Pride in Love - Releitura de Orgulho e Preconceito

Capítulo 4

Em nenhum momento Jane demostrou grandes sentimentos em relação a sua aproximaçao com Charles Bingley, limitando-se apenas a lhe conceder os mesmos elogios que as outras pessoas já haviam feito. No entanto, ao ficarmos sozinhas em nosso quarto quando estávamos nos preparando para dormir, ela enfim admitiu o que realmente havia achado dele.

- Ahh, ele foi tão perfeito! - exclamou suspirando sentada em sua cama abraçada com um travesseiro - é tão educado, sensível e divertido!
- E também bonito. - complementei rindo me sentando ao lado dela. - creio que achou o homem perfeito, Jane.
- Eu admito que fiquei surpresa com sua aproximação. - disse com uma voz desconcertada.
- Eu não fiquei nada surpresa, era a mulher mais bonita e doce daquela festa, impossível não chamar atenção. - argumentei. - e se quer saber, vocês já tem minha benção, ele parece ser mesmo uma boa pessoa.
- Está parecendo a mamãe, Lizzy.
- Não estou dizendo para se casarem, Jane. - defendo-me. - apenas disse isso, pois já gostou de caras muito mais idiotas.
- Lizzy! - exclama me arremessando a almofada que estava abraçada.
- Eu não estou mentindo! Você é muito boa, não ver maldade nem erros nas pessoas.
- Apenas não gosto de julgar os outros.
- Eu sei, e é isso que a torna encantadora. - digo e ela balança a cabeça para os lados dando um leve sorriso. - mas me diga. O que achou das irmãs dele?
- Elas foram muito simpáticas comigo. Louisa Hurst, é um pouco mais reservada e Caroline Bingley é mais altiva, ela quem fará companhia a Charles em Nettherfield. - disse animada. - sabia que elas quem são as estilistas da grife deles?

Respondi simplesmente que não. Não queria discutir com jane, mas a verdade é que não concordava muito sobre a simpatia das duas. Eram sem dúvidas mulheres bonitas e elegantes, porém do pouco que as observei na festa percebi que suas agradabilidades eram bem seletivas. O que para mim, era mais do que o bastante para ficar com um pé atrás a respeito delas.

Depois do que pareceu uma eternidade, aquela festa enfim havia acabado. Ainda estava tentando entender como Charles conseguiu me convencer a ir uma comemoração de bodas de uma casal que eu nem mesmo conhecia. Mas para falar a verdade sabia como, ele tinha me prometido que iria dar apenas uma passada, afim de não fazer desfeita do convite, o que como pode se ver não aconteceu, uma vez que chegando lá conversou com mais da metade dos convidados, como se esses fossem seus velhos amigos e ainda passou quase toda festa conversando com uma moça a qual ficou encantado.

- Só você Charles, para se enfurnar nesse fim de mundo, e fazer amizade com esse bando de caipiras. - zombou Caroline, assim que chegamos Netherfield.
- Meryton é um lugar muito bonito, e você pareceu gostar casa, irmã. - rebateu o irmão.
- A casa é ótima, mas não sei se a vizinhança vale a pena.
- Achei todos muitos simpáticos, acho que nunca fui tão bem recebido num lugar. - alegou com um sorriso no rosto. - e não se faça de difícil, pareceu também pareceu simpatizar da Srta. Bennet.
- Era a única que se salvava ali, bonita e simpática.- disse sem muita emoção. - mas também não era isso tudo, ela sorria demais.
- Bem, se ainda quiser me fazer companhia terá que se acostumar com o lugar e os vizinhos, pois pretendo passar um boa temporada aqui.
- Achei que tivesse alugado o lugar para ter um descanso, mas pelo que parece vai ter uma vida social agitada por aqui. - o questiono. Há dois meses ele havia me dito que iria trabalhar mais em casa, pois precisava tirar um tempo da correria de Londres, e que estava querendo procurar uma lugar no interior onde pudesse ficar mais sossegado. Eu logo lhe apoiei e me dispus a lhe ajudar a achar um espaço. Depois de um tempo olhando casas pelas redondezas, nos deparamos com a propriedade de Netherfield. Era um ambiente grande, com bastante verde e uma casa com aspectos antigos mas que tinha sido reformada a pouco tempo estando mais moderna que muitas casas de Londres. Charles ficou imediatamente encantando com o lugar, e, como na maioria das vezes, perguntou minha opinião. E sem inicialmente nada contra, eu o estimulei a fechar negócio.
- Qual melhor forma de relaxar se não em um lugar com pessoas agradáveis para passar o tempo? - respondeu-me com seu costumeiro sorriso no rosto.

No fim não falei mais nada sobre, não teria que me preocupar em me relacionar com as pessoas de Meryton por muito mais tempo, uma vez que havia prometido a Bingley lhe fazer companhia apenas por não mais que duas semanas. Tempo que tinha certeza que não seria capaz de me fazer criar laços com o lugar.

Darcy... um pobre iludido!