Táticas dos amassos

Capítulo 12 - Kakashi Hatake

Ela sorriu e pude perceber suas bochechas ficarem vermelhas. Me aproximei tocando sua nuca e trouxe seu rosto para próximo do meu e beijei seu mel doce que eu almejava, sua boca. Era patético dizer que nunca senti algo assim, mas eu estava começando acreditar nessas coisas.

O beijo havia tomando um rumo mais descontrolado e quando percebi Saori já estava sentada em meu colo e eu agarrava sua cintura. Inconsciente ela estava rebolando e a camisola havia subido um pouco e mostrava suas pernas. Afastei nossos beijo e desci para seu pescoço, ela apertava lentamente meus ombros e jogou a cabeça para trás enquanto eu desci meus beijos para sua clavícula.

Desci minhas mãos para suas coxas e apertei levemente, escorreguei para dentro da sua camisola e quando iria chegar perto da sua calcinha, parecia que havia ligado um alerta vermelho e Saori segurou minhas mãos.

Ela ficou rígida e ergui o rosto olhando em sua direção, sua bochechas estavam vermelhas e seus olhos estavam fechados com força.

—Desculpa, essa noite não... Eu estou nos meus dias.

A última frase ela sussurrou baixinho e eu concordei, subi as mãos para sua cintura e trouxe para mais perto e deixo um singelo beijo em seus lábios.

—Tudo bem, vamos deitar.

Eu sentia meu corpo tremer e suar, eu podia sentir mas eu não conseguia abrir meus olhos.

Eu via Rin em minha frente, aquela cena se repetia novamente.

Em um momento Rin estava sorrindo em minha frente e na outra, eu estava com meu braço direito dentro do seu peito, atravessando com Chidori. Meu corpo estava pesado, eu queria acordar e não conseguia.

—Kakashi...

Eu via seus olhos ficarem opacos e seus lábios mexendo.

—Kakashi!

Ela foi se distanciando e eu fiquei parado, baixei meus olhos para minha mão e ela estava puro sangue, vermelho e vivo. Poderia até arriscar que eu podia sentir o cheiro forte.

—Kakashi!!!

Abri os olhos ao sentir pequenas sacudidas em meu braço, focalizei e vi o rosto de Saori banhado em lágrimas. Tentei raciocinar e rapidamente me sentei na cama, fechei os olhos tentando lembrar o que estava acontecendo.

—Eu...Eu te machuquei?

Eu estava com medo de ouvir sua resposta mas tudo que recebi foi seus braços se enrolarem em meu corpo e eu podia sentir as pequenas lágrimas descer em meu ombro.

—Você me assustou apenas, eu chamava você e não respondia.

Ela murmurou e só agora havia percebido que estava com a minha respiração acelerada.

—Me desculpa.

Ela se afastou minimamente e tocou com suas maos em meu rosto e virou em sua direção, abri meu olho esquerdo e vi os azuis tão cristalinos avermelhados.

—Você está bem? Com o que sonhou?

Suspirei e prefiri ficar em silêncio, eu não queria compartilhar aqueles sonhos com Saori. Eu não queria afasta ela de mim, logo agora que eu estava começando a gostar da sua companhia.

—Eu não lembro. - Menti.

Ela sorriu minimamente e me deu um beijo de leve.

—Vou prepara o café da manhã, daqui a pouco eu tenho que ir para o hospital.

Após o café da manhã, eu despedi de Saori e deixeu ela se organizar para ir ao Hospital de Konoha. Eu caminhei até a torre da Hokage e deveríamos acertar sobre os detalhes da Missão e deveria ver o que Jiraya-Sama havia achado sobre Akatsuki. Cumprimentei alguns shinobis e antes que pudesse subir as escadas da Hokage, vi meu nome sendo chamado.

—Ohayõ, Kakashi!

Shizune se aproximou segurando Tonton, suas bochechas estavam mais coradas que o normal e eu não me senti a vontade com aquilo, pois havia lembrado do comentário de Saori.

—Shizune-san.

Sooei o mais formal possível e ela sorriu brevemente.

—Desculpe te atrapalhar mas não sei se Saori-Chan falou com você?

—Não falo com Saori-San algum tempo. - Menti.

—Estava marcando com ela e Iruka-san, podíamos ir no bar novo que inaugurou esses dias... — Ela baixou os olhos e logo ficou vermelha. —Queria saber, se você não quer ir junto?

—Com Saori e Iruka?

Perguntei franzindo o cenho. Ela riu baixinho e se aproximou mais um pouco como se fosse contar um segredo.

—Imaginei que não soubesse mas parece que eles estão em um relacionamento, se encontram todos os dias para tomar chá e sempre são visto de juntos. —Ela olhou para os lados e tocou meu braço. —Iruka-san não negou quando perguntamos do relacionamento deles, mas acho que Saori-Chan deve ter receio de assumir o relacionamento.

Eu não esperava que meu corpo reagisse daquela forma, Saori havia me dito que eles eram somente amigos mas aquilo havia me deixando desconfortável. Ela estaria nos enganando? Ela não havia sido resistente para ir para cama comigo quando eu tentei, engoli seco ao imaginar que talvez ela e Iruka podesse ter algo a mais.

—Amanhã a noite seria ótimo.

Shizune abriu o sorriso maior que eu poderia imaginar e logo se despediu dizendo que deveria entregar uns relatórios que Tsunade-sama havia pedido. Ela se afastou e eu mexi no meu cabelo cabelo frustado.

Infelizmente Shizune havia plantado uma sementinha da desconfiança em mim e eu saberia quem poderia tirar essa dúvida.

Primeiro conversaria com Tsunade e depois procuraria a pessoa que poderia tirar essa dúvida de mim: Gai Maito.

Após a rápida conversa com Tsunade ela havia nos informado que Orochimaru estava morto e que Sasuke havia o matado, eu queria no fundo ter ficado feliz porém eu estava preocupado com Sasuke, eu não queria que ele se afundasse mais em sua vingança. A prioridade agora era ir atrás de Sasuke pois sabíamos que ele iria atrás de Itachi e assim conseguiriamos encontrar a Akatsuki.

—Yo, Kakashi!

Gai cumprimentou alegramente ao me ver fora da torre, era a oportunidade perfeita para saber mais de Saori e o que ela poderia estar escondendo.

—Você estava me esperando?

—Eu quero conversar com você é sobre Saori. —Ele cruzou o cenho e tomou uma postura mais séria. —Acho que minha irmã está com alguém.

—E por que acha isso?

—Por que esses dias fui em seu apartamento e encontrei uma camiseta masculina do uniforme shinobi. —Ele olhou para os lados e falou mais baixo. —Acho que realmente as coisas entre ela e Iruka evoluíram.

Souber daquilo havia sido pior do que eu imaginava, engoli seco e desconversei.

—E por que você está me falando isso?

Ele deu de ombros relaxando o corpo, riu e piscou um olho em minha direção erguendo o polegar para cima.

—Você pode descobrir isso para mim?

Ah Gai, pode ter certeza que eu terei prazer em descobrir.