Jennie, beijos e outras drogas

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Sentir o gosto dos lábios de Jennie era uma sensação inebriante. Lisa não conseguia descrever como deveria e ao menos tinha forças. Entre arfares e selinhos curtos, se via sem alternativas a não ser embrenhar-se ainda mais em Jennie, sentindo as mãos macias dela apertando sua cintura, os seios juntos, o calor apossando cada parte do seu corpo.

Se afastou para respirar fundo, encarando o rosto corado de Jennie e o tomando numa concha, aproximando-as novamente. Jennie e a boca inchada e molhada, Jennie que agora estampava um meio sorriso, com as pupilas dilatadas e as bochechas vermelhas, os dedos fazendo um leve carinho na nuca de Lisa, incitando-a a provar mais se quisesse.

Riu, incrédula. O que estava fazendo na vida que não a encontrou antes?

Poderia muito bem ficar na porta do apartamento por mais tempo, sem querer sair do lugar, com medo de que tudo se perdesse, que o clima cessasse, mas Jennie a puxou para dentro.

Esperou um monólogo raivoso vindo dela, perguntas do que porque estava ali, sem nada para dizer e tão sedenta por um beijo, no entanto, provando que poderia surpreender, Jennie só continuou o que faziam antes, empurrando a porta com o pé e voltando a atacar os lábios de Lisa.

Por um momento se viu exasperada, sentindo o friozinho na barriga que chegava sorrateiramente quando se experimenta algo bom, mas dessa vez, não agiria como quando se beijaram pela primeira vez. Jennie talvez não pensasse o mesmo, porque, com receio de ser interrompida por algum surto precoce da tailandesa, tomou as rédeas do beijo.

Ela tinha mãos possessivas em volta da cintura de Lisa, e o contato da mão dela tornava as sensações mais cruas. Nunca pensou que ser prensada numa porta por Jennie Kim seria um vício. Era quase como se fosse seu primeiro beijo, como se estivessem fazendo algo escondido depois da escola.

Lisa ofegou, totalmente entregue, e jogou o pescoço para trás quando sentiu a boca de Jennie descer devagarinho. A porta atrás de si era um lembrete para se manter de pé enquanto ela beijava seu maxilar, mordia o lóbulo da sua orelha, chupando vagarosamente e aumentando o estalo molhado.

E por "molhado" pode-se acrescentar a calcinha de Lisa a situação também.

— Então... — Mordeu os lábios, tentando recordar o que ia dizer. — O Lucas não tá aqui, né?

Jennie a encarou por segundos, confusa, e voltou a beijá-la.

— Porque — beijo — ia ser meio estranho — outro beijo — ele nos ver assim....

— Lalisa? — Jennie interrompeu outro selar. — Lucas não está aqui!

Meneou a cabeça para cima e para baixo, concordando arfante, e enfim pode se concentrar no que faziam.

A sala era uma mistura quente de respirações pesadas e sons de beijos. Lisa a cada segundo usava um pouco mais de força para juntar seu corpo ao de Jennie, e por mais que tentasse, nunca era o suficiente. Poderia explodir a qualquer momento e teve certeza quando ela, com a coxa, abriu suas pernas.

Jennie parou o beijo para sorrir, ainda num misto de vergonha e excitação, e Lisa até poderia dizer algo engraçado ou minimamente temeroso, se não tivesse gostado tanto do contato da coxa dela no meio das suas pernas. Divagou um pouco mais, imaginando-se escolhendo um vestido e não uma calça jeans para usar pela manhã. Teria menos peças para trabalhar.

O beijo se tornou caótico, dentes se batendo, lábios resvalando e suas mãos segurando os ombros de Jennie. Percebeu tarde demais que precisava respirar, colocar os pensamentos em ordem para não começar a latir ou protagonizar cenas desesperadas demais no mínimo comando dela.

Um acordo entre nósOnde as histórias ganham vida. Descobre agora