Cap 42 - O Fim

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- Não. Não somos suficientes. - retrucou Yennefer - Eles tem Fringilla. Que assim como eu, tem um vasto conhecimento de magias, das mais profanas até às menores e mais inocentes como fazer crescer tomates de uma horta. E claro, é ela quem está cuidando de Jaskier e Ciri. Porque sabem que ela é a única quem pode controlá-los.

- Como você mesma disse. Essa Fringilla se equipara à você. E nós temos você aqui. O que significa que já é um começo. - disse Geralt - Yennefer, sei que já perdeu as contas de quantas vezes eu fui teimoso em querer lhe escutar, mas dessa vez estou sendo teimoso por algo muito maior que nós todos. E quanto mais tempo passarmos aqui parados, mais tempo eles é que terão vantagem. Pensam que estamos fodidos, mas esqueceram que somos persistentes, que não deixamos a luta enquanto ela não acabar. Porque é isso que nos foi ensinado. E assim como Vesemir disse em suas últimas palavras... não desistiremos.

Yennefer respirou fundo pensativa.

- Que façamos uma votação então. - disse Triss, aparecendo ali no salão de repente, e recebendo todos os olhares - Não pensem em me deixar de fora disso. - todos então lhe deram expressões de alívio pelo seu despertar.

- Que façamos uma votação. - disse Geralt, se levantando da mesa.

❃❃❃❃

Por unanimidade, mesmo com Yennefer votando a favor com muito receio também por ver que perderia, todos decidiram ir para a luta já.

Os bruxos se puseram a preparar-se com todo tipo de elixires e meditaram para se concentrarem e ganharem mais resistência. As feiticeiras preparam também suas coisas, levando consigo em suas bolsas algumas poções contendo em maioria adrenalina e outros aditivos que lhes deixassem mais poderosas em suas vitalidades. E Nenneke, a única que não tinha nada além de suas ervas, também fez suas bombas de alucinógenos e soníferos para ir na viagem.

- Dessa vez Fringilla é quem vai ser pega de surpresa. - comentou Triss, ao receber de Yennefer um saquinho com um conteúdo muito perigoso até para elas.

- Dimerítio. Ela merece provar do próprio veneno. E estamos em guerra, então vale-se de qualquer artifício. Não se culpe, pois ela não se culparia nem por um fio de cabelo em usar isso contra nós. - disse a de olhos violeta.

- Tudo pronto? - perguntou Geralt, entrando ali no quarto onde as três mulheres estavam.

- Sim, tudo pronto. - Yennefer respirou profundamente, pois o que estava prestes a fazer era muito arriscado.

- Yennefer, tem certeza que quer seguir numa linha reta até lá? - perguntou Triss.

- Tenho. Eu vou aguentar. Mesmo que seja de um jeito muito sujo, mas é como eu falei antes, estamos numa guerra, então de tudo vale.

Yennefer sempre usava uma energia normal para fazer seus transportes, mas dessa vez ela iria usar energias mais densas e mais difícies de se controlar, pois estavam ligadas diretamente ao Caos: O desespero, a raiva, vazio, e a morte.

E era tudo o que eles todos sentiam naquele momento.

Geralt estava cheio dessas quatro coisas...

Todos se reuniram no salão, onde Yennefer e Triss arrumaram o chão com os cervos mortos como sacrifício e as ervas emprestadas de Nenneke, que disse que não poderia se envolver no ritual, já que era uma arquisarcedotiza diretamente ligada a deusa, que era contrário à tudo o que elas iriam usar nesse ritual proíbido de mais uma vez pegar energia emprestada de todos e agora, e dos elementos ali presentes.

- Todos, dêem as mãos. - pediu Yennefer. Todos assentiram e entraram no círculo, menos Nenneke.

A feiticeira então começou a dizer o feitiço em língua antiga, e no mesmo instante que ela começou a pronúnciar, todas as velas se acenderam, as brisas iniciaram seu leve rodopio que a cada segundo se intensificava.

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