Capítulo 6 - Leonardo

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A entrevista foi muito boa, mas meu pensamento estava nela, precisava vê-la mais uma vez, será que ela tem namorado? Que pensamentos Leonardo, como pensar nisso agora? Eu preciso de foco, falta pouco para terminar a faculdade e voltar pra casa, mas aquele sorriso e aquela delicadeza de anjo, mecheram comigo é a primeira vez que tenho essa sensação estranha, eu tô maluco só pode.

Decidi esperar, acho que ela estava no expediente, vou esperar até o final, nem que eu precise faltar ao trabalho hoje.

Ela demorou pra caramba, mas finalmente apareceu, estava vestida de rosa, realmente parecia um algodão doce, o olhar e o sorriso que não co sigo descrever, apenas sinto meu coração acelerar.

- Desculpa a demora, estava revisando umas planilhas, fico feliz por te me esperado. - Ela corou um pouco depois de falar e acho que eu corei também, ela queria que eu tivesse esperado.

- Não demorou não- Precisei mentir, ela demorou uma eternidade.

- Vejo que o terno do Marcos ficou perfeito em você, que bom que conseguimos salvar a sua entrevista.

- Sim, parece que foi feito para mim.

- E como foi a entrevista? Você parecia nervoso, queria desistir.

- Poderíamos tomar um café e eu te conto melhor, acho que me deve uma por quase ter me impedido de fazer a entrevista. - Meu Deus que merda eu falei, agora já foi.

Ela segurou o sorriso e falou.

- Chantagem não serve comigo, poderia apenas ter me convidado e eu não gosto de café.

- Me desculpe é que eu estou nervoso, eu só queria conversar mais com você.

- Sorvete.

- Sorvete?

- Poderíamos sair para tomar um sorvete.

- Agora? Claro que sim, eu conheço uma  sorveteria muito boa, fica próximo a minha faculdade é o melhor sorvete dessa cidade!

- Então vamos, me passa o endereço certinho que eu te encontro lá.

- Posso te dar uma carona se preferir e tiver coragem.

- Coragem? - Ela pareceu duvidar um pouco e logo respondeu - Está bem, mas deixa eu falar primeiro com o motorista que iria me deixar em casa, vou pedir para nos encontrar lá.

É que cabeça a minha, mas eu não poderia pagar por nada nessa região e lá eu poderia pendurar na conta, ela pode estar achando que sou um doido.

Ela saiu foi em direção a um homem que estava parado ao lado do carro, era o motorista, será que as pessoas que trabalham aqui tem esse luxo? Ele ficou me olhando desconfiado, ela o abraçou e veio em minha direção.

- Vamos? - falou.

- Sim, só um detalhe, vamos de moto.

Ela abriu um sorriso e concordou com a cabeça.

Eu tinha uma moto Ducati Scrambler, um clássico, trabalhei por muito tempo nela e eu a chamava de Darla, era minha princesinha, foi do meu avô e era impressionante, para minha sorte eu estava com um capacete extra, pois pretendia dar carona ao Bocão, mas mil vezes dar carona ao anjo rosa que ao Bocão.

Ela não teve medo, ela passou as mãos na minha cintura, pude sentir seu corpo junto ao meu, esse terno não era dos mais confortáveis para andar de moto, mas eu não me importo, ela está aqui comigo, tô me sentindo um adolescente, olhei pelo retrovisor e ela parecia maravilhada, como pode eu me sentir assim? Eu acabei de conhecer, mas eu acho que essa garota será a mulher da minha vida!

Cowboy (COMPLETO).Where stories live. Discover now