Lei da Vida - Dia das Bruxas!

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Era sexta-feira, e não tinha aulas de manhã por isso só acordei às dez. Tive um sonho, um sonho esquisito. Sonhei que estava no parque de estacionamento da escola e via o Leo a vir na minha direção e quando chega á minha beira dá-me um beijo na boca e diz eu amo-te do fundo do meu coração, e do nada aparece o Luke todo sorridente, e quando olha para mim fica boquiaberto. Até hoje foi a coisa mais estupida que sonhei, não podia ter sonhado com o Logan Lerman. Não tinha de fazer um grande filme, se eu não tiver jeito para realizadora de um filme dramático então estou a ser mesmo estupida.

Fui tomar banho, estava frio mas mesmo assim tinha de tomar para acordar e para espantar estes pensamentos estúpidos da minha cabeça. Eu sei o porquê de ter sonhado com o Leo, por ele, para a semana que vem, vai começar a andar na mesma escola que eu, e que por sua vez o Luke também, vai ser lindo. Sinceramente, nem sei o que fazer.

 Tomei o pequeno-almoço nas calmas, a ver o meu programa de tv favorito, estavam a falar de como duas pessoas que se amam mesmo longe sempre se vão amar. Pronto o programa estava a ficar demasiado lamechas, então mudei para o seguinte, definitivamente o mundo estava a conspirar contra mim. Estava a dar sobre juntar um rapaz a uma rapariga que por acaso também gostava dele. Fiquei farta e então apaguei a televisão e fui para o meu quarto.  Não tinha nada para fazer, já tinha acabado os trabalhos de casa e a dissertação de Inglês, por isso comecei a ler um livro novo, trata de um rapaz que perdeu os pais e que com o tempo vem a descobrir que eles se mataram, e agora ele dava-se conta de que estava sozinho no mundo. Eu gosto de este tipo de histórias e de mistério.

Chegou as horas de ir para a escola, então la fui eu para o beiral da porta esperar a Dani chegar. Vi umas luzes, mesmo lá ao fundo, por de trás de um nevoeiro intenso, estava a Dani a conduzir com o maior dos cuidados para não estragar a sua preciosidade.    

“Hoje para conduzir, não esta nada bom tempo Dani, não precisavas de me vir buscar eu podia ir de autocarro.”

“Achas mesmo que eu ia-te deixar ir de autocarro?! Quando eu posso muito bem vir-te buscar sua tonta!”

“Pronto, pronto, ta bem eu já percebi!” 

Estava acabar de comer as minhas torradas com manteiga quando de repente aparece algo á nossa frente e a Dani teve de fazer uma travagem brusca.

Ok, estava cheia de medo pois não sabia o que tinha saltado no meio do nada para a frente do carro. Quem é que no seu perfeito estado mental se atiraria para a frente de um carro?! Eu até pensei que pudesse ser, sei la um veado ou algo do género aqui é muito provável, isso acontecer. Mas não era um veado, tinha a forma de uma pessoa. Eu vi que era uma pessoa e a Dani bateu nela!

“E agora o que fazemos?! Eu do carro não saio, que medo pode ser um pedófilo ou um assassino!”

“El! Não sejas parva!”

“Mas quem neste nevoeiro atravessa uma rua sem passadeira e com este nevoeiro! Tipo Dani, tu bateste-lhe!”

“Eu sei que bati! Não precisas de me estar a dizer a toda a hora!” Disse toda nervosa com o sucedido.

“Pronto, pronto desculpa.”

“Saímos as duas ao mesmo tempo e vemos o que é, ouviste El?”

“M-Mas…”

“Mas nada, eu também não vou lá para fora sozinha não penses!”

“Ta bem!” Disse com a voz a tremer.

Saímos do carro, aterrorizadas, aquele tempo era mais um tempo daqueles filmes de terror horríveis que depois o assassino vem por trás de ti e espeta-te uma faca nas costas, pronto o tempo era horrível e eu estava assustadíssima.

“AAAAAAAAAAAAAAAH!” Dá a Dani um berro tão grande que me assustei que berrei com ela e no final ainda soltei uns gritinhos.

Olhei de relance para o que estava deitado no chão e … e… era… um … palhaço…

Era desta que eu ia matar a Dani, é hoje.

“Mas por que carga de água gritas-te se era só um palhaço, minha palhaça!”    

“Parecia-me outra coisa, e assustei-me, tem lá calma!” Estava-mos a discutir muito alto mas mesmo muito alto acho que estava-mos histéricas devido ao susto.

Do nada, vejo o raio do palhaço a alevantar-se e dizer.

“Hehehehe, apanhei-vos! Muahahah!”

Aí sim nós desatamos aos gritos e a correr para o carro. Quando a Dani acelerou o carro e desata-mos a fugir da li, o palhaço tinha dito.

“Tenham calma, hoje é o dia das bruxas!”

Ah! Dia das bruxas? Hoje? Não pode ser?

“Dani que dia é hoje?”

“Trinta e um de Outubro porquê?!”

“Porque… Dani… hoje é o dia das bruxas.”

“Ah! Dia do quê?”

“Dia das bruxas! Quando as pessoas se mascaram e pregam partidas aos outros!”

“Então estás-me a dizer, que aquele palhaço estava a pregar-nos uma partida! E foi por causa dele que ainda ia ter um ataque cardíaco antecipado!”

“Sim! Estou-te a dizer que ele pregou-nos uma partida e digo-te já que esta foi das boas!”

“Se um dia, apanho o palhaço que me fez isto! Vai deixar de andar, porque eu ainda lhe vou partir as pernas.”

Tinha-me esquecido, que hoje dia trinta e um, era dia das bruxas, é o dia em que as crianças saem de casa e pedem doces ou fazem travessuras, mas isto são as crianças não os adultos, e não vestidos de palhaços!  

Chega-mos á escola, estava enfeitada com caveiras, aboboras com velas lá dentro e a escola estava diferente, um espirito de festa e de diversão estava no ar. Quando hoje fui almoçar na cantina comi sopa de abobora e fígado com batatas fritas e para sobremesa uma gelatina verde esta era a ementa. Eu tive de comer como é óbvio e o fígado que diziam, era bife de carne vaca e não o raio do fígado. O que eu agradeço imenso por isso.

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