Prólogo

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Hear the sirens, hear the sirens, hear the sirens, hear the circus all go found

I hear the sirens more and more in this here town

Let me catch my breath to breathe then reach across the bend

Just to know we're safe, I am a grateful man

This light is pit, alive and I can see you clear

I could take your hand, and feel your breath for feel that someday this will be over

I pull you close, so much to lose, knowing that nothing lasts forever

I didn't care, before you were here, a distant laughter, with the ever after

But all things change, let this remain - Pearl Jam, Sirens

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Mansão dos Grace, São Francisco. Sábado, 15 de Setembro de 2003, 15h:47min PM.

Olhe só essas crianças brincando. Quatro criancinhas que nem imaginavam o que iria acontecer à noite.

Brincavam duas meninas e dois meninos. Uma garotinha de cabelos pretos, de um preto tão intenso que quase parecia azul. Usava um vestidinho preto que destacava seus brilhantes olhos azuis elétricos. Thalia Grace, era seu nome. Encontrava-se perseguindo um garotinho com cabelos ainda mais negros do que ela, com uma camiseta preta com os dizeres "We Will Rock You" e jeans escuros. Seus olhos negros estavam mais felizes do que ela jamais havia visto, livre de todas as mágoas que mal sabia ela que ele iria sofrer um dia. Nico di Angelo. E também havia outro garoto brincando, de cabelos pretos e olhos verdes como o mar, usando uma blusa azul com o desenho do Bob Esponja e jeans claros. Percy Jackson. A garota loira que se encontrava perseguindo o menino de olhos verdes se chamava Annabeth Chase. Seus olhos cinza tempestade combinavam perfeitamente com a blusa branca com estampa de coruja e o short beje.

Eles continuaram perseguindo um ao outro por muito tempo. Até que todos se cansaram e se jogaram na grama macia do jardim da casa de Thalia.

– Nunca vamos nos separar, não é? – perguntou Annabeth se colocando apoiada no cotovelo direito e olhando para os outros. – Quer dizer, vocês são meus melhores amigos.

– Nunca, Annie – disse Thalia.

– Vamos ficar sempre juntos, não importa o que aconteça – disse Nico.

– Nada nunca vai nos separar – disse Percy.

O que essas pequenas crianças não sabiam, é que, dentro de poucas horas, todas elas seriam separadas e não se veriam por muito, muito tempo.

– Crianças – disse Hera, madrasta de Thalia. – Hora do lanche. Quem está com fome?

– EU! – gritaram todos juntos e foram correndo até a cozinha, onde o lanche havia sido preparado pelas empregadas de Thalia.

– Eu estou morrendo de fome – disse Thalia dando uma grande dentada em um sanduíche.

– Somos dois – disse Nico.

Enquanto eles comiam seu lanche, Hera foi falar com o marido, Zeus.

– Querido – disse ela entrando no escritório.

– Entre, meu amor – disse Zeus.

– Tem certeza de que precisamos nos mudar? – perguntou aflita. – Parte o meu coração ver as crianças terem que ser separadas.

Zeus colocou as mãos por cima das da esposa por cima da mesa.

– É necessário – disse ele. – Nossa empresa em Tókio, no Japão, está quase falindo. Preciso ir lá resolver esse problema. Não podemos deixá-la aqui. E mesmo que deixássemos... soube que Hades e Poseidon também estão com problemas em suas empresas. Também vão se mudar daqui. Para Paris e Londres.

– Tem razão. – disse Hera com pesar. – Mas mesmo assim...

– Eu sei que você ama Thalia como uma filha, Hera – disse Zeus. – Mas ela é jovem, vai fazer outros amigos. Vai se adaptar.

Hera assentiu e saiu do escritório. Foi até seu quarto e pegou os quatro colares personalizados que mandara fazer. Eles eram de platina, praticamente indestrutíveis. Exatamente iguais, exceto pelas pedras preciosas que os decoravam. Deu a Nico um com uma pedrinha preta, ônix, a Thalia um com uma pedra azul escura, safira, a Percy um com a pedrinha verde, esmeralda, e a Annabeth um com uma pedrinha cinza-clara, diamante.

– Obrigada, tia Hera – disse Annabeth.

– De nada, querida – respondeu Hera.

Eles não faziam ideia do quanto aqueles colares os fariam lembrar-se de coisas boas, de sua infância, pois, no outro dia, Thalia, Nico e Percy acordaram em um avião, cada um num diferente.

Assim, todos foram separados. Annabeth continuou em São Francisco, Percy foi para Londres, Thalia para Tókio e Nico para Paris.

Eles teriam se esquecido uns dos outros, mas o pequeno presente único que Hera deixou um para cada um, nunca os deixara esquecer. Aquela corrente, com um pingente do tamanho de uma noz, não era tão banal quanto parecia. Quando se apertava a pedra preciosa, ele se abria e mostrava uma foto dos quatro melhores amigos, sorrindo enormemente para a câmera.

Thalico - SirensWhere stories live. Discover now