Reencontro

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Notas iniciais:
A multimídia eu sugiro que vocês ouçam lendo, porque eu escolhi uma que combine com o capítulo.
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Estava completando onze anos, onze longos anos que seu precioso Harriet sumiu, sem deixar pistas nem nada, como se ele tivesse evaporado. E agora, dia 31 de julho, seu pequeno filhote ia fazer 11 anos, idade de ingressar em Hogwarts.

Elizabeth tinha acordado mais cedo que o normal, pediu para os elfos domésticos fizessem um bolo, não precisava ser grande, mas tinha que ter escrito, "feliz aniversário", a loira observava o quarto que deveria ser de seu pequeno menino, era grande com paredes em tons de verde e azul, tinha uma cama enorme com fronhas e cobertores amarelos, um tapete felpudo onde ele brincaria com seus primos, uma instante de livros, cheios de livros infantis que Ellie leria para ele, ursinhos de pelúcia, que todo ano a meio Veela comprava um novo, brinquedos diversos, um guarda roupa enorme cheio de roupas, desde casuais até sociais. A menor escorregou pelo batente da porta até sentar no chão frio daquele quarto inabitado, com o bolo em mãos, era de chocolate com cobertura de mousse de maracujá e raspas de chocolate, era um bolo pequeno, mas ainda sim daria para que os três, Elizabeth, Agatha e Harriet, dividissem tranquilamente, uma pequena melodia soou por todo o quarto enquanto como um sussurro a loira cantava:

- parabéns para você, nessa dada querida, muitas felicidades muitos anos de vida, parabéns pequeno - sussurrava baixinho, lágrimas derrapando pelo seus olhos, e caindo diretamente no bolo - onde você está pequeno? Só me mande um sinal e eu vou aí imediatamente, está bem? Será que você está bem? Será que está feliz? Está bem alimentado? Saudável? Eu queria tanto te ver meu doce, seu sorriso, seus olhos, será que são que nem os de Agatha? Aquele olhos verdes lindos que me encantaram desde a primeira vez que os vi - um sorriso fraco se formou em seus delicado lábios.

A mulher se levantou colocando o bolo em cima de uma cômoda que tinha perto da cama, se deitou com cuidado na cama, sentindo a maciez da mesma, as lágrimas começaram a jorrar sem parar, pegando com cuidado uma cobrinha de pelúcia que tinha alí, começou a chorar compulsivamente.

- Ellie? - Agatha chamou-a aflita - Ellie onde você está? Me responda - sua voz era ouvida por todo o segundo andar da mansão.

- Agatha - a loira chamou, com a voz embarganhada pelo choro, a maior apareceu na porta com um rosto triste, lá estava ela de novo.

- Ellie - chamou a esposa a vendo soluçar.

A azulada foi em direção a mesma, abraçou com cuidado, sabia que o menor movimento brusco poderia machucar o frágil corpo de sua esposa, virou-a para si vendo seu rosto marcado por lágrimas.

- eu o quero de volta - Elizabeth murmurou entre soluços, a voz manhosa como uma criança - eu o quero de volta, Agatha traga-o de volta por favor, estou te implorando traga-o de volta, eu faço o que você quiser só por favor traga-o para casa, por favor - ela falou soluçando em cada palavra, parecia desesperada, prestes a ter um colapso.

- fique calma está bem? Estou fazendo o meu melhor, eu prometo - Agatha murmurou limpando as lágrimas da esposa, a abraçou colocando o rosto da menor em seu peito, abraçou sua cintura, fina devido a má alimentação, e com cuidado acariciou seus cabelos dourados, cantando uma melodia calma.

Elizabeth acabou dormindo assim, deitada nos braços da esposa, com uma delicadeza invejável, Agatha deitou-a na cama confortavelmente, cobrindo-a com o grosso cobertor, estava prestes a sair do quarto quando uma coruja parda atravessou a janela aberta e pousou na cabeceira da cama, com uma carta em seu bico, a carta era amarelada com o selo de Gringotts.

- Winky - Agatha chamou a elfa que apareceu num pop.

- sim my Lady? - perguntou o ser baixinho.

- traga biscoitos e água para a coruja - ordenou pegando o pergaminho no bico do animal.

Fez um pequeno carinho em suas penas e abriu a carta.

" Cara Lady Ravenclaw Peverel, gostaria de solicitar sua presença e a de sua esposa no banco, é um assunto urgente, e não pode ser adiado, venha o mais rápido que puder.

Respeitosamente Ragnok, chefe dos duendes"

Agatha arqueou a sombrancelha confusa mas apenas dirigiu-se ao seu quarto enquanto a coruja levantava voo depois de ser alimentada por Winky, não levaria Elizabeth, a loira estava fraca e mal nutrida, o menor ferimento se tornava fatal para a garota, então com um breve beijo na testa da esposa Agatha aparatou para o Beco Diagonal. Entrou no banco apressada, mas ainda sim foi educada com os guardas e duendes que via cumprementando-os, com uma breve reverência, dirigiu-se ao único duende livre e entregou-lhe a carta que havia recebido.

Foi guiada por esse mesmo duende até uma porta de carvalho negro, com uma plaquinha feita em ouro com diamantes cravados escrevendo: "Ragnok, chefe dos duendes", a de olhos verdes bateu na porta ouvindo um "entre", abrindo a porta com cuidado congelando quando viu uma certa pessoa alí dentro, o duende Hagnok estava sentado atrás de sua estensa mesa de ouro maciço, mas esse não era o principal foco de Lady Ravenclaw Peverel, e sim um garoto baixinho que ocupava uma das duas cadeiras de frente a mesa de Ragnok.

Ele tinha cabelos longos, que iam um pouco acima dos ombros, um rosto muito delicado para de um garoto daquela idade, que ela supunha ser entre 7 a 9 anos pelo tamanho, o cabelo era negro como carvão, com algumas mechas loiras e azuis, a pele era clara e parecia tão macia, como a de Elizabeth, sendo franca, ele era igualzinho a Elizabeth, apenas os olhos, aqueles olhos verdes intensos, eram como, como... Os seus olhos.

- Lady Ravenclaw Peverel, fico feliz em ver que a senhora apareceu, mas onde está Lady Huffle-Puff? - o duende perguntou tirando-lhe de seus delírios.

- Elizabeth não pôde vir, está muito debilitada para isso - Agatha murmurou ainda aflita pelo garoto em sua frente - quem é ele? - perguntou apontando para o menor.

- olá eu me chamo Harriet - o garoto falou alegre formando um sorriso lindo em seus lábios vermelhos, aquele sorriso era idêntico ao de Elizabeth, até as pequenas covinhas que os dois tinham, espera ele disse Harriet?

- você disse Harriet? - indagou surpresa com uma pequena faísca de esperança acendendo dentro de si.

Continua...

1074 palavras.

Descida Até O InfernoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora