Capítulo 14: precisamos conversar

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Eu o encarei. O olhei como nunca havia o feito antes.

Eu estava com raiva, lógico, mas estava muito assustado e triste ao mesmo tempo.

Sabia que ele estava certo, de qualquer jeito. Mas eu também não estava errado!

Então, como uma fada sensata que sou eu, me levantei e saí em direção ao banheiro. Não iria encarar isso, não naquele momento.

Ia tomar um banho e, com certeza, ia dormir no quarto do Changbin. Eu não conseguiria dormir no mesmo lugar que o Jisung.

Não por raiva, mas por culpa. Estava me sentindo muito culpado.

Sim, ele não estava errado.

E, com certeza, eu iria matar as aulas da tarde também.

— Onde você vai? — escuteio-o chamando, mas ignorei.

Deus, a voz dele estava tão quebrada quanto o meu coração.

— Minho, conversa comigo! — continuava chamando.

Ele se levantou e pegou a minha mão. Me obrigando a parar.

— Eu vou tomar banho. — direcionei meu olhar à ele, mas estava de cabeça baixa — E vou dormir no quarto do Changbin hoje. Me deixa ir, por favor. — me desvincilhei de sua mão.

— Minho, isso é mesmo necessário? Tipo, a gente precisa conversar e... — desta vez, eu o interrompi; estava muito apreensivo – com medo – para continuar escutando-o. A culpa estava me matando.

— O que você quer de mim?!- me virei totalmente em sua direção e, mais uma vez, o olhei de um jeito que nunca havia feito antes — Me diz! O que você quer? Que eu admita que estou errado? Que eu bata palmas pra você e diga "parabéns, Han Jisung, você estava certo e eu errado. Eu sou um completo filho da puta."? É isso que você quer, Jisung? Me diz! Se for, eu faço. Apenas me deixe em paz, por favor!

— Sabe o que eu acho? — se aproxima, tentando me intimidar. Esse baixinho. — Que você não me entende do mesmo jeito que eu entendo você! Eu achei que depois de tanto tempo, você teria amadurecido. Mas continua sendo a mesma criança mimada que não aceita nada que não seja do seu jeito!

Escutar isso me quebrou. Sim, eu sei que estava sendo um babaca e que merecia isso, mas...

— É assim que você me vê?

- Minho...

— Você realmente acha que eu não te entendo? Você acha que eu sou uma criança mimada? — perguntei. Estava quase explodindo. Eu não sabia se queria chorar, se queria bater no meu travesseiro, se queria escutar Conan Gray até desidratar ou qualquer coisa do gênero.

— Sim. Eu acho. — ele disse em um tom orgulhoso. — E sabe o que eu mais acho? Que o nosso relacionamento, se é que eu posso chamar isso que nós temos assim, é totalmente unilateral. Você não faz um mínimo esforço pra mostrar que gosta de mim!

Isso pra mim foi a gota d'água. Falar que eu sou mimado, tudo bem, mas falar que eu não gosto dele? Que tipo de merda ele pensa que eu sou?

Ah, mas de qualquer jeito, agora já sabia o que fazer. Vou escutar Conan Gray até desitratar, ENQUANTO, eu bato no meu travesseiro.

— Han Jisung... Você realmente leu aquilo? Você leu aquela porra de diário?! — falei, esticando um pouquinho o meu braço pra pegar o diário que estava em cima da minha cama. O quarto era pequeno, anyways.

Abri em uma página e comecei a ler o que estava escrito. Era a página 23.

Sim, eu numero as páginas das coisas qie eu escrevo, qual é o problema?

meu livro de fetiches. 📚 - MINSUNG.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant