CAPÍTULO XI - PIETRO

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— Resolvi ver no que meu estilista favorito está trabalhando. — O tom de sua voz soa brincalhão — Está esboçando a próxima coleção? — Ele se senta ao banco que se encontra ao lado direito de minha cadeira enquanto observa, atentamente, o desenho no qual trabalho — Pensei que não fizesse vestidos de noiva.

— E eu não faço. — Encolho os ombros — Porém este foi um pedido um tanto quanto especial, é para a noiva de Romeu.

Ele assente, tal como se fosse capaz de compreender os motivos pelos quais eu estou indo totalmente contra o meu estilo e fazendo algo com o qual eu — definitivamente — não me identifico; contudo, tenho plena ciência de que meu melhor amigo é incapaz de compreender minhas razões e não o culpo por tal.

Certamente estaria na mesma posição que ele caso os papéis fossem invertidos. Romeu apareceu do nada em minha vida e, de repente, eu comecei a acatar seus desejos; isso realmente é algo estranho em demasia — até mesmo para mim, devo admitir.

— Está uma droga, não está? — Quebro o silêncio que havia se instaurado entre nós

— Eu não diria uma merda, apenas não há nada de você nele. Não há sua excentricidade, sua vitalidade... ele é sem graça, está longe de ser o seu melhor trabalho.

E é exatamente por isso que eu amo a companhia de Michele, ele sempre foi extremamente sincero comigo, mesmo que as vezes suas palavras me firam, eu gosto de sua sinceridade. É bom ter alguém como ele por perto, sobretudo quando todos parecem querer lhe glorificar apenas para ganhar algo em troca.

— Como eu coloco minha essência nisso? Eu não posso, sei lá, simplesmente colocar cores extravagantes em um vestido de noiva...

— Mas pode deixá-lo mais interessante, Pietro. Bordados, tules, saia rodada, talvez algumas pedras de tons pastéis e sutis... qualquer coisa, menos renda. Rendas são muito démodé. — Sua mão alcança a borracha que estava ao lado de minha prancheta, apagando, desta forma, meus arabescos que, bem sabemos, significavam que haveriam rendas no local

— Rendas realmente são démodés. — Rio ao que concordo com ele — Porém creio que tules também são... mas bordados, pedras em tons pastéis e saia rodada me parece uma combinação muito boa. Por que não pensei nisso antes?

— Porque você é Pietro Trevisan, você não seria nada sem mim. — Ele brinca e eu bato em sua cabeça — Que tal um leve decote em formato de coração?

— Já te disse o quão brilhante você é? — Indago enquanto amasso a folha antiga e a atiro não lixeira — Eu deveria te promover à estilista e fazer de você meu sócio. — Digo com tranquilidade

— O que? Nem pensar. Eu te amo, gosto muito de moda, mas meu negócio está em brilhar nos holofotes das passarelas. Você que lute com seus desenhos e suas coleções. — Ele brinca e caímos no riso novamente — Vou te deixar trabalhar, mais tarde eu trago nosso almoço... e não adianta me olhar assim, Pietro, eu sei muito bem que você passará o dia sem ingerir nada caso eu não traga algo para você comer.

Dito isso, ele ajeita seu chapéu preto e deixava meu ateliê tão rápido quanto o adentrou. Um fato interessante sobre Michele Bianchi é o de que ele é superprotetor com tudo e todos que gosta. Admito que as vezes, embora muito raramente, isso acaba por me irritar um pouco. Qual é, já tenho vinte e oitos anos, não é como se eu necessitasse de cuidados o tempo todo.

Encosto o lápis no papel, estou prestes a começar a esboçar o vestido quando, de repente, meu celular vibra, indicando que uma mensagem havia chego e retirando, completamente, minha concentração.

"Bom dia, aqui é a Eleonora. Seu irmão também tem agido feito um idiota ou é só a minha que tem ataque de estrelismo?" — É a mensagem que brilha no ecrã de meu celular

Não consigo evitar que a indagação mais óbvia do mundo se passe por minha mente: como, caralhos, Eleonora Meneghello conseguiu meu número? Tudo bem, talvez meu irmão tenha passado pra irmã dela e a irmã dela tenha lhe fornecido, pra que pudéssemos discutir sobre os detalhes do casamento.

"Bom dia. Acho que deve ser mal de noivos... o meu irmão está me pedindo umas coisas absurdas tal como experimentar o terno dele por ele. Tipo, como assim?" — A respondo, por fim

 Tipo, como assim?" — A respondo, por fim

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HEY MEU POVO QUE COME PÃO COM OVO!

Comé que cês tão? Espero que bem.

Tenho novidade para vocês meus chuchus! Pietro e Eleonora estão no Instagram! Quer conversar com eles e saber o que pensam? E Chama no probleminha, a autora que vos fala ama encarnar os seus personagens.

Pietro: @pietro.trevisan1
Eleonora: @eleonora.meneghello

Gostaram do capítulo de menino Pietro? Se sim, não esqueçam aquela estrelinha marota, por favor.

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Kissus da tia Bia!

Madrinha outra vez {EM REVISÃO}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora