3. Kiss In The Hallway

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— Que gatinho. — riu. — Está lindo, filhote.

— Obrigado. — mordeu o lábio e corou, coçando a nuca. — Vamos?

Seu pai assentiu e deixou a xícara na cozinha, logo apanhando as chaves do carro e caminhando para a garagem. Os dois entraram no carro e Harry olhou para o seu pai ao saírem de casa.

— Não acha que a mamãe está trabalhando demais? — perguntou. Por estudar à noite e seus pais trabalharem o dia todo, ele se sentia um pouco sozinho ao ficar em casa, já que não ia para a livraria ou para a loja de Anne todos os dias, apenas quando tinha uma folga em suas tarefas.

— Não. — Desmond balançou a cabeça. — Ela está trabalhando até as sete, mas está abrindo a loja às dez. Você que está dormindo quando ela sai, mocinho. — sorriu. — Aliás, por que escolheu a faculdade à noite? Sentimos falta de jantar com você, filho.

— Porque prefiro assim, papai. — murmurou. — Quero arranjar um emprego quando for possível e a maioria é em horário comercial, então a faculdade atrapalharia, entende? Acredito que no segundo ano já vou mandar currículo, vou deixar esse ano letivo para a adaptação.

— Entendo, mas você sabe que não precisa arranjar um emprego enquanto estiver na faculdade. — ele parou em um semáforo. — Sei que você é muito focado e dedicado, tenho muito orgulho de você, bebê, mas acho que você deve apenas focar na faculdade. Você tem sua mesada e ainda ganha por ajudar na livraria ou na loja da sua mãe, dinheiro não nos falta. Não somos milionários ou podres de rico, mas vivemos bem.

— Eu sei, pai, mas se eu arranjar um emprego vou ter mais responsabilidade.

— Harry, você é muito responsável para a sua idade e às vezes parece já ter trinta anos ao invés de vinte. — suspirou e pisou no acelerador. — Não precisa de um emprego, filho, não agora. Deixe o papai te sustentar até terminar a faculdade, sim? Quando tiver que fazer um estágio, aí sim. Não trabalhe agora ou pode não dar conta, vai ficar sobrecarregado e acabar relaxando no curso.

— Tudo bem.

— Aproveite sua juventude, amor. — sorriu. — Quando for sexta, saia com seus colegas depois da faculdade, vai beber, dar uns beijos. Sei que é muito dedicado e focado, mas não se esqueça que você ainda é um menino e não um velho. Sim, tenha foco e siga atrás do que quer, mas se divirta também.

— Vou fazer isso, papai. — Harry sorriu.

— Não se cobre tanto, huh? Ou vai acabar paranóico. — parou diante da faculdade minutos depois e se inclinou para dar um beijo na bochecha do filho. — Boa aula, amor.

Harry sorriu e saiu do carro, caminhou para dentro do campus e se sentou no banco que já era seu, aproveitando que o sol do fim de tarde batia em seu rosto e sorrindo pequeno para aquilo. Tirou uma foto do pôr-do-sol, sentindo-se privilegiado por ver algo tão bonito.

Estava compenetrado em seu celular e não notou a aproximação de um rapaz. Assustou-se com o pigarro que ouviu e arregalou os olhos ao fitá-lo. O desconhecido tinha cabelos ruivos e curtos alinhados em um topete, seus olhos eram castanho-escuros e ele tinha sardas espalhadas pelas bochechas. Usava uma calça jeans de lavagem clara e uma camiseta preta com o logo de uma marca. Era bonito e tinha um sorriso encantador.

— Oi. — Harry sorriu. — Em que posso ajudá-lo?

— Você é de Relações Internacionais? — perguntou timidamente e se sentou na frente de Harry, que assentiu. — É... Eu reparei em você e te achei muito bonito. — ele corou e Styles achou fofo. — Queria saber se... se você gostaria de ficar comigo.

Only The Brave | Larry StylinsonWhere stories live. Discover now