capítulo 2

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Boa leitura!✨
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A floresta é como uma moeda,possui dois lados. Ela pode ser encantadora com as diversas cachoeiras cristalinas, a grama com um verde intenso, o céu com um azul vivo e todas as enormes árvores que preenchem o local. Ela também pode ser um ambiente perfeito para se passar muitas cenas de horror, a escuridão gritante que nos engole sem percebermos, os sons macabros, os animais perigosos que ficam a espreita procurando seu novo jantar.

Aquele homem com certeza se tratava de um predador, seu porte lembrava um pantera que era tanto bela como letal, ele queria me matar e eu enxerguei isso muito bem nos seus olhos. Eu era muito boa em caçar e me considerava uma predadora, era bem treinada e confiante com minhas habilidades, mesmo assim ele conseguiu facilmente notar minha presença e eu estava curiosa a seu respeito.

Minha aparência o deixou atordoado, essa beleza amaldiçoada tinha me tirado de problemas pela primeira vez na minha vida. Quando ele se distraiu eu corri o mais rápido que pude e me escondi em cima de uma árvore, sempre fui muito boa em escalar apesar das lembranças de como me tornei tão boa não serem tão agradáveis. Quando não havia mais ninguém nas redondezas eu desci com cuidado e fui checar por precaução, percebi que estava sozinha agora, como sempre foi e sempre será.

A mulher de cabelos prateados era belíssima, entretanto repudiava tal aparência que era como um carma que a fazia pagar por tudo de ruim que fazia. Ela saiu andando entre as árvores e mais adiante avistou seu cavalo, montando o animal passou a mão em seu rosto e sorriu sendo levada para sua " casa".

Durante o percurso sentiu uma leve tontura, o balançar de seu corpo causava enjôo e dor de cabeça. Raramente ficava doente, mas quando isso ocorria era necessário descansar e ficar em repouso por alguns dias.

Depois de algumas horas cavalgando finalmente chegou ao seu destino. Se parecia com tudo menos uma casa, uma lona esticada entre os galhos de algumas árvores para a proteger do Sol e da chuva, tecidos espalhados pelo chão para não dormir em contato com a terra e alguns objetos estavam presentes.

Astrid era o nome da mulher que foi considerada uma grande guerreira, uma guerreira que só ansiava ser esquecida e viver o restante da sua vida em paz. Cansada ela retirou as armas de suas roupas e se deitou, a noite tinha sido muito cansativa para ela e só queria descansar. Seu sono foi desprovido de sonhos, mas foi agitado e ela não conseguia mergulhar totalmente nos braços de Morfeu, onde retornaria a uma época em que não era tão infeliz.

A agitação que sentiu mesmo em seu sono incomodou a casa segundo, não foi possível descansar mais que alguns instantes. Em meio ao seu conturbado sono ela acordou assustada, tinha a sensação de ser observada mas era impossível, esse local nunca havia sido encontrado e era seguro.

A misteriosa mulher estava ensopada de suor, talvez estivesse ficando doente pensou ela... Passar tanto tempo em cima de uma árvore não havia lhe feito bem, tudo o seu corpo doía e ela decide se banhar em uma cachoeira próxima dali.

A noite ainda não tinha chegado e o sol logo ia se por, ela se apressa e pega tudo que iria ser necessário. O caminho era curto, entre algumas árvores e plantas altas existia um trecho feito pela guerreira para ter acesso ao local.

O barulho de alguma caindo e o cheiro agradável acalmou seus músculos, ao chegar admira a vista e em seguida começa a retirar sua calça de couro preta que se ajustava perfeitamente às suas curvas, logo em seguida puxa pelos seus braços uma pequena peça também de couro que cobria seus seios e os segurava firmemente, além de se ajustar perfeitamente a sua fina cintura. O corpo de Astrid era comparado ao de uma deusa, e entrando nua na água transparente sendo banhada pelo por do sol havia quem realmente acreditasse que ela era uma deusa. A mulher se lava e relaxa na água morna, estava perfeita e ela aproveitou ao máximo até ter que levantar para se vestir e retornar antes do anoitecer.

Quando a mulher se vira para sair da cachoeira ela rapidamente da alguns passos para trás e tapa seus seios com os braços, o homen que lhe lembrava uma pantera a encarava com olhos famintos e na ponta de sua espada estava uma das peças íntimas de Astrid. Ela sentiu seu rosto esquentar e o nervosismo a tomar,mas antes de ter alguma reação ele se pronunciou.

- Espero que esteja mais disposta a me entreter desta vez.

Ele fala e em seguida lhe lança um sorriso perverso e cheio de más intenções.

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