capítulo 11

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Katherine

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Katherine

Posso ouvir os batimentos do meu coração devido a adrenalina e sinceramente, meu desejo é que ele bata muito mais rápido para que eu saia daqui direto para o cemitério.

Mas somente um lugar me aguarda... onde eu passarei a ver o sol quadrado. Eu com certeza iria passar uns dias na cadeia.

- Meu bom cristo, agora seria a hora perfeita do senhor descer e me levar junto para o céu_ falo chorosa, indo em direção ao monumento que se encontra estatelado no chão.

Minha reserva no quinto andar do inferno foi realizada com sucesso!

Se fosse em qualquer outra ocasião no momento eu estaria rindo, mas nessa situação, aqui e agora a vontade é de sair correndo, mas nem minhas pernas me obedecem mais.

Elas nunca me obedecem!

Me aproximo vagarosamente, espreitando se ele realmente não está fingindo, a pequena porção de sangue no chão me deixa terrivelmente atónica.

Estico meu pé e cutucu-o com o salto... nada.

Fico me perguntando, como é possível que uma simples louça seja capaz de matar um homão desses ?

Meus olhos quase saltam para fora da minha cara.

- Meu deus, matei o homem_ levo minhas mãos a cabeça completamente desesperada e corro para o encarar de frente.

Seus olhos fechados, boca meio aberta, sem movimento algum... puta merda!

Tá morto.

Ouço a porta se abrir com certa brusquidão e meu coração acelera tanto que sinto minhas pernas fraquejarem e tudo escurece...

Esse só pode ser o caminho para o inferno.

Sinto um tapa forte em atrito com a minha cara seguida de uma dor e raiva descomunhal, a raiva passa assim que me lembro da situação em que estou, em outra hora eu estaria saltando de felicidade, porque sempre tive a curiosidade de saber qual é a  sensação de desmaiar.

- Vamos lá Katherine, não temos tempo para dramas agora_ reconheço a voz de Ira e me sinto extremamente aliviada.

Abro os olhos lentamente e vejo em sua testa um vinco que demonstra a sua raiva, que é compreensível.

- Por quanto tempo eu fiquei desacordada?_ ela  suspira levantando-se, indo para o lado de Joseph que AINDA está desacordado e temo a resposta de Ira.

- Apenas dez segundos_ fala dando de ombros...ok, esse foi o record do desmaio mais rápido do universo_- Eu não acredito nessa merda, qual foi a sua ahm?! Me engatar com aquele homem somente para que isso acontecesse? Eu tenho certeza que foi você quem fez isso Katherine Bendonardi!

Fala em um rosnado.

Mordo os lábios em nervosismo, quando ela fala o sobrenome é porque realmente está puta.

- Como é que eu iria imaginar que o homem tem o corpo de ferro e a cabeça pior que casca de ovo, foi só uma chicarada na cabeça, se é que essa palavra existe.

Minha irmã revira os olhos e é quando eu me lembro que o homem pode estar morto, nem chequei a respiração.

- Nem parece que você trabalha no hospital, ele apenas está desmaiado, e não duvido nada que depois que ele acordar estaremos indo direto para a delegacia_fala ela como se lê-se meus pensamentos.

- Podiamos aproveitar e jogá-lo daqui de cima, ele iria fazer uma aterragem em tanto_ falo sorrindo, checando a altura do prédio através da enorme janela a minha frente.

No entanto franzo o cenho só agora me perguntando como é que Safira conseguiu entrar aqui sem a presença da secretária, ela parece entender minha confusão, mas no mesmo instante a porta se abre mais uma vez, e dessa vez eu desejei mesmo desmaiar para acordar no hospital, mas não foi o que aconteceu.

Isso só pode ser a casa da mãe Joana, caralho.

Eu e Safira corremos para trás da mesa cheia de documentos, como se fosse algum escudo e nossa vida dependesse dela.

O homem entra sem qualquer anúncio e já entra falando, seu sorriso morre ao ver Joseph no chão e quando seu olhar sobe em nossa direção eu corro para trás de Safira, nesses últimos tempos eu tenho andado muito medrosa, mas a cena é outra nesse caso.

- Mas que porra aconteceu aqui?!_ Esbraveja com o olhar fulminante para cima de nós.

É Katherine, dessa vez não terá deus para nos salvar da enrascada que nos meteu.

O par de olhos esverdeados nos analisa, sua feição mostra o quanto ele está confuso e um tanto espantado, certamente nos achando indefesas perante a montanha de músculos que está apreciando a maciez do chão nesse exato momento.

Seu olhar entra em um ciclo vicioso, vai de mim que estou apavorada, depois para minha irmã que o encara sem receio algum, e para Joseph que nem uma jaca dura caída.

- Estão surdas, ou é falta de limpeza nos ouvidos?

Arrega-lo os olhos, para depois levantar uma das sombrancelhas já saindo de trás da minha irmã e concluo que existem sim, pessoas capazes de darem respostas um tanto quanto mais infantis que as minhas, porque tenho que admitir, desde que retornei a Nova York minha infantilidade está em níveis extremos.

-Talvez a escova da sua mãe seja um bom instrumento de limpeza, babaca.

Estalo a língua na boca um tanto supresa com o que acabei de ouvir, exatamente por não ter sido eu a autora desse insulto, meus olhos correm de Ira para o tal moço, que agora reparando é um homem muito bonito, na verdade lindo inclusive.

Parece haver faísca entre os dois, da forma como ambos se encaram, desmonstrando claramente que os seus santos não batem.

Resumindo e concluindo, dos criadores de amor a primeira vista, lá vem ódio ao primeiro olhar.

Resolvo intervir ficando realmente nervosa e analisando tudo, o jeito como ele entrou na sala todo descontraído, a maneira como sorria, a postura dele para conosco, me lembrando das poucas fotos que vi sobre o tal companheiro de Joseph... reconheço-o, só pode ser o Dr Canedi.

No mesmo instante ele parece fazer o mesmo, ele semicerra os olhos em minha direção, e depois dirije-os para Safira e ri em descrença.

-Eu não acredito...

- Nós vamos indo_ interrompo-o e pego a mão de Safira, que ainda encontra-se sem se aperceber de nada.

-Precisamos sair daqui Safira_ sussurro já cansada de tudo aquilo, frustrada o suficiente para não querer mais brigas.

Ela olha- me nos olhos, tentando decifrar as emoções expressas neles e concorda um tanto relutante.

- Não vão a lugar nenhum!_ meus olhos quase pulam para fora, quando ouço a voz de Joseph Miller em um grunhido de ódio.

Quando é que foi que esse desgraçado acordou que eu não percebi?

Oii, hoje tivemos capítulo mais pequeno que o normal, mas prometo compensar no próximo capítulo

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Oii, hoje tivemos capítulo mais pequeno que o normal, mas prometo compensar no próximo capítulo.
Beijoos.

Sem revisão, desculpem os erros.

Uma segunda vez- Livro I- Série DestinadosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora