Capítulo II

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Jack Napier

O que eu estou fazendo? O que eu estou fazendo? Eu devo ter perdido o juízo.

Repreendo-me em pensamentos enquanto carrego essa deliquente nos braços para dentro da minha casa.
Arlequina está inconsciente em meus braços.

Seus ferimentos estão jorrando tanto sangue que ela já perdeu muito da sua cor natural, a cada segundo ela se parecia mais com um papel

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Seus ferimentos estão jorrando tanto sangue que ela já perdeu muito da sua cor natural, a cada segundo ela se parecia mais com um papel.

Coloco-a cuidadosamente deitada em meu sofá e tento estancar seu sangramento enquanto aguardo a chegada de uma amiga médica, para quem eu telefonei na volta pra casa.

Amarro um torniquete no braço ferido da loira e me agacho ao lado do sofá, mantenho as minhas mãos pressionadas nas costas dela.

Suspiro, tentando manter a calma.

Mas que merda eu estou fazendo?! Eu sou um polícial droga e eu tirei mesmo essa maluca da cena do crime e a trouxe para minha casa ao invés de levá-la para o hospital e pedir um mandado de prisão?! Mas que diabos eu estou pensando?

Não faz nem um ano que consegui me tornar um polícial e agora eu estou mesmo jogando a chance da minha vida pela janela... Por ela? A verdade é que eu não sei muito sobre essa menina... Tudo o que eu soube pelos meu colegas é que ela é uma delinquente cruel e complemente fora da casinha.

Mas se Arlequina é de fato tão cruel como descreveram... Por que ela se arriscou por mim?

Fecho os olhos e repasso em minha mente as coisas que aconteceram logo depois dessa garota entrar na frente de uma bala por mim.

Tudo aconteceu tão rápido: O disparo da arma, Arlequina se colocando na frente e levando o tiro em meu lugar... que minha primeira reação foi segura-la em meus braços quando ela caiu e atirar de volta, acertando o peito do homem no chão.

- Arlequina! – chamo, percebendo que seus olhos estavam se  fechando. Envolvo seu corpo frágil em meus  braços, sustentando-a em pé – Não feche os olhos. – digo e a vejo se esforçar para abri-los.

Naquele momento eu estava certo que nada mais naquela noite poderia me surpreender. Mas então... eu a vejo rir, como se nada tivesse acontecido. Como se a vida dela não estivesse em risco.

Ela realmente é maluca.

- É assim que acaba? – ela pergunta ainda sorrindo, sinto meu coração gelar.

- Não! – protesto, sentindo seu corpo desmaiar em meus braços. – Arlequina! Arlequina! – grito pelo seu nome e chacoalho seu corpo na vã tentativa de fazê-la acordar.

– Abre os olhos sua maluca... – suplico depois de perceber suas costas encharcadas pelo seu sangue.

- Viatura noventa e três, trinta e dois, na escuta? – ouço o chamado da central pelo rádio na minha viatura.

Arlequina Tem Que MorrerKde žijí příběhy. Začni objevovat