Os Colares se Resolvem

26 2 6
                                    

Steady damage cross the line, what's become clearly defined

Steady damage cross the line, all that is done is left behind

Steady damage cross the line, you had it all now I've got mine

I can't wait to see your face when I make it without you

Nothing seems to go your way you'll never amount to

(Get away, get away, get away from me, get away...)

You'll never amount to (Get away, get away, get away from me, get away...)

You'll never amount to shit - Fit For Rivals, Damage

–––––––––––––––––––––––––––

– Esse foi o melhor show da minha vida! – eu disse enquanto entrávamos no carro de Nico para irmos para casa. Ele se sentou no banco do motorista.

– Concordo plenamente – disse Nico. – E adorei mais ainda minha compania – disse ele pegando minha mão. Corei.

O resto da viagem foi silênciosa. Ele alternava entre olhar para a rua e olhar para o meu rosto corado. Todas as vezes que nossos olhares se encontravam, eu desviava o rosto, ficando cada vez mais vermelha. Ele não soltou a minha mão por nenhum segundo.

Chegamos ao apartamento. Ele ainda segurava minha mão enquanto andávamos no corredor e íamos para o elevador. Paramos na porta do meu apartamento.

– Bem... – eu disse. Ele apenas olhou para mim e acariciou meu rosto com nossas mãos ainda entrelaçadas. Arrepiei com o toque de sua mão fria, mas macia em meu rosto. Inclinou seu rosto para perto do meu. Eu pude sentir sua respiração gelada em minha face.

– Boa noite, Thalia – ele deu um beijo de leve em meus lábios e saiu, entrando no próprio apartamento.

– Boa noite, Nico – eu disse para o nada.

Entrei no meu apartamento flutuando. Deuses. Coloquei minha mão em meus lábios. Eu ainda sentia o selinho dele.

Entrei no banheiro e nem prestei atenção no meu banho. Vesti um shortinho curtinho com uma regata preta e deitei na minha cama. Sabia que não conseguiria dormir agora. Comecei a mexer no meu colar. O que estava acontecendo comigo? Meus dedos pararam bruscamente. Aquele não era o meu colar. Meu colar tinha um "T.G." gravado atrás. E esse tinha N.d.A. Desde quando o Nico tinha um colar igual o meu? Sentei-me na cama e o analisei. Exatamente igual ao meu, exceto que a joia que o decorava era uma pedra de ônix, e não uma safira. Abri o colar. Não sei porque. Poderia ser uma coisa pessoal, mas era exatamente a mesma foto que o meu.

Não era possível. Aquele era o Nico? O Nico? O amigo que eu tivera e que fora para a França quando eu era pequena? Eu nunca imaginaria que um magrelo daquele poderia virar um gostoso daqueles.

Me levantei correndo, mal me importando que eram 4 da madrugada e ele provavelmente já teria deitado e estaria dormindo. Abri a porta com tudo e acabei caindo em cima de duas pessoas que passavam no corredor conversando. Quem ficava andando pelo apartamento às 4 da madrugada?

Olhei para baixo e mal acreditei em meus olhos.

– Por que toda vez que nos encontramos você me derruba no chão? – disse Percy Jackson, que estava em baixo de mim.

– Desculpe, eu tava meio que correndo – eu disse me levantando e olhando para a outra pessoa ao lado dele. – Annabeth?

– Vocês já se conhecem? – disse Percy se levantando.

– Sim, eu também derrubei ela, lembra, cabeça de algas? – perguntei.

– Ah, sim. No supermercado – disse ele batendo a poeira da camisa. Notei um brilho prateado em seu pescoço.

– O que é isso? – perguntei apontando com o coração acelerado. Será possível?

– Isso? – ele perguntou e tirou o colar exatamente igual ao meu, só que com uma esmeralda decorando. – Ganhei quando era pequ...

– Percy! – interrompeu Annabeth. – Seu colar é igual ao meu! – ela tirou de baixo da blusa um colar igual, só que com um diamante.

– Não é possível – murmurei.

– O que? – perguntou Annabeth.

Deuses, isso é possível?

– Esperem aqui – me virei para a porta do apartamento do Nico e bati "delicadamente" na porta dele.

"Bati delicadamente"... ta mais pra quase arrombei a porta dele. Teria sido mais discreta se um rinoceronte derrubasse a porta com uma passeata de carnaval em cima e jogando tijolos pelas janelas.

– Já vai – ele disse lá de dentro com voz de sono. Ouvi o baque surdo de algo caindo no chão e Nico praguejando algo sobre dedinhos do pé e cabelos coloridos.

Cabelos coloridos?, me perguntei, pensando que não havia ouvido direito.

Segundos depois, o dito cujo abriu a porta. Estava apenas com uma bermuda, descabelado e com uma cara que era um misto de dor e susto. Ele estava apoiado em um pé só, enquanto uma das mãos segurava o outro pé.

A cena teria sido cômica se não fosse inédita.

– Olha só. Reunião no corredor – disse ele divertido/assustado, se apoiando no batente da porta. – Ei, que cara de quem viu um fantasma é essa, Thalia? Eu sei que sou pálido, mas não é pra tanto, né?

– Não acredito – eu repeti. – Todos vocês aqui.

Todos me olharam com uma cara de "WTF?"

– Os colares – eu disse levantando o colar na minha mão e mostrando-o ao Nico. – A mesma foto.

– O que...? – começou Nico olhando para o próprio colar. – Thalia? Percy? Annabeth?

Nos fitamos por alguns segundos sem saber o que dizer.

Então, do nada, como se tivesse sido combinado, nós todos nos abraçamos.

– Será que então... assim... vocês podem me largar um pouquinho? – disse Nico com voz de dor. Olhamos todos confusos pra ele. – A Thalia ta pisando no meu pé machucado!

Todos rimos da cara dele e o puxamos pra dentro do meu apartamento.

Thalico - SirensHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin