Capítulo 6

4K 247 20
                                    


Deixa-me te explicar um pouco sobre a viagem no tempo. Primeiro eu sou um viajante, e a Allie e Dixon também. No século 21, não sabemos o ano exato, mas nesse século um cientista afirmou ter criado uma máquina do tempo. Claro que todos o chamaram de maluco, e ninguém acabou acreditando. Mas um tempo depois esse cientista acabou tendo um filho, meu tataravô, ele acabou aperfeiçoando a máquina do tempo, e provando a todo o mundo que o pai dele estava certo. E agora a cada geração da minha família que passa a máquina vai sendo aperfeiçoada. Tradução, família de gênios. Mas por volta do século 23 o governo quis essa tecnologia, por isso pegaram a máquina do tempo e os meus pais, ou seja, eu meio que vivo no século 23. Meus pais me deixaram com a Allie, ela viveu com a gente, então ela cresceu comigo. Quando eles foram levados eles pediram para Allie cuidar de mim, mas ela só tinha 16 anos e eu apenas 10, então ela cuidou de mim exatamente como uma irmã faria, então sim as vezes nós brigávamos, mas eu amo a Capitã. Eu a chamo assim porque quando ela passou na prova para ser capitã de uma missão ela jogou tanto na minha cara que eu comecei a chama-la somente assim, e ela carinhosamente me chama de gêniosinho.

Quando eu cresci um pouco o governo viu a minha genialidade e me recrutaram para uma escola que aperfeiçoava os meus talentos e me preparava para a viagem no tempo. Eu precisava estar pronto porque a última máquina do tempo era apenas um relógio de pulso, e meus pais "sumiram" antes de arrumarem um defeito, quanto maior o tempo que você viajava, maior era a dor que você sentia. Antes isso não acontecia porque a máquina que atravessava o espaço-tempo, mas com a nova máquina seu corpo que tinha que fazer o trajeto, ou seja, você quase morria de dor. A solução do governo foi treinar as pessoas para se acostumarem com a dor, viajava-se curtos espaços de tempo e esses espaços iam aumentando até você se acostumar completamente.

Eu, a Allie e Dixon viemos para o século 21 para completar uma missão, me obrigaram a fazê-la porque essa missão é muito idiota e inútil. Ela consiste em achar um cara que é chamado de O artista, a obra-prima dele no meu tempo vale uma fortuna, ou seja, achamos ele, pegamos a obra-prima e voltamos para o nosso tempo certo, só falta acha-lo.

**

- Então.... Você e a Allie vão deixar eu contribuir para a missão? - Perguntei para o Dixon, que estava sentado numa cadeira no meu quarto.

-Nós só descobrimos o nome dele Noah.

-Mas eu quero ajudar, descobrir algumas coisas a mais. - Eu só quero voltar para minha casa no século 23. Porque eu não consigo parar de pensar na Diana (Eu tenho algumas suspeitas do porquê disso)

-O nome dele é Robert Sanduhr, é a única coisa que descobrimos até agora. - O sobrenome.... É o mesmo do da Diana.

* * *

Allie

-Ele já foi dormir. - Dixon disse da porta do meu quarto. - Não se preocupe ele vai ficar bem Lili.

-Para de me chamar assim Dixon. - Disse dando um risinho e corando um pouco.

-Pelo menos eu fiz você rir. - Ele disse com um sorrisinho e entrou no meu quarto, e se sentou na ponta da cama, onde eu estava sentada mexendo no computador, encostada na cabeceira.

Dixon e eu nos conhecemos desde que eu passei para ser Capitã, ele também passou, mas ele quis ser da minha equipe, mesmo ele não sendo quem comandaria a missão ele quis vir. E acabou que ele virou o melhor amigo do Noah, e para mim ele é mais que amigo, nós não estamos namorando nem nada, mas eu acabei gostando dele, mas nada vai rolar, eu não sou mais adolescente para ficar pensando idiotices.

-Boa noite Dixon. - Eu disse, ele estava no meu quarto a tempo demais, ele riu reparando meu nervosismo, só ele no mundo que me deixava desconcertada. Depois ficou com um semblante mais sério.

-Você está bem Lili?

- Só estou meio preocupada, nós já estamos aqui há um ano e pouco, e o máximo que conseguimos foi o nome do Artista, esse cara parece um fantasma. - Disse e dei uma risada sem graça.

- Relaxa Lili. - Ele disse e pôs a mão em cima da minha, eu corei na hora e fiquei encarando nossas mãos juntas, ele percebeu e tirou bem rápido e acabou corando um pouco também. - Acho que eu vou para o meu quarto, já está tarde. Você devia ir dormir também.

-Já estou indo, só vou ver mais algumas coisas. - Disse e acabei bocejando.

-Vai dormir! - Ele disse meio mandando, mas de brincadeira.

- Sim senhor. - Disse o que fez ele rir. Ele se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha bem pertinho da minha boca, enquanto ele ainda estava perto de mim os olhos dele encontraram os meus e eu fiz a coisa mais estúpida do mundo, eu o beijei. E ele retribuiu, tirei o notebook do meu colo e puxei Dixon mais para mim e ele acabou ficando em cima de mim na cama, quando finalmente nos separamos, estávamos ofegantes.

-Boa noite Lili. - Ele disse dando um sorriso lindo.

-Boa noite Dixon. - Ele se levantou e eu me sentei na cama. Ele me deu um selinho que demorou um pouco mais que o normal e acabou me tirando um sorriso e dele também.

Aquela noite eu dormi muito bem.

Separados pelo tempoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora