✼ Two ✼

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Olho para Tyler e quase o mato com o olhar.

❝Às vezes és mesmo parvo.❞ – abano a cabeça.

❝Mas vá lá, agora quero saber o que foi assim tão grave!❞ – ele olha para mim.

❝Tyler tu começaste aos gritos com a Abigail, nos anos dela, em frente a toda a gente! E porquê?❞ – deixei que Tyler respondesse.

❝Porque ela estava aos abraços a um tipo!❞ – ele grita.

Nesse momento abraço Tyler. Este logo retribui o abraço.

❝E se ela estivesse aqui agora? Também podia começar aos gritos contigo?❞ – pergunto.

❝Oh, é diferente... Ela já te conhece, sabe a relação que temos.❞ – ele diz, mais calmo.

Se conheço o Tyler, ele já está a perceber a porcaria que fez.

❝E tu deste-te ao trabalho de conhecer os amigos dela? Deste-te ao trabalho de saber quem era o rapaz que ela estava a abraçar?❞ – Tyler não responde. – ❝Não sejas atrasado mental, Tyler! E vais ter muita sorte se ela ainda quiser falar contigo. Eu não falava.❞ – Tyler ri-se.

❝Que tu não falavas sei eu muito bem.❞ – ele entra no carro.

❝Vá, não sejas teimoso. Deixa-me em casa da Gabrielle e depois vai falar com ela.❞ – digo.

❝Obrigado.❞ – ele sorri.

❝De nada, quanto mais depressa andares, mais depressa falas com ela.❞ – digo, pondo o volume do rádio no máximo e encostando-me para trás.

✼✼✼

Despeço-me de Tyler e entro na vivenda de Gabrielle. Toco à campainha e espero que Gabrielle a venha abrir.

Para meu espanto, a porta não é aberta por Gabrielle, mas sim por Luke, que vem à porta em tronco nu. Lá atrás consigo ver Gabrielle a espreitar.

❝Eu acho que vou andando...❞ – digo, virando-me para eles não verem o sorrisinho selvagem que me apoderara o rosto.

❝Desculpa...❞ – Luke diz, envergonhado.

❝Desculpa? Não, não. Façam lá❞ – aponto para dentro de casa – ❝o que têm para fazer.❞ – ao dizer isto, abandono o jardim de Gabrielle o mais rápido possível, para eles não me verem a rir descontroladamente.

Depois de o ataque de riso passar, caminho calmamente pelas ruas do bairro de Gabrielle, com intensão de ir apanhar o metro. Avisto a Starbucks no fundo da rua, e decido caminhar até lá.

Ao entrar, o meu corpo tem um arrepio, devido ao motivo de dentro do café estar muito mais fresco que na rua. O café está deserto, apenas algumas pessoas estão sentadas, mas não há fila.

❝Bom dia.❞ – digo, chamando o rapaz que está a lavar a louça.

❝Oh, bom dia.❞ – ele vira-se atrapalhadamente e procura um pano para limpar as mãos.

❝Trabalhas aqui sozinho?❞ – pergunto curiosa.

❝Não. Mas o Luke foi ter com a namorada.❞ – ele revira os olhos.

Calma lá, é o Luke que eu estou a pensar?

❝Luke Hemmings? Gabrielle Evans?❞ – pergunto, com a memória dos dois a vir-me à cabeça.

❝Sim. Porquê?❞ – ele pergunta curioso.

❝Bem, porque eu fui a casa da Gabrielle, e quem me abriu a porta foi o Luke, em trajes menores.❞ – rio-me.

Starbucks - C.H. {a.u.}Onde histórias criam vida. Descubra agora