capitulo 46-cadê a pulseira?

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O sinal da saída veio rápido, e com ele uma alegria inesperada. Eu veria o meu namorado, depois de ficar 3 dias sem ele. Natanael estava me esperando do lado de fora do carro, como ele nunca fazia. Não parei pra pensar o porquê daquilo. Corri até ele, que abriu um sorriso de orelha a orelha ao me ver. Quando nos aproximamos, saltei em sua direção, deixando o fichário cair no chão e prendendo minhas mãos em seu pescoço. Ele me olhou com surpresa por um segundo, e então o sorriso voltou.

- Nossa. Acho que eu vou te deixar com saudade mais vezes. – bay disse, sorrindo.

- Nem pense nisso. – eu disse, séria, e depois sorri, juntando meus lábios aos dele. Fiquei um tempo sentindo a textura de sua boca, para só depois prosseguir com o beijo.

Depois de ficam algum tempo sem aquilo, eu não podia imaginar um gosto mais doce do que aquele. Ele apertou seus braços ao meu redor, me aproximando dele, e sorriu entre o beijo. Eu sorri de volta.

Não sei quanto tempo ficamos ali, mas quando nos separamos, eu estava sem ar. Ele pegou meu fichário do chão, e me deu um selinho antes de ir para o lado do motorista.

- Então, como foi o seu dia? – ele perguntou, já dando partida no carro.

- Esta está sendo a melhor parte dele.

- É bom saber disso. – ele sorriu, presunçoso.

- Você já deveria saber. – eu devolvi o sorriso. Ele me olhou em silêncio por alguns segundos, antes que eu sequer percebesse que ele o estava fazendo. – Seria melhor se você olhasse pra frente. Eu não quero morrer antes de almoçar.

- E se eu disse que eu não consigo parar de olhar? – eu passei a mão no cabelo, fazendo charme, antes de responder.

- Eu diria que eu já esperava por isso.

Ele sorriu, e ficou sério um segundo depois.

- Sabina, cadê a pulseira? – ele perguntou, um pouco bravo.

Olhei pro meu pulso instantaneamente. Não precisei pensar mais do que dois segundos para descobrir onde ela estava.

"- Não se esqueça que eu tenho namorado. – eu levantei meu braço, mostrando a pulseira. Ele tomou o resto da sua garrafa e a colocou em uma mesa que ficava perto de nós.

- O seu namorado – ele disse, rapidamente desabotoando minha pulseira e a tirando do meu pulso. Colocou-a na mesa ao lado da garrafa. – É um idiota.

- A gente não manda no coração. – falei, terminando minha garrafa também. Enquanto a colocava na mesa, peguei minha pulseira, mas ele abaixou minha mão, me obrigando a deixá-la ali mesmo."

Mentalmente, me chamei de idiota quase 50 vezes antes de me virar para o bay, que ainda esperava a resposta.

- Ah, amor, me perdoa. Eu fui fazer um trabalho de pintura com a joalin, e não queria sujar a pulseira. Tirei e esqueci de colocar. Juro que assim que chegar em casa peço pra joalin levar ela pra mim. – ele me encarou por uma fração de segundo, e voltou a olhar pra pista.

- Não gosto de você andando por aí sem ela. – ele parou o carro. Eu estava em casa. – Sem ela, as pessoas pensam que não estamos juntos. Não sei, não gosto. – eu sorri, e puxei seu rosto pro meu, colando nossos lábios.

Ele riu, sem graça, e me deu outro selinho, se despedindo. Entrei em casa disparada e peguei o telefone na mesinha. Meus dedos encontraram as teclas certas sozinhos.

- Alô? – Noah atendeu, a voz rouca.

- Você precisa vir aqui em casa hoje. Agora, se puder. – disse, eu estava desesperada.

- E eu achando que eu ia ser o primeiro a quebrar suas preciosas regras. – eu quase podia ver o sorriso se formar em seus lábios.

- Ai, não é nada disso. A pulseira que o bay me deu ficou aí. Você precisa trazê-la aqui.

- Eu não sei onde está. – eu ouvi o riso em sua voz.

- Ela ficou na sua varanda, se você não se lembra. Por favor,Noah. Eu realmente preciso dela.

- E o que eu ganho com isso?

- A sensação de ter ajudado uma amiga.

- Isso não é muita coisa. – ele riu, irônico.

- Pooooor favooor. Por mim. – implorei.

- Eu vou procurar aqui. Se eu achar eu levo.

- Noah...

- Sabina...

- Promete? – perguntei.

- Promessas são coisas grandes demais. Vou almoçar, Sel. – ele estava sorrindo, eu podia jurar. – Um beijo, ta meu amor?

- Tchau, Noah.

Bufei, Noah sabia ser irritante quando queria.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora