Se você fosse minha

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Louis

Entrei nervoso dentro do restaurante. Era incomum essa sensação, já que não estava sendo a primeira vez que eu estava indo a um encontro. Naquela semana aquilo havia acontecido outras duas vezes, então por quê logo aquele dia um frio na minha barriga se instalou? Eu não sabia a razão, não sabia até encontrar Ela.

- Oi - falei ao me aproximar da mesa em que vi Anna sentada. Ela era muito mais bonita do quê em seu instagram. Não que eu estivesse interessado apenas nisso, mas era uma parte importante. Eu sentia que já a conhecia há anos, mesmo que tivéssemos conversado apenas durante duas semanas.

- Louis! - Anna praticamente gritou e se levantou, me envolvendo em seus braços quentes logo em seguida. O seu perfume doce me entorpeceu enquanto ela me apertava. Era bom.

- Como está? - Perguntei sorrindo assim que ela se afastou para me olhar. Fiquei ligeiramente desconfortável pelo seus olhos olhando para os meus, como se quisessem ver algo dentro deles.

- Estou ótima, e você?

- Também estou.

Nos sentamos um de frente ao outro. O restaurante era bem convencional para um primeiro encontro. Não muito claro, pouco barulho, e um pianista no centro. Eu não tinha o hábito em ir a restaurantes assim, já que a maioria dos meus encontros aconteciam diretamente na minha casa, ou em algum bar, que logo tinha o mesmo destino que a outra opção: minha cama.

Eu me surpreendi quando Anna disse que queria que nos encontrássemos em um restaurante como aquele. Pelas mensagens ela não me pareceu ser alguém que gostasse de formalidade, mas eu aceitei, eu queria muito conhecê-la pessoalmente.

- Eu pedi o vinho que gosta - ela falou.

- Que bondade da sua parte, vai me acompanhar? - Perguntei curioso. Anna havia me dito que não gostava de vinhos, e eu a prometi que iria começar a gostar quando provasse o meu predileto.

- Eu aceitei o desafio não foi? Então quero cumprir - Respondeu erguendo uma sobrancelha desafiadora. Eu adorava isso nela.

- Boa garota. - Sorri recebendo uma risada de volta.

Quando o vinho chegou, ela foi a primeira a beber, enquanto eu observava atento sua reação. Ela afastou a taça dos lábios rosados, e fez uma careta. Pensei então que não havia conseguido vencer seu casco duro, mas assim que ela me olhou, abriu um sorriso e deu um gole longo acabando com o vinho da taça, eu percebi que havia interpretado errado.

- Isso é...Uau! - Anna disse empolgada, pegando a garrafa de vinho da mesa e enchendo sua taça. Aproveitei para fazer o mesmo com a minha, e juntos bebemos o vinho.

Não demorou muito para Anna ficar tagarela, talvez só precisasse de álcool para se soltar. Ela começou a contar sobre sua família, depois seu trabalho, me fez rir com histórias absurdas da sua infância e da sua adolescência, como quando fez uma tatuagem pela primeira vez em um ex presidiário em uma festa. Desenhou um pênis ejaculando enorme bem no meio de suas costas. Ele diferente do que ela imaginou, riu muito quando viu, e em troca pela obra prima a deu o melhor oral da sua vida. Também contou sobre o dia que fingiu ser uma artista famosa no Canadá para várias crianças, e até hoje algumas a mandam cartinhas de fãs. Eu não a interrompi em nenhum momento, não queria deixar de ouvir nada do quê ela estava disposta a me dizer. Apenas soltava risadas entre uma coisa e outra, ou mantinha minha boca ocupada comendo e bebendo. Ela não se importou em me perguntar muitas coisas da minha vida, e eu adorei que fosse assim, quanto menos melhor.

Quando ambos estávamos satisfeitos, decidimos ir embora. Ela não estava bêbada, mas por muito pouco poderia ficar, apenas mais uma taça de vinho seria suficiente para isso, eu podia notar pelos seus olhos levemente trêmulos. Ela insistiu para que fôssemos até sua casa, e eu não poderia em nenhum milhão de anos recusar aquilo. Desde o momento em que bati meus olhos nela, era o que eu mais desejava.

Imagines Louis Tomlinson Where stories live. Discover now