Capítulo 29

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Eu sabia que era errado...sabia que não podia abandonar eles..não agora.., mas eu não aguentava mais: Kylo me levou ao limite e isso me tornou um monstro como ele é...era...não sei mais. Eu precisava voltar pra Terra, pra minha casa, era lá que eu me sentirá segura e ninguém me encontraria mais.
Usei então a velocidade da luz e cheguei na Terra o mais rápido possível, pousei em uma praia deserta aonde tinha uma casa que eu e minha mãe visitávamos durante as férias. Nunca entendi por que era um lugar tão afastado, mas por agora só tenho a agradecer por isso, ninguém ia ver uma nave pousando lá.
Minha primeira reação foi destruir aquela nave, mas sabia que se fizesse isso eu não poderia voltar. Resolvi deixar para pensar nisso mais tarde, adentrei a casa e muitos sentimentos vieram à tona: lembrei da minha mãe, dos meus amigos antigos e dos novos, aquilo estava me machucando demais. Desatei a chorar caída no chão da sala abraçada a uma foto da minha mãe:
- O que eu faço? - falo baixo entre lágrimas refletindo sobre tudo.
- Oi filha. - uma voz feminina fala e eu olho para trás e vejo minha mãe, ela era linda e tinha os mesmos cabelos loiros que eu tenho, só que os olhos puxei do meu pai, ela tinha olhos castanhos.
- Mãe... - falo me levantando e indo abraçá-la, eu sentia muita saudades dela. - O que faz aqui?
- Vim te contar toda a verdade, chega de histórias mal contadas. - ela diz e vamos até o sofá. - Tudo começou quando eu estava em um planeta bem distante chamado Naboo, eu vivia lá com minha mestra. Eu era uma aprendiz de Jedi também e estava completando meu treinamento quando conheci um moço muito bonito chamado Scott Darklighter, por quem me apaixonei e com quem tive você. Só que um dia descobri ele falando com Palpatine sobre ter completado um plano, eu horrorizada com aquilo fui tirar satisfações e ele me disse que era filho de Palpatine e que o pai o mandou para se infiltrar entre os Jedis, mas ele desistiu do plano quando me conheceu e que ao ligar para ele teve que mentir. Eu resolvi acreditar nele e foi a decisão certa, pois ao descobrimos que estava grávida de você, Palpatine ordenou que Scott te levasse até ele, mas seu pai se recusou e me mandou fugir com um Jedi amigo dele chamado Luke e que fosse embora para sempre. Então Luke me levou com ele e o mesmo assumiu que era seu pai, pois Scott era seu melhor amigo, seu pai dias depois foi morto por Palpatine e nós sumimos.
- Luke sabia de tudo isso então? Ele me disse que não conhecia meu pai. - eu falo. - Meu pai me salvou.... e agora eu quero lutar justamente com a pessoa de que ele tentou me salvar.
- Ela me pediu para mentir. - Fala Luke surgindo na sala. - Oi filha, oi meu amor.
- Luke? - falo surpresa, tinha virado reunião de família.
- Oi amor. - minha mãe fala indo até ele, sabia que o mesmo ainda estava na ilha, ele não usa sair dali mais. - Bom, continuando a história: Luke então, seu pai nos levou para aonde morava Leia, Han e seu filho Ben, quando você nasceu contamos a verdade para Leia e Han e eles entenderam. O tempo passou e eu me apaixonei por Luke e para poder se defender ele treinou você e Ben, só que teve um ataque no planeta no seu aniversário de 12 anos e ele nos levou para Terra e o resto você já sabe.
- É eu sei. - falo tentando assimilar tudo. - Obrigada por me contar a verdade.
- Você merece saber a sua história. - ela diz me abraçando. - Você tem um destino a cumprir agora filha.
- Os rebeldes estão em apuros, poucos pilotos e um frota gigante a ser combatida. - Luke diz.
- Como eu vou fazer isso, não sei como ajudá-los. - falo desabafando.
- Você filha é a Jedi mais poderosa do universo, você pode derrotar o Palpatine. - minha mãe diz. - A Força está com você.
- Isso é verdade Ana. - ele fala. - Ou você acha que eu te treinei atoa?
- Luke! - minha mãe o repreende e eu solto uma risada descontraindo todos. - Você sabe o que tem que fazer filha.
- É eu sei. - falo me recompondo e pronta para voltar, tinha um plano que poderia funcionar.
- Filha. - Luke fala. - Tenho duas coisas para você. - ele diz e me entrega um sabre. - Esse era o sabre de Ben, sinto que ele vai precisar dele e o outro está lá fora.
Saímos os três e do lado da nave que eu havia roubado de Kylo, estava a nave de Luke:
- Eu sei o que vai fazer. - ele diz olhando para mim. - Sua amiga vai precisar de uma nave.
- Vai dar certo minha filha. - minha mãe diz. - Nós sempre estaremos com você, só acredite em você mesma.
- Nós te amamos. - ela e meu pai dizem juntos e desaparecem.
Eu estava muito feliz e motivada, foi muito bom ver minha mãe outra vez e ela era uma Jedi como eu. Precisava agora ligar para uma amiga, ela iria me ajudar. Peguei o telefone e disquei o número torcendo para ainda ser o mesmo:
- Oi Mary. - falo quando a mesma atende o telefone.
- Ana? É você? - diz a mesma não acreditando muito.
- Sim! Sou eu! - falo com saudades de conversar com a minha melhor amiga.
- Minina! O que aconteceu com você? Você sumiu por meses! Não atendia as minhas ligações, não respondia as mensagens. Você me deixou preocupada. - ela diz e eu lembro que quando fui embora, não avisei ninguém e não tinha como eu explicar nada.
- Desculpa por ter sumido, aconteceu muita coisa. - falo. - Lembra da casa de praia que um dia você veio comigo nas férias?
- Sim lembro, Por quê? - ela pergunta curiosa.
- Teria como você vir para cá? Tipo agora. - falo torcendo para ela aceitar.
- Até tem, mas agora? - ela pergunta.
- Sim, é uma questão de vida ou morte literalmente. - falo.
- Não me mata do coração não. - ela fala e eu riu. - To indo, meio hora eu to aí.
- Ok, obrigada. - falo animada.
- De nada. - ela diz e desliga o telefone.
Enquanto ela não chegava, precisava arrumar um jeito de contar tudo sem que ela pire. Como prometido meia hora depois a mesma bateu na porta e eu fui correndo abrir:
- Mary! - digo a abraçando.
- Ana! - ela diz retribuindo o abraço. - Que saudades.
- Eu também tava. - digo. - Preciso da sua ajuda. Você ainda é pilota né?
- Sou por que? - ela me olha confusa. - Tá com cara de você vai aprontar alguma coisa.
- Eu tenho uns amigos que precisam de ajuda. - falo indo para fora e ela me segue, fomos em direção as naves e ela fica de boca aberta. - Preciso que você os ajude.
- Ana do céu! - ela diz espantada. - O que é isso?
- São naves e a gente não tem muito tempo. - falo indo em direção a nave de Luke, para sincronizar as coordenadas para a base rebelde.
- O que você esta fazendo? - ela pergunta.
- Arrumando as coordenadas. - digo. - Eu realmente preciso de ajuda, você confia em mim?
- Confio.- ela diz. - O que eu tenho que fazer?
- Você vai entrar na nave, decolar e me seguir até aonde eu falar. - começo. - Quando tiver na posição certa, você vai apertar um botão azul e vai direto para a base da resistência, você vai pousar e fala que fui eu que te mandei é que precisa urgente com Poe e Finn, entendeu?
- Meu Deus.. que loucura. - ela fala. - Mas o que eu tenho a perder, só me conta o que tá acontecendo.
- O universo está em perigo, todos os planetas e sistemas vão sumir se a gente não derrotar a maior frota da galáxia. Eu sei que parece loucura, eu também achei no começo mas é tudo verdade e a gente só tem mais duas horas antes que comecem os ataques. - digo e ela me olha espantada, então ativo meu sabre. - Isso é uma prova e essas naves também.
- Aii é roxo, eu amei. - ela diz. - Pode contar comigo.
- Ebaa. - falo. - Nós temos que ir agora.
- Ok. - ela diz entrando na nave e em poucos segundo ela consegue levantar voo. Também entro na minha nave e decolo.
Saímos rápido da área da Terra e fomos a um ponto específico:
- Isso é incrível! - ela diz feliz. - E agora?
- Agora vira para noroeste e aperta o botão azul. - digo.
- E você? - ela diz.
- Eu vou mostrar o caminho até a frota, só chegamos lá com um localizador. - digo.
- Ok, boa sorte amiga. - ela diz.
- Boa sorte, mas aqui eles dizem: Que a Força esteja com você. - falo.
- Então que a Força esteja com você também. - ela diz e sua nave vai na velocidade da luz e eu vou a caminho de Exegol.
Depois que Mary foi para a base, eu fui para Exegol, era nossa única chance. Ao chegar no começo da zona desconhecida enviei um sinal para a Resistência e torci para que viessem logo. Cheguei em Exegol assustada, eu nunca vi uma frota tão grande e os canhões destruíram planetas se conseguissem sair da órbita.
Me aproximei da construção principal e pousei a nave, eu tinha que encarar o Palpatine. Entrei no prédio, era um lugar escuro e gelado, desci então um elevador que me levou a um corredor longo. Eu estava com o coração acelerado, não sabia o que esperar, fui andando até chegar em uma sala principal. Não conseguia ver ninguém, apenas alguns flashs de luz que apareciam como raios.
Comecei então a procurar por qualquer sinal de vida, mas nada, apenas encontrei um trono bem grande e vazio. Uma única solução era esperar que Palpatine aparecesse. Me viro para trás e a luz de um raio ilumina uma plateia de Siths, aquilo era muito assustador:
- Por muito tempo esperei por esse momento. - uma voz vindo de trás surge e eu me viro levemente assustada, vejo então Palpatine preso em uma máquina, ele estava debilitado. - Que minha neta viesse para casa, eu nunca quis que morresse...eu queria você aqui...Imperatriz Palpatine.
Aquilo era um título bem forte, não tinha como eu ser imperatriz de nada:
- Você assumirá o trono. - ele continua. - É seu direito de nascença governar tudo aqui. Está no nosso sangue.
- Eu não vim liderar ninguém, vim aqui para acabar com você. - falo firme.
- Deixe eu adivinhar...como Jedi? - ele diz meio debochando.
- Sim. - falo olhando para ele.
- Não, sua raiva, ódio...você quer me matar. - ele diz. - Só que isso é o que eu quero, Mate-me é meu espírito irá passar para você com todos os Siths dentro de mim. Você será Imperatriz, nós seremos um. A hora chegou! Com o seu ódio você tomará minha vida.
- Você só queria que eu tivesse ódio de você. - falo. - Mas eu não vou.
- Fraca, como o seu pai. - ele diz.
- Meu pai não era fraco, ele me salvou de você. - digo, queria ter conhecido ele.
- O seu pai Luke, foi salvo pelo pai dele. - ele diz. - A sua única família agora sou eu.
Ele então abre o telhado acima de nós e eu vejo: meus amigos, a Resistência inteira sendo destruída.....eu trouxe eles para morte achando que teríamos chance. Muitas naves explodiram, muitas vidas perdidas:
- Eles tem pouco tempo. - Palpatine volta a falar. - Ninguém está vindo ajudar e foi você que os trouxe para o fim. Acabe comigo e assuma o trono, reine sobre o novo império e a frota será sua....só você tem o poder para salvá-los, recuse e sua nova família morre.
Por mais que eu odiasse ele estava certo, se eu assumisse o trono...poderia acabar com tudo e salvá-los. Talvez não fosse tão ruim ser a Imperatriz, eu conseguiria salvar meus amigo. Pego então um dos sabres e o altivo, uma luz azul apareceu e eu vejo que peguei o sabre errado, mas não era tempo de ficar com mimimi de ter que usar o meu sabre:
- Que o ritual comece. - ele diz e eu me viro para ele com o sabre ativo. - Ela me acertará e iniciará como Sith. Com a sua arma, ela vira até mim e terá a sua vingança! E com o seu golpe os Siths renasceram e os Jedis morreram!
           Começo a me aproximar dele, mas eu paro e sinto uma sensação bem familiar: Ben! Ele me olhou e fez meu coração disparar, Kylo Ren havia morrido. Eu sabia que ele tinha ideia do que eu tava pensando, então se Luke trouxe uma nave da ilha pata Terra, por que não transportar o sabre até ele. Peguei então o sabre e coloquei ele atrás de mim e esperei um pouco e o mesmo sumiu, tinha dado certo.
Pego então o meu sabre e o ativo, mas Palpatine já havia se afastado e seus guardas vinham em minha direção. Eles tentaram atiram em mim, enquanto com uma mão me defendia girando o sabre, na outra redirecionava o tiros com a Força, fazendo eles se acertarem. De repente Ben surge acabando com o último guarda, ele então vem até mim e eu vejo que o meu Ben voltou e sorrio. Viramos então para Palpatine:
                      - Resistem juntos, morram juntos! - ele diz e usa a Força para nos derrubar, nossos sabres pararam longe e ele começou a roubar nossa energia. - A Força vital na sua conexão...uma Díade da Força, o poder da própria vida. Ele não é visto a gerações e agora o poder dos dois restaura o Único Imperador.
          Ele diz e volta a usar a Força para arrancar a nossa energia, parecia que minha alma estava sendo arrancada e quando ele finalmente parou, cai no chão desmaiada. Acordo e me viro para cima, vejo então todos os meus amigos morrendo, não tinha mais esperança...:
- Conversem comigo.... - falo sussurrando. - Eu preciso de vocês...
Então muitas vozes apareceram, eu tinha conseguido. Eles me disseram que eu não estava sozinha, que eu era a única que traria o equilíbrio novamente. Recuperei minhas forças e consegui me levantar, eu ainda sentia dor mas não deixaria aquilo me atrapalhar. Trago meu sobre de volta e o ativo:
- Que a sua morte seja o final da rebelião. - Palpatine diz e começa a mirar seus raios em mim, então uso o sabre para me defender. Com uma mão não ia aguentar por muito tempo, pego a outra parte e a cruzo com a primeira formando um X. - Você não é nada, um ser como você não é páreo para a força que existe em mim.
Comecei a me aproximar dele usando toda a força que eu tinha, então raios roxos voltam para o mesmo. Sentia meu sabre começando a rachar, mas não podia parar:
- Eu sou todos os Siths. - ele diz me atacando com mais raios.
- E eu...todos os Jedis. - falo e solto um raio muito poderoso que mata ele, mas meu sabre chegou ao limite e quebre me mandando para longe.
Eu então olhei para cima e vi que meus amigos salvos, tudo ao nosso redor estava destruído. Eu tinha vencido....e agora eu podia descansar um pouco, então fechei meus olhos e eu senti minha alma indo, não era tão ruim, era uma sensação boa e de repente minha mente apagou.
                Sinto então minha alma voltando e antes de abrir os olhos vejo Luke e minha mãe juntos. Abro os olhos e vejo Ben olhando para frente, então coloco minha mão em cima da sua e ele olha para mim. Me levando um pouco e fico de frente para ele.
  - Ben... - digo e beijo-o, eu queria fazer isso faz tempo, o mesmo me envolve mais em seus braços como se fosse me proteger.
- Ana...eu achei que tinha te perdido. - ele diz quando paramos o beijo. - Não faz isso comigo..
- Você jamais vai me perder. - falo, era a pura verdade. - Eu te amo.
- Eu também te amo. - ele diz fazendo meu coração bater mais rápido, então o mesmo coloca a mão em meu rosto e me beija novamente.
  Nos levantamos do chão e fomos em direção a saída daquele lugar, eu havia perdido meu sabre, ficarei com saudades dele. Fomos então até a nave nos apoiando um no outro, não dava andar muito bem. Precisávamos ir até a Base da Resistência, sabia que seria difícil eles entenderem que Ben mudou, mas eu não iria deixá-lo nunca mais e juntos fomos para a base.

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