- Acaba mesmo, mas eu jamais me negaria a saciar o meu amor. - mordeu o lábio. - Seus pais devem me achar um devasso.

- Não sou escandaloso quando eles estão em casa. - arregalou os olhos. Suas bochechas coravam só de imaginar as expressões de seus pais ao ouvirem seus gritos em momentos indecentes. Seria no mínimo vergonhoso. - Aliás, você vai dormir comigo hoje?

- Não, amor. - balançou a cabeça. - Queria, mas estou há quase uma semana sem ver minha família e eu preciso de um momento com eles.

- Você deveria ter aceito morar em Kensington. - jogou no ar e Louis respirou fundo.

- Não, não deveria. - respondeu.

- Por que não?

Desde que Anne fizera a proposta - que foi prontamente recusada - que os dois não tocavam no assunto, porque Louis sempre dava um jeito de desviar. Harry não sabia o que fazia seu noivo recusar tanto viver em Kensington.

- Amor, está na cara. Eu jamais ficaria confortável morando sob o mesmo teto que seus pais. - suspirou. - Sim, eu te amo e quero muito morar com você, em nossa própria casa, mas não na deles. Um dia vamos viver juntos, Hazz, mas não agora.

- E quando o bebê nascer?

- Vou ficar uns dias em sua casa para te ajudar, mas não vou morar na casa de seus pais. Sinceramente, eu me sinto muito folgado por isso. Eu já te engravidei e tudo vai ficar nas costas de seus pais, por minha culpa. Não quero viver às custas deles. O nosso filho precisa do apoio financeiro dos avós, mas eu não. Eu me viro sozinho.

- Lou, eu quero que fique comigo, nós três morando juntinhos. - pediu. - Você, eu e o nosso bebê.

- Nós vamos morar juntos. - garantiu. - Quando tivermos uma casa própria. E para isso eu preciso arranjar um emprego que pague mais que aquela merreca que ganho na cafeteria.

- Louis, posso te dizer uma coisa? - mordeu o lábio e respirou fundo. - Eu realmente entendo seus motivos, entendo que você não quer viver sob as custas dos meus pais e tudo mais, mas eles querem ajudar. Eles estão dispostos a pagar tudo do bebê e minha mãe realmente quer que você more conosco. - segurou sua mão. - Não acha que está na hora de deixar seu orgulho de lado, amor?

- Hazzy, não é orgulho. - encarou o noivo com seriedade. - Não quero dever para eles, seus pais já estão fazendo muita coisa por nós e, sinceramente, essas coisas deveriam ser feitas por mim. Não sou um cara folgado, amor, eu não quero me acomodar ou me acostumar a uma vida de luxo. Eu sou um homem simples, Harry. Não preciso de tudo isso, fico feliz com pouca coisa.

- Não quero que você vá morar comigo por causa do luxo ou porque quero te mimar. Quero que fique em minha casa porque eu te amo, Louis, e quero ficar ao seu lado. Quero que tenha momentos com nosso filho. Eu sei que você vai ficar afastado depois que ele nascer porque, poxa, você mora em Tottenham! É um bairro afastado e perigoso, vai precisar chegar cedo.

- Amor, eu vou te visitar todos os dias quando ele nascer. - sorriu. - Vou continuar dormindo em sua casa algumas vezes na semana, mas minhas coisas vão continuar na casa da minha mãe. Vamos morar juntos um dia. Quando tivermos dinheiro.

- Eu...

- Você já tem dinheiro, mas não vou deixar que você pague minhas despesas, nunca! Vou batalhar para dividir as contas de casa, amor. Eu não sou um encostado.

- Tudo bem. - Harry desistiu de insistir, sabia como Louis era teimoso e, para ser honesto, sua paciência tinha reduzido bastante com a gravidez e não queria brigar com o noivo. - Já que você não vai dormir comigo hoje, posso ir embora ou quer que eu te espere?

Red Roses and a Little Bit of Queen | Larry Stylinson Where stories live. Discover now