Capítulo 11

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O gif tem nada haver com o capítulo. Apenas apreciem a obra de arte que é essa mulher. Sara Ramirez.

Callie Pov

Depois de enviar a mensagem para Arizona, desejando boa sorte, peguei meu carro indo direto para o trabalho depois de deixar Theo em meu pai, já que meu caçula não teria aula naquele dia. Antes de descer do carro, tomo um remédio para cólica, e checo minha imagem no espelho do veículo. Meus seios estavam sensíveis, e minha barriga inchada, além das minhas mudanças de humor repentinas. Odeio menstruação.

- Se tivéssemos combinado não teriamos chegado juntas chefinha. - Virginia sorri ao descer do Uber.

- Claramente não, querida. Bom dia - trocamos um rápido abraço com um beijo na bochecha. - Agora pela manhã preciso finalizar alguns croquis, consegue tomar conta da loja sozinha?

- Consigo. - a morena me sorrir enquanto caminhamos pelo shopping até chegar na loja na cor salmon.

Antes de abrir para começar a receber clientes damos uma limpada rápida no local, arrumamos alguns araras, e ajeitamos os pufs que ficavam para clientes se sentarem, varremos, passamos um pano no chão, e nos poucos móveis ali. Às 09horas em ponto as portas estavam abertas e clientes chegavam, pedi licença a Virginia e me retirei para o pequeno escritório que tinha no fundo da loja, ali passei minha manhã fazendo novas peças. Quando eu estava irritada, chateada, magoada ou algo assim a única coisa que me acalmava era desenhar.

- Ei, Callie, hora do almoço. Vou pedir o meu agora, quer que eu peça o seu?. - Minha funcionaria aparece na porta de vidro. Ergo minha cabeça olhando para a mulher parada ali, solto uma curta risada ao conseguir raciocinar o que ela acabará de dizer.

- Ah! Sim, por favor. O que você pedir pra você, peça para mim também.

A mais nova apenas assente logo fechando a porta novamente. Checo às horas em meu celular e acabo levando um susto ao perceber que realmente tinha perdido a noção das horas. Salvo todos os desenhos na pasta de arquivos, desligo o notebook e fecho deixando o aparelho em cima da escrivaninha juntamente da minha pasta de desenhos e estojo.

- Boa tarde, no que posso ajudar? - pergunto a uma senhora que esta acompanhada de um menininho, e eles aguardavam Virginia atender outra cliente para serem atendidos.

- Boa tarde, estou procurando conjunto social feminino numeração 38 e 42.

- Venha comigo, no número 38 não temos muita opção, esse número sai muito, mas temos alguns.

[...]

18:48 da noite foi o horário que consegui chegar em casa, graças a avenida movimentada. Por não conseguir chamar um Uber, acabei me oferecendo para levar Virginia em sua casa, o que me fez dá uma grande volta na cidade e enfrentar a avenida.

- Chegando tarde em casa, latina? -me grita Styles em pé próximo a sua casa. - Vou ter que te entregar pra sua dona.

- Faça isso que te demito, Hazza.

- Não esta mais aqui quem falou. Você chegou cedo, garota. - Da um tapinha no ar me arrancando uma risada.

- Ótimo, assim que eu gosto. -brinco lhe mandando um beijinho no ar.

Entro em casa sendo recebida pelas risadas das crianças vindo da sala. Deixo minhas chaves e o casaco pendurados na entrada, logo tendo o olhar dos três sob mim.

- Buenas noches, niños.

- Buenas noches, mom. - deixo um beijo da cabeça dos três.

- Jogos de tabuleiros, legal. - digo ao perceber o jogo de xadrez que estava em cima do tapete, tendo Eloise de um lado e Harry do outro, com Theo observando o jogo dos dois irmãos.

- Como a senhora estas? - pergunta Harry erguendo a cabeça.

- Um pouco cansada. Eu vou tomar um banho e me deitar. Hazz, pede duas pizza, e suco pra vocês...pague com o cartão de emergência que esta na cozinha.

- A senhora não vai comer? - Eloise da uma jogada fazendo seu irmão bufar.

- Não, estou sem fome, querida. - Trocamos mais algumas palavras, me retiro avisando que estarei lá em cima caso precisem de alguma coisa.

Coloco a banheira para encher, entro em meu closet a procura de algum pijama confortável. Por fim pego um de seda vermelho com bolinhas pretas, e uma calcinha. Prendo meu cabelo, começo a despir, depois de totalmente nua volto para o banheiro, coloco alguns sais na água. Ao ter minha pele em contato com água morna, meu corpo todo relaxa. Era exatamente disso que eu estava precisando.

Fiquei ali naquela água até meus dedos estarem enrugados. Muitas coisas passam por minha cabeça naquele momento, e tendo o meu tempo em silêncio pude parar e respirar. Me enrolo na toalha branca felpuda, escovo meus dentes, depois passo o pente em meus cabelos secos. Na gaveta do armarinho pego um absorvente interno, e outro remédio para cólica. Vinte minutos depois estou deitada debaixo do edredom com o cheiro de Arizona, depois daquela mensagem mais cedo não nos falamos mais, nem uma notícia para saber como foi sua cirurgia.

- Mierda! - dou um pulo da cama ao me lembrar que meu celular ficou sem bateria. Mesmo estando chateada com minha esposa não gostava de ficar sem receber notícias dela.

Depois de revirar minha bolsa e encontrar o aparelho zerado, conecto o mesmo no carregador ao lado da cabeceira de minha cama, depois de algumas cargas ligo recebendo várias notificação, além de várias ligações perdidas de Arizona, tem algumas mensagens. Quando penso em retornar a ligação, sua foto aparece na tela em uma ligação.

- Ei, enfim atendeu. - sua voz parecia preocupada do outro lado da linha.

- Meu celular estava sem bateria, só me lembrei agora. - me sento na cama com uma das pernas dobradas.

- Você não acostuma desligá-lo, pensei que tivesse acontecido alguma coisa. Acabei ligando no fixo, as crianças disseram que você não esta bem. Aconteceu alguma coisa?

- Calma, estou bem. - olho para minhas unhas. Céus, preciso de uma manicure.

- Tem certeza?! Ainda estas chateada por causa daquele assunto não é?!

- Vou ficar bem. - solto um suspiro. Ficamos em silêncio na linha. - Como foi a cirurgia da Tayla?

- Tudo ocorreu bem. Obrigada pela mensagem de mais cedo, ela me deu muita confiança. -percebo que ela sorriu, faço o mesmo deixando minhas costas bater no colchão enquanto olho para o teto. - Tayla esta em observação, amanhã quando ela acorda veremos o resultado final.

- Todo mérito é teu. Quando volta pra casa?

- Amanhã... Estou com saudades - silêncio - Calliope?!

- Hum - me viro de bruços na cama.

- Me desculpa por tudo. Eu não faço essas coisas por mal. Amo tanto você que só quero te poupar sofrimentos.

- Eu sei que você não faz por mal.

- Eu preciso voltar ao trabalho. Coma alguma coisa tá? As crianças disseram que você não quer comer, e se trancou no quarto. Não se feche... Eu amo você.

- Arizona.- a chamo antes que ela encerre a ligação. - Também estou com saudades.



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