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Aviso: Esse capítulo contém gatilho para pessoas que tem ansiedade e depressão.

Eu estava na aula de artes, a última antes do almoço. Kate estava sentada do outro lado da sala, havia uns três dias desde o dia da cafeteria. Continuamos nos falando, só que especificamente hoje, ela tinha chegado atrasada, então não viemos juntos.

— Nós teremos um trabalho em dupla! — Luene exclama, parecendo extremamente animada. A sala inteira começa a murmurar, começando a formar as duplas. Eu apenas apoio minha cabeça entre os meus braços. Estava com sono. — Bom, vocês terão que fazer um cover de uma música! — A sala inteira solta um murmuro insatisfeito. — E terão que fazer um clipe. Mas, não se desesperem, a apresentação será só mês que vem! — Todos soltam gritos animados. Eu continuo entediado, porém meio desesperado, porque eu não fazia ideia de como fazer um cover já que cantava mal. — Formem as duplas! Vou passar as instruções no quadro! — Eu começo a olhar para qualquer direção da sala, esperando para ficar sozinho de novo. Mas, mais uma vez, a ruiva me surpreende.

— E aí gracinha, quer fazer dupla comigo? — Kate questiona, e antes mesmo que eu possa responder, ela se senta na cadeira ao meu lado.

— Tudo bem? — Falo meio perguntando.

— Eu sei que você aceitaria de qualquer jeito. Bem, nós temos uma vantagem já que eu toco violão. — Eu sorrio. Já era um começo.

— Então vamos fazer esse trabalho, Kate Collins. — Digo por fim, e Kate abre um sorriso esperto.

A aula passou muito rápido, logo, o sino soou dando início ao horário de almoço. Kate falou que iria pegar algo, e que eu poderia ir na frente.

Me sentei para almoçar, enquanto observava os adolescentes comuns que andavam pelo refeitório do colégio.

Começo a ouvir uma melodia de ukulele, e me viro na direção que vem o som, e vejo Kate com um sorriso esperto, de quem aprontava, e o ukulele em mãos.

Ela vem se aproximando lentamente, enquanto não para de tocar. Quando reconheci a música, revirei os olhos.

— Ah, você não fez isso... — Murmuro, assim que ela acaba de tocar a música de abertura dos Simpsons. Algumas pessoas olhavam meio estranho para Kate, mas eu decidi ignorar. Era apenas um momento nosso, não delas.

— Eu fiz! — Ela exclama, antes de se sentar na mesa, junto comigo. Eu começo a rir, e ela também.

— Ok, agora eu realmente aplaudo sua criatividade. — Falo, batendo algumas palmas. Kate ri mais.

— Qual o cardápio de hoje, senhor "S"? — Eu sorri com o apelidinho bobo.

— Comida da escola. E o seu? — Questiono. Collins da de ombros, e tira um pote de dentro da mochila que ela carregava.

— Comida da minha mãe! — Ela fala, animada. Eu sorrio mais.

— Você é demais Collins. — Falo, enquanto ela me estende um pote.

— Eu sei. — Ela diz. — E sabe o que teremos de sobremesa? — Eu a encaro, esperando ela continuar. — Bergamota! — Kate coloca uma tangerina na mesa.

— Ah, que amor, me trouxe tangerina! — Exclamo, e a ruiva revira os olhos.

— Só come logo, Caleb. — E eu faço o que ela mandou. Nós ficamos em um silêncio por um breve tempo, até que eu tenho uma ideia.

Me abaixo, disfarçadamente, e pego um pouco das folhas secas que estavam por todo o chão, visto que era outono.

E sim, nosso refeitório era ao ar livre. O que era bom na maior parte do tempo, mas ruim quando chovia.

All Star's e TangerinasWhere stories live. Discover now