capitulo 34 - eu te amo

2.4K 149 134
                                    

O resto dos nossos dias na praia foi ótimo. Como eu e o noah estávamos "amigos", o clima ficou mais leve, e podíamos nos divertir muito mais.

Passei o dia do meu aniversário na praia, e a noite, com o bay. Ele não fez nada demais, mas foi tudo mágico. Apenas nos sentamos à beira da piscina, com uma vasilha de morangos com chocolate e duas taças de espumante. Ficamos ali a noite toda, só nós dois, aproveitando aquele momento, que como todos os outros que eu passava com ele, era perfeito.

Nenhum de nós queria ir embora, mas como isso era impossível, ficamos apenas mais quatro dias depois do meu aniversário ali, antes de voltar para nossa cidade sem praia.

Tínhamos passado apenas uma semana ali, o que era quase um desrespeito com aquele paraíso. Pelo menos tinha sido bom, e eu estava feliz. Acho que no final de tudo, era isso que importava.

A chegada em casa foi normal, sem grandes acontecimentos. Depois de me despedir de todos, subi para o meu quarto. Estava um pouco cansada da viagem, e ter mais quatro dias de férias era muito bom.

Os três primeiros dias da minha volta foram normais. Exceto, talvez, pela minha nova relação com o Noah . Nós conseguíamos rir juntos, assistir televisão juntos, conversar, e às vezes, até brincar um com o outro.

Eu estava começando a entender. Talvez as meninas da escola nunca tivessem sido tão idiotas assim. Por incrível que pareça, ele podia ser legal, só nunca tinha mostrado esse lado pra mim.

Se eu conhecesse esse lado dele há mais tempo, talvez alguma coisa pudesse ter acontecido. Bom, se eu conhecesse esse lado dele um bom tempo antes de conhecer o bay, talvez alguma coisa pudesse ter acontecido. Mas, eu não conheci. E foi melhor assim. Minha relação com o bay estava ótima. Ele foi à minha casa nos três dias normais depois da viagem, e era perfeito.

Eu sentia algo diferente por ele. Algo que talvez eu nunca tivesse sentido por ninguém. Era quase como se eu não estivesse mais só gostando dele, e de ficar com ele. Eu podia dizer que eu estava realmente... Apaixonada.

Ele me tratava tão bem, e sempre dizia as coisas certas, e sabia de tudo que eu gostava, e sabia como me fazer rir, enfim, me fazia sentir bem, só por ser eu mesma. "Meu conto de fadas", eu repetia pra mim mesma sempre que lembrava dele.

O que realmente tirou minha vida do eixo perfeito no qual ela se encontrava foi o que aconteceu no quarto dia. O último dia de férias. O bay tinha ido a minha casa, e parecia que eu finalmente seria capaz de responder àquela pergunta que o noah tinha me feito na viagem.

Meu irmão tinha ido buscar a hina , o noah  estava assistindo televisão enquanto esperava que ele voltasse, e minha mãe estava preparando o jantar. Eu e o bay estávamos no meu quarto, deitados na minha cama, nos beijando.

As mãos dele deslizavam pela lateral do meu corpo, enquanto as minhas, presas ao pescoço dele, o puxavam para mim. O beijo ficava cada vez mais intenso, e o desejo cada vez mais perceptível. Ele estava sem camisa, e eu estava com uma blusa branca e com um short jeans. Nossos corpos giraram em cima da cama, e eu fiquei em cima dele. Suas mãos tiraram minha blusa, e ele girou de novo, ficando com parte do corpo em cima de mim. Ele desabotoou meu short, mas não o tirou. Encaixei minha perna no seu quadril, diminuindo o pequeno espaço entre nós. Suas mãos, que estavam nas minhas costas e subindo pela minha coxa, me puxaram para ele, e seus lábios passaram para o meu pescoço. Apertei mais minha perna ao redor dele, e ele voltou a me beijar.

Não tínhamos pressa para nada. Por mim, aquilo podia durar o tempo que fosse, contanto que fosse com ele. Juntos, nos livramos da bermuda dele, e depois seus lábios percorreram o caminho do meu pescoço até a minha barriga. Soltei alguns gemidos baixos, e o observei, sorrindo, enquanto ele tirava o meu short. Ele uniu seus lábios novamente aos meus, e eu girei, ficando em cima dele. Minhas pernas ficaram ao lado do seu corpo, como grades, enquanto meus lábios desceram rapidamente ao seu pescoço, voltando ao encontrar os dele vinte segundos depois. Mesmo relutante, separei meus lábios dos dele, e olhei dentro de seus olhos. Ele sorriu, e voltou a colocar parte de seu corpo em cima do meu. Ainda me olhando, puxou minha perna pela dobra do meu joelho, enganchando-a nele. Eu sorri.

- Eu... Eu te amo. – ele sussurrou.

Senti que meu coração ia explodir. Era verdade, ele sentia o mesmo por mim. Eu não sabia o que eu tinha feito para merecê-lo, mas eu não me importava.

- Eu também te amo. – eu disse, triunfante, e o puxei para mim. Nossos lábios se encontraram, e eu percebi que era verdade.

Eu o amava. Então o amor era assim.

Num desejo incontrolável, nós nos puxávamos um para o outro. Mesmo não tendo sequer um milímetro entre nós, nós ainda tentávamos encurtar a distância inexistente ali.

- SABINAA . – ouvi minha mãe gritar.

Droga. Será que eles não podiam me deixar em paz ? Bay me olhou, perdido. Eu apenas sorri.

- Não se preocupe com isso. – garanti.

Nossos lábios voltaram a se unir, e as mãos dele deslizaram pelas minhas costas, encontrando o fecho do sutiã.

- SABINAA . – ela gritou de novo.

Dessa vez nós dois fingimos não escutar. As mãos dele subiram pela alça do sutiã, descendo uma delas, e seus lábios beijaram meu ombro que estava nu. Ele fez isso com a outra alça, e com o outro ombro. Nossos lábios voltaram a se encontrar, e as alças do sutiã se soltaram completamente dos meus braços.

- SABINAA , OU VOCÊ DESCE, OU EU VOU TE BUSCAR. – ouvimos ale  dizer de novo.

Deixei minha cabeça cair de lado no colchão, com um suspiro pesado.

- Acho melhor você descer. – ele não sorria.

- É, eu sei. – bufei, frustrada.

- E avisar que está indo. A não ser que queira que sua mãe apareça aqui. – ele sorriu.

- Você está certo. – eu devolvi o sorriso. – TÔ INDO MÃE.

Vesti o short, arrumei o sutiã, vesti a blusa, e dei uma ajeitada no cabelo. Depois calcei os chinelos, e fui em direção a porta.

- Você não vem? – perguntei, já que ele apenas me olhava arrumar, sem se mover.

- Eu vou me vestir, e já desço. – ele estava quieto. Aparentemente, também queria ter terminado o que tínhamos começado. Me sentei no colo dele.

- Olha, a gente vai terminar isso, ok? – eu dei um selinho nele.

- Ok. – ele sorriu, um pouco mais animado. – Agora vai, antes que sua mãe venha te buscar. – ele encostou seus lábios nos meus, e foi a minha vez de sorrir.

Desci as escadas devagar, pensando em como seria se minha mãe não tivesse interrompido.

Olhei pra baixo rapidamente, e encontrei o olhar do Noah, que estava assustado. Mais do que isso, ele tentava me avisar alguma coisa. Só entendi o porquê daquilo quando cheguei ao andar de baixo.

Pela escada, não dava pra ver sobre o que ele estava me alertando, mas agora estava claro.

Ela estava sentada na poltrona, com os cabelos marrons e cacheados caindo até a altura da cintura. Quando me viu, se levantou, revelando as curvas perfeitas do seu corpo. Há dois anos atrás, aquilo provavelmente seria uma facada na minha auto-estima, mas agora não. Eu a encarei, surpresa, e recebi o mesmo olhar de volta. Não tinha disparidade ali. Nossa beleza, depois de anos, era igual. Isso pareceu afetá-la um pouco

o melhor amigo do meu irmão-urridalgo Onde as histórias ganham vida. Descobre agora