Conto 1 Parte 3

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Alguns campistas apareceram pelo caminho que havíamos pegado. Nate subiu em uma árvore e se posicionou silenciosamente, mesmo não sabendo exatamente qual seu plano, ele foi totalmente inutilizado quando um grupo de garotas surgiu gritando seu nome.

- Nate sei que você esta por aqui - Gritava uma garota. 

- Ele não está aqui - digo revirando os olhos tentando pensar em algo. - ele deve já esta com alguém. 

- Por favor, Nate é caça grande não é qualquer garota que vai pegar ele - ela respondeu debochando.

Nesse momento os campistas também se aproximaram.

- Maya, apenas assista os duelos e escolha o vencedor - Um deles falou, parecia realmente caçado. Então tive uma ideia. 

- Ah por favor, eu não valho tudo isso - Falei revirando os olhos - e mesmo que valha, so ficaria com um de vocês, o resto iria atrás de mais alguém se tiver sobrado a essa altura do campeonato, o mesmo vale para vocês do fã clube do Nate que como eu falei, não está aqui e nem sozinho. Por que simplesmente vocês não esmagam as florzinhas de vocês um nos outros e a pelo menos acabam a noite com alguém?

Um silêncio tomou conta da clareira e olhei para cima onde Nate levantou um joinha para mim. 

- é .. até que é uma boa ideia - Concluiu um dos caras e todos pareciam concordar.

- Eu posso ser o valentim de vocês e consagrar a "união" - falei sentindo uma onda de energia diferente. - Se beijem e farei neve cair sobre a cabeça de vocês marcando que não terminaram o jogo sozinhos.

Quando os casais foram formados - mais rapido do que imaginei - e se prepararam para beijar, fiz um frio surgir e congelar os lábios um no outro. Fiz de modo que em poucos minutos descongelaria mas por no momento.

- uhhumm uhughughg - eles tentavam argumentar mas com os lábios presos um no outro ficava dificil. Não pude deixar de rir muito.

Nate desceu as gargalhadas e nos posicionamos para ver o resultado da brincadeira, era realmente hilário.

- Não é função de vocês atrapalhar mas fizeram um bom trabalho - Falou alguém aparecendo das sombras ao nosso lado, Vika, filha de Hades que após isso se fundiu nas sombras novamente e desapareceu. 

Continuamos andando agora voltando em direção ao acampamento comentando do nosso feito e pensando se ainda teria mais gente para atrapalhar. Quando com uma nuvem de fumaça verde, Dália surgiu na nossa frente.

- Olá - ela falou e senti raízes prenderem meus pés no lugar. - Achei que não veria você.

- O que você quer ? - falo sem rodeios. - Seu trabalho não é ajudar os casais?

- Não vejo um casal aqui - ela fala com raiva - e sei o motivo, a pessoa com quem queria fazer casal não está disponível.

- Ah por favor - Falo revirando os olhos - não tem nada haver com isso. 

- Claro que não, nunca tem não é  ? Mas é claro que você não escolheu mais ninguém nesse acampamento inteiro por nenhum motivo. - Ela falou com raiva. 

Me concentro nas raízes que me prendiam e elas começam a murchar e logo estou livre.

- Dália, eu não tenho nada com seu namorado, fique com ele, vocês se merecem - digo com frieza - Agora se me der licença, tenho mais alguns casais para atrapalhar. Vamos Nate. 

Começamos a andar rapidamente quando Dália diz.

- Ouviu bem não foi Paco? 

Me viro o suficiente para ver ele se aproximar dela, parecia desconcertado. 

- Acho que vou voltar para o meu chalé, chega desse jogo idiota - digo quando vejo a orla da floresta.

- O que achou do jogo ? - pergunto tentando esquecer o recente acontecido.

- Preferia um capture a bandeira clássico. - Nate responde prontamente. 

- Mas foi divertido colar a boca daqueles campistas - digo e ele apenas sorri. 

- Esta tudo bem ? - Pergunto.

- Está sim é so que você pareceu chateada quando falei em desisti e ficar com alguém - ele falou.

- eu pareci ? não foi a intenção - falo rapidamente. 

Chegando primeiro no chalé que divido com Liz, paro para me despedir de Nate.

- Escuta, apesar da loucura que foi eu me diverti um pouco - falo e ele sorri

- eu também. E acho eu que fomos os únicos campista sem função que não brincou com forme as regras.

- até o tim ficou com alguém, devo dizer que estou impressionada - falo 

- Verdade, e acho que estaríamos mais felizes se aquela árvore não tivesse feito aquela cena toda ... 

- Pois é.. não sei qual é a dela - respondo me irritando ao lembrar.

- está tudo bem com você ? - Nate pergunta em um tom diferente. Quando falei que Paco havia feito sua escolha ele apenas havia encolhido os ombros e não falou nada, e continuamos todos amigos mesmo com a certa frieza que Paco e eu tínhamos um com o outros. Talvez Nate havia achado que a conversa com Dália havia mexido comigo. O que não era verdade já que eu estava superando a rejeição mais ridícula da história.

- Sim claro que está - falo sorrindo - Eu realmente não quero ter um envolvimento amoro com Paco, ou com mais ninguém, por um bom tempo.

- Relacionamentos são furadas - Nate fala e não posso deixar de concordar. 

- É por isso que terminamos a noite sozinhos? 

- Talvez, medo de ficar e essa pessoa se apegar?

- Que pesadelo - Digo.

- Acho que é isso, até amanhã May - Nate fala acenando. 

- É, até - digo me virando para o chalé e o abrindo, estava vazio o que significa que Liz esta por ai atrapalhando os outros ou quem sabe com alguém. 

- May ? - Nate chama e me viro intimamente feliz por ele não ter ido em bora.

- Sim?

- Não precisamos terminar a noite sozinhos... talvez. - Ele fala meio inseguro. 

- Talvez - falo observando Nate subir os dois degraus e se aproximar.

- e bem, não precisa ser nada romântico ou do tipo apenas ... 

- físico ? - Completo e ele confirma - Bem, Liz ainda não voltou do jogo - falo abrindo a porta do chalé e entrando, nate me segue e logo estamos sozinhos, o chalé mais frio do acampamento não parece tão frio mais. 

- Eu tenho isso aqui ainda - ele fala mostrando a flor que todos estavam usando. - todo mundo ganhou e eu não pretendia usar mas ... bem. - Nate amassa a flor na mão e o líquido preenche seus dedos, ele se aproxima e suja meu ombro. 

Encaro seus olhos escuro em quanto sinto sua mão quente ainda segurando meu ombro. Levo minhas mãos rapidamente aos seu rosto e o puxo para um beijo meio desajeitado e longo. Nate me encosta na porta do quarto e para o beijo.

- Só peço duas coisas: Que ninguém fique sabendo disso e que você não me congele.

Não posso deixar de rir quando volto a beija-lo. E penso em como a noite acabou tão diferente do que foi planejado mas muito, muito melhor. 




Fim. 

Filha da Neve - ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora