Golden Garnet

Oh fuck

O grande dia havia chegado. Midas sentia as pontas dos dedos vibrarem, quase não conseguindo controlar o seu poder. Infelizmente não usaria sua adorada Choppa naquele dia, pois chamava muita atenção e eles precisavam ser furtivos.

Os capangas terminavam de carregar as lanchas com as armas e os poucos explosivos que conseguiram reunir. Seriam o suficiente. Cada Líder comandaria uma lancha. Metade dos homens desembarcariam antes e seguiriam a pé para entrar na cidade pelo flanco. Sabiam onde era base dos Defensores. Era torre bem guardada, mas eles conseguiriam invadir tão fácil quanto uma bala atravessando um cogumelo, e depois de tomada todo o resto estava ganho.

Midas se sentia confiante. Mesmo com a equipe desfalcada, não havia como dar errado. Era apenas um pequena modificação em algo grande demais para afetar. Ele havia trabalhado e estudado durante semanas aquele plano. Não havia falhas. Era perfeito.

Porém ele logo descobriria que uma pequena modificação alterava sim toda a equação.

Os homens em terra confirmaram pelo rádio estarem seguindo para o local denominado. As lanchas avançaram. Midas seguia na frente com um belo rifle de precisão de ouro e suas pistolas duplas. Os explosivos estavam prontos para serem lançados. Aproximavam com rapidez, mas não o suficiente para chegarem em terra antes de acionarem o alarme.

Uma chuva de tiros caíram sobre as lanchas. Duas explodiram, levando os homens e os explosivos nelas. Midas mirou em um homem na torre e o acertou com um único tiro. Continuavam seguindo em frente. Os Defensores possuíam uma artilharia pesada. Muitos estavam sendo atingidos, no entanto já estavam perto da margem. Derrubou outro com o rifle. E mais um. E outro.

Àquela altura, os homens em terra já deviam estar instalando os explosivos terrestres na entrada da base. Skye estava entre eles. Ela era esperta e rápida. Midas sabia que a garota conseguiria. Confiava nela.

As lanchas finalmente atracaram e eles saltaram. Midas sacou suas pistolas. A cidade era um labirinto então precisavam ser furtivos e rápidos. Midas atirava com destreza. Seus tiros não erravam o alvo. Corpos caíam aos seus pés. Avançavam para uma posição mais elevada onde obteriam vantagem.

Passou por Brutus, que detonava todos no seu caminho com sua metralhadora giratória. Era uma verdadeira máquina de combate. Midas sorria. Estavam no controle. Sr. Banana estava logo a sua frente quando algo inesperado aconteceu. Portas de aço se abriram do chão e o Sr. Banana foi fatiado em pedaços pelas hélices do helicóptero que subiu. Midas teve apenas um segundo para processar o ocorrido. Sentiu sua mente travar e o mundo passar em câmera lenta.

Mas o helicóptero ainda subia devagar no ar e um soldado lhe apontava um rifle. Seu corpo reagiu de forma instintiva. Ergueu suas pistolas e os tiros acertaram o piloto e passageiro ao mesmo tempo.

Midas se agachou e pegou o rádio.

— Skye! — gritou. — Os detonadores!

— Não funcionaram. São fracos.— foi a resposta que obteve.

— Porra!

— Estamos encurralados.

— Estão seguros? — ele perguntou.

— Por enquanto.

— Permaneçam assim. Aguentem.

Midas mudou a frequência do rádio.

— Brutus, mantenha a posição. — ordenou. — Não avance mais.

— Entendido!

— Mantenha os homens seguros e escondidos enquanto eu vou buscar a ajuda. Estamos ferrados.

Midas desligou o rádio e correu para o helicóptero. Empurrou os corpos sem vida para fora e entrou. Enquanto subia no ar, foi atingido por algumas balas, correndo o risco de explodir no céu, mas conseguiu sair ileso da zona de perigo.

Só esperava que desse tempo.