capitulo 33-ficou perfeito

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Andamos em silêncio, até que chegamos ao estacionamento. Ele tirou as chaves do bolso, e apertou um botão, fazendo com que um dos carros se destrancasse, apitando e piscando o farol duas vezes. Uma BMW.

- Nem pensar. – eu disse devagar.
- O que? – ele perguntou confuso.
- Eu não vou sair do hotel com você. – disse, ele riu baixo.

- O que você pensou que eu teria pra te mostrar dentro do hotel?

- Cala a boca. Eu não vou entrar em um carro com você. – cruzei os braços.

- Por favor. – ele pediu, me encarando. Noah sabia como convencer uma garota a fazer o que ele queria, principalmente com aqueles olhos. Eu suspirei fundo.

- Argh. Certo. Você tem duas horas.

- Tempo suficiente. – ele sorriu, andando até o carro.

Enquanto ele dirigia, eu continuava me sentindo imbecil. O que eu estava fazendo ali? Se o Nate descobrisse, podia ser o fim de tudo. "Idiota, idiota, idiota", repeti pra mim várias vezes.

O silêncio dentro do carro era mortal. Nós dois encarávamos a estrada, nos recusando a olhar um pro outro. Eu estava prestes a perguntar onde diabos ele estava me levando, quando o carro parou. Ele desceu rapidamente, e abriu a porta pra mim.

- Você já perdeu meia hora. – eu disse, saindo do carro. Porém, a vontade de protestar morreu dentro de mim assim que eu vi onde estávamos.

Se a praia onde estávamos de manhã era linda, eu não tinha como descrever aquela. Ali, existia apenas a estrada e um hotel aparentemente luxuoso, com várias luzes acesas, indicando o grande número de quartos.

O céu estava estrelado, a água era de um azul escuro com partes brancas, mostrando onde as ondas estavam se quebrando. Esse barulho e o do vento reinavam ali. A areia refletia a luz branca da lua, e os coqueiros enormes estavam agitados.

- Vem. – ele disse, sorrindo, ao perceber que eu estava maravilhada. Tirei minhas sandálias e pisei na areia, incrivelmente macia. Ele andou até ficar a uma pouca distância da água, e se sentou. Me sentei também, um pouco distante dele.

- Eu não sabia que um lugar assim existia. - admiti, encantada.

- Existe. – noah ainda sorria – Sabe, eu achei engraçado você ter escolhido vir pra cá. Tantos lugares, e você escolheu essa cidade.

- O que tem essa cidade? – quis saber, olhando mais uma vez para o mar.

- Eu costumava vim pra cá quando era mais novo. É por isso que eu conheço essa praia. Eu e meus pais costumávamos ficar naquele hotel, e sempre caminhávamos nessa praia à noite. Meu pai apostava corrida comigo, e minha mãe sempre pedia pra ele parar, com medo de que eu ficasse competitivo demais. – ele confessou, eu ri um pouco.

- E... Onde está o seu pai? – finalmente eu o olhei. Ele estava mais lindo que o normal. Não sei se era o brilho da lua, a maré, ou aquele lugar maravilhoso, mas eu estava simplesmente maravilhada.

- Em algum lugar, com uma mulher vinte anos mais nova que ele. – ele disse sem pesar.

- Eu... Sinto muito. – eu realmente sentia, pois entendia seu sentimento.

- Não sinta. A culpa não é sua. – ele me olhou também.

- Se te ajuda, meu pai também mora com uma mulher mais nova. – ele riu da minha lógica, mas não disse nada. Como o silêncio estava começando a me torturar, decidi quebrá-lo. – Então, o que você queria me dizer?

- Ah, isso. Eu meio que não sei por onde começar. – noah mexeu nos cabelos, nervoso.

- Tenta o início. – disse sorrindo.

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora