Pov Sina
Senhora Anastácia me olhava com um rosto vermelho, minha camisa social tava completamente desabotoada, os olhos dela estavam fixos nos meus seios. Será que a velha teve um gay panic?
— Senhora Anastácia! Eu fiquei com tanto medo daquela risada assombrosa. – Falei e comecei a abotoar os botões da minha camisa.
— A senhorita estava na missa Deinert? – Ela parecia desconfiada.
— Desculpe Senhora, eu me atrasei um pouco, quando estava adentrando o local achei que o diabo estava me castigando por ter chegado atrasada, com aquela risada e sai correndo, parei apenas quando cheguei no dormitório.
— Estava se trocando? – Ela olhou pra roupa de freira na cama. — Desculpe filha, é que tenho que descobrir quem fez aquela brincadeira. Alguém deixou um boneco rindo na sacristia.
Coloquei a mão no coração me fazendo de vítima.
— Quem fez isso merece um castigo Senhora Anastácia, eu quase morri de susto.
— Eu vou descobrir não se preocupe. E senhorita Deinert? Eu tô de olho em você.
Ela abriu a porta e saiu, na hora que a porta fechou eu comecei a rir.
— Sina eu não acredito que você fez isso! – Heyoon saiu debaixo da cama.
— O que amor? Eu não fiz nada.
— Quem não te conhece que te compre Deinert. Por que você não consegue ficar longe de confusão?
— Amor precisava ver todo mundo correndo da igreja com medo. – Eu voltei a rir, Heyoon soltou um riso nasal e balançou a cabeça em negativo.
— Se a senhora Anastácia descobri você tá muito encrencada senhorita Deinert.
— Você não vai contar né?
— Eu devia. Não pense que vou ficar passando a mão na sua cabeça só porque a gente namora.
Sorri para ela e a puxei pela cintura.
— Quero que passe sua mão em outra coisa. – Falei com nossos rosto próximos.
Afastei rapidamente Heyoon quando vi a porta abrindo novamente.
— Senhorita Deinert, quase esque... – A senhora Anastácia paralisou quando viu Heyoon. — Professora Jeong? O que faz no dormitório da senhorita Deinert?
Eu engoli em seco e passei a mão no cabelo em sinal de nervosismo.
— Esse também é o dormitório da minha irmã, vim da um beijo nela antes de ir para casa, mas ela não tava aqui.
Não sei quem estava com o curso de atriz mais aprimorando, eu ou Heyoon.
Senhora Anastácia ainda estava desconfiada, olhando pra nós duas por cima do óculos.
— Certo... Senhorita Deinert, eu esqueci de te avisar que continua na detenção, a própria professora Jeong me comunicou sobre sua briga de mais cedo com Savannah.
Concordei com a cabeça.
— Vai esperar sua irmã professora?
Heyoon balançou a cabeça em sinal positivo e se sentou na cama de Hina.
— Okay.
Ela saiu novamente, soltei uma longa respiração, essa foi por pouco.
— Caralho...
— Sina pare de falar palavrão.
Eu e ela ficamos caladas, as batidas do meu coração ainda não devem ter se regulado, imagino o tanto de coisas que tá passando na cabeça de Heyoon nesse momento.
Estava perdida em pensamento, percebi apenas Hina e Shivani entrando no quarto desesperadas, elas parecem não ter nos notado, e começaram a se agarrar na nossa frente.
Heyoon me olhou com a boca aberta, depois olhou para as meninas novamente.
Eu caminhei até perto delas e comecei a bater palmas.
— Ora, ora, o que temos aqui...
Hina e Shivani me olharam assustada, acho que as duas só queriam que abrisse um buraco no chão pra elas pularem dentro, e o rubor nas bochechas só aumentaram quando viram Heyoon atrás de mim.
— Sina o que diabos você tá fazendo aqui? – Hina me perguntou séria.
— Pensei que esse era meu dormitório também. Agora pronto, eu não quero vocês se pegando na minha frente não. – Falei e dobrei meus braços em baixo dos seios.
— Santo Deus Hina... – Heyoon continuava petrificada na cama.
— Nem vem Yoon, que você nem pode falar nada.
{...}
Os dias foram se passando, e continuava tudo normal, eu e Heyoon continuava se arriscando para se ver, ela estava sempre trazendo notícias do meu avô, eu e Joalin continuava aprontando, só que agora tínhamos uma pequena aliada, Luna Hidalgo. E estávamos ensaiando para as apresentações, Heyoon realmente me convenceu a participar, mas eu confesso que não estava 100% segura para isso.
A senhora Anastácia nunca chegou nem perto de saber quem fez a pequena brincadeira na igreja, mas ela nunca deixou de investigar a respeito.
Heyoon voltou a me trazer livros para ler em minhas horas vagas, e por incrível que pareça, eu estava livre de detenção a 3 dias.
Aproveitei minha hora vaga e decidi ir ler na igreja. Dessa vez eu estou lendo "O ceifador", mas acabei dormindo nas primeiras páginas.
Acordei assustada com o barulho de confete estourando no ar.
Luna e Joalin ria da minha cara de espanto, peguei o livro que tinha em mãos e joguei em Joalin.
— Eu queria ter gravado esse susto pra rir o resto da minha vida. – Joalin ainda ria, acompanhada de Luna.
— Vai ter volta sua loira oxigenada.
Sai da igreja, subi direto para meu porão, coloquei o colchão de frente pra janela e me sentei lá.
Comecei a pensar em Josh e senti falta de aprontar com ele, já tinha passado tanto desde que cheguei aqui. Estávamos concluindo esse bimestre, e só tinha mais um, enfim me formaria. Mas o que eu farei depois?
Ouvi o barulho de porta abrindo, e nem precisei me virar para saber que era ela.
Ela não falou nada, apenas senti o colchão afundando, Heyoon ficou de joelhos atrás de mim e massageou meus ombros.
— Tá tudo bem amor? – Ela perguntou e eu balancei a cabeça em positivo.
— Só pensando um pouco.
— Você tá estudando para as provas?
— Não estudei para nada ainda.
— Sina você precisa estudar!
— Eu sei, prometo que vou chamar Shivani e Hina para estudar hoje.
Me deitei no colchão, Heyoon se aninhou nos meus braços, ficamos trocando beijos e carinhos até escurecer.
(.) (.)
Capítulo curtinho, mas necessário, próximo capítulo vai ser... Aí ai, até logo bebês.
Não me peçam pra postar hj, não terminei de escrever ele ainda.
O que vocês tão achando da fanfic? Shauhaia eu tô amando escrever essa fanfic.
Tudo indica que meu curso só volta em junho, então a única coisa que posso fazer é escrever, vocês que me aturem.
BINABASA MO ANG
Internato
FanfictionSina ama festas, sua vida é resumida em baladas, cachaça, mulheres e ressaca. Ela só não contava que seus pais iriam por um fim nisso, e a colocar em um colégio interno para cursar seu último ano de ensino médio.