Capítulo 3

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Os dias que se seguiram da revelação de papai, minha mãe parecia não saber pronunciar outra palavra que não fosse Bingley, o que fez com até mesmo eu, Jane e Mary- a menos iludidas com a novidade- ficássemos curiosas a respeito do rapaz

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Os dias que se seguiram da revelação de papai, minha mãe parecia não saber pronunciar outra palavra que não fosse Bingley, o que fez com até mesmo eu, Jane e Mary- a menos iludidas com a novidade- ficássemos curiosas a respeito do rapaz.
Todavia, nosso pai não disse mais um palavra sequer sobre ele, o que fez com que nos contentássemos com as informações da Sra. Lucas, nossa vizinha. Ela afirmou a nossa mãe, que Charles Bingley era um jovem que havia herdado uma grife de roupas, mas que era simpático, bonito, animado e que quando convidado não pensou duas vezes em aceitar ir à festa de bodas dela com o marido no fim de semana.

Não muitos dias então se passaram, quando papai nos disse que havia se encontrado novamente com o rapaz e que havia o convidado para jantar, o que foi suficiente para Cassandra Bennet entrar em estado de euforia. No mesmo dia mamãe já começou a planejar tudo desde a refeição até a toalha de mesa, e me pedindo logo para separar a melhor garrafa de vinho que tínhamos na adega.
No entanto, para sua frustração, também no mesmo dia foi recebida uma ligação do próprio cancelando o jantar, uma vez que precisaria urgentemente voltar a Londres para tratar de negócios.

Mamãe ficou tão decepcionada com o cancelamento, que cheguei a pensar que enfim pararia com suas ideias inescrupulosas e desistiria de Charles Bingley.
Porém no dia seguinte, sem nenhuma das minhas irmãs para conversar- já que Jane trabalhava como professora, Mary estava na universidade e Kitty e Lydia se encontravam na escola- ela me procurou enquanto eu averiguava os vinhos da grande adega.

- Advinha o que Sra. Lucas me disse, Lizzy!
- Não faço ideia mamãe. - a respondi, sem perder a contagem das garrafas
- Oh, ela me disse recebeu também uma ligação de de Charles Bingley, e que o mesmo se desculpava antecipadamente caso não pudesse comparecer à festa.
- Muito educado da parte dele. - respondi simplesmente.
- Sim, sim! Porém ele ainda a questionou, no caso de felizmente poder comparecer, se poderia então trazer consigo companhia. - disse analisando as palavras, andando de um lado para o outro. - quem você acha que deseja trazer?
- Não sei... talvez uma namorada. - digo brincando com a situação.
- Ah Elizabeth, não brinque com essas coisas, ele mesmo disse que era solteiro.
- Namoro não é estado civil, mamãe. - falei ainda alimentando a história.
- Verdade, verdade! - concordou de modo pensativa, para em seguida sair as pressas da adega. - preciso fazer uma ligação a Sra. Lucas.

•••

As bodas dos Lucas então chegaram. A família assim como nossa possuía uma propriedade que vendia sua produção, mas além dela tinham também um hotel no centro de Meryton, lugar onde agora acontecia a festa.
A comemoração, por se tratar de uma aniversário de casamento, tinha tudo para ser parada, mas tal coisa séria impossível de tratando dos nossos vizinhos. No vocábulo do Sr. e da Sra. Lucas animação era a primeira palavra, eles adoravam músicas animadas, dançar, tinham muitos amigos e sabiam como ninguém dar uma boa festa.

Pride in Love - Releitura de Orgulho e PreconceitoWhere stories live. Discover now