

Sinto a ponta do facão tocar a pele fina do meu pescoço, abaixo do meu queixo.

Engulo em seco.

Calma Harley, precisa manter a calma. Desesperar-se só vai fazer com que ele te mate logo.

- Não estava fugindo de mim, não é? – ele finge tristeza e faz um biquinho.

Abro um sorriso convincente.

- E para onde eu iria, Romy? – entro em seu joguinho mental idiota e ele parece gostar. – Tive uns problemas. Longa história.

- Mas eu adoro ouvir histórias, amor! – ele anuncia alto o bastante para provocar um eco. – Comece a contar. – exige puxando uma cadeira e se sentando com os braços cruzados em cima do encosto.

Dou um riso baixo e sem graça.

- Tudo bem, mas você pode soltar as minhas mãos? – peço e ele arqueia uma sobrancelha, desconfiado. – Essa posição está machucando meus ferimentos.

Roman bate palmas duas vezes, após analisar bem meu pedido. Em questão de segundos um cara apareceu de trás de mim e me desamarra.

Outras duas palmas e eu ouço o som de muitas armas serem engatilhadas ao meu redor.

- Oi, boys! – digo com animação, percebendo que estou no meio do cerco de capangas armados.

Eles não respondem, apenas me fitam pela mira das suas metralhadoras.

Não vou mentir, é assustador estar na linha de tiro dessas armas de fogo extremamente potentes, mas eu já estou acostumada. Faz parte da minha miserável vida.

- Só para o caso da sua cabecinha perturbada resolver tentar alguma estupidez. – Roman ameaça. – Do começo, Harley...

Começo a contar tudo o que houve após ele me passar a missão de roubar o precioso pen-drive de Edward Nygma, líder da facção criminosa “Riddlers”, até eu ser baleada e levada para a casa de um policial que me manteve lá e, aparentemente, cuidou de mim pelos três dias que fiquei sumida.

Ao final da minha história, Roman parecia muito mais aborrecido que antes quando pensava que eu tinha fugido com sua encomenda.

- Policial?! – Roman repete, segurando a raiva. – Você levou um tiro por um policial? – ele grita, se levantando e jogando para longe a cadeira.

Meu coração acelera e eu posso sentir as primeiras ondas de pânico me invadirem.

- Não fazi...

- Cala a boca! – Roman me interrompe com mais um grito e uma bofetada na boca.

Sinto o gosto de sangue na língua e fico tonta por alguns segundos.

Roman caminha de um lado para o outro, parecendo um gorila raivoso enjaulado. Sua mão coça sua barba mal feita e ele parece pensar muito em alguma coisa.

Formas originais e dolorosas de arrancar minhas entranhas talvez.

- Da onde você conhece ele? – por fim ele pergunta desconfiado, parando de andar repentinamente.

- O que? Eu não o conhecia antes da...

- Não mente pra mim! – outro berro, sua faca novamente está em meu pescoço, ameaçadora. Ele está nitidamente alterado. – Você não levaria um tiro por alguém que não conhece. Acho que não levaria um tiro nem por alguém que conhece! – sua última frase saiu como o final de uma piada, mas ele não ri. Pelo contrário, fica mais furioso. – Você está namorando um policial, Arlequina?! – sua pergunta me pareceu mais uma afirmação.

- Não. Eu não o conheço, eu juro. – garanto, perdendo o controle do medo.

Sinto minha pele rasgar um pouco com a pressão que o facão faz no meu pescoço. O olhar do homem é frio e terrivelmente sinistro. Parecia louco para me decapitar.

Preciso convencê-lo de que estou dizendo a verdade, antes que ele arranque minha cabeça.

- Foi um ato imprevisto e imprudente da minha parte, Roman. – digo, tentando ser mais convincente que posso. – Eu nunca vi esse tira antes e nunca mais vou ver. Eu estou aqui para você e para concluir a missão que você me deu, eu prometo.

Ele hesita, analisando bem minhas palavras. Como se sua mente fosse um detector de mentiras muito sensível.

Por um longo momento nada foi dito.

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⏰ Terakhir diperbarui: Jun 07, 2020 ⏰

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Arlequina Tem Que MorrerTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang