Capítulo 39

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Pov Sina

Heyoon passou a semana inteira um pouco afastada de mim, e isso tava afetando meu humor, hoje é sexta feira e graças a Deus minha menstruação foi embora, achei que meu humor ia voltar ao normal, mas eu acabei percebendo que minha faltar de humor era ela me dando gelo.

Sai da detenção sem olhar para ela, Sabina correu atrás de mim.

— Ei tá com raiva de que? – Ela falou quando me alcançou, Joalin apareceu do outro lado.

— De nada não. – Tentei apressar o passo.

Joalin me deu um calço e eu fui parar no chão com meus livros.

— Qual é loira? Sabemos que você tá irritada com alguma coisa, vem levanta, vamos dar uma volta. – Joalin falou e ofereceu a mão pra me ajudar a levantar.

— Vão se fuder.

Me levantei por conta própria e sai andando novamente.

— Sina eu vou te derrubar novamente se você não seguir eu e Sabina.

— Mas que inferno, por que não me deixam simplesmente em paz?

— Engole a raiva, e vem. – Joalin saiu andando na frente, depois Sabina a seguiu.

Inferno.

Segui elas até o pátio, Joalin e Sabina estavam encostadas em um carro pelos arredores do internato se beijando.

Peguei um torrão de terra no chão e joguei nas duas, a terra se soltou com o impacto e sujou elas.

— É sério? Tomara que vocês explodam.

Ia me virando pra voltar, quase passei por cima de Heyoon que tava parada bem atrás de mim.

— Tá brava meu amor? – Ela falou e mordeu o lábio.

— Heyoon, eu, am...

— Obrigada pela ajuda meninas. Vamos pro meu apartamento Deinert?

— Heyoon o que diabos você tá pensando em fazer?

Ela olhou para os lados e se certificou que não tinha ninguém. Segurou na minha mão e me conduziu para a parte de trás do carro e abriu o porta-malas.

— Am... Você tá brincando não é?

— Entra logo Sina, tô morrendo de saudade.

— Você passou a semana distante.

— Entra logo inferno!

Revirei meus olhos e me soquei no porta-malas. Heyoon me trancou lá dentro.

O que diabos eu tô fazendo da minha vida? Tô indo pra casa da minha namorada em um camburão, desculpa vó, eu não sabia que chegaria a esse ponto.

Ouvi o barulho do carro sendo ligado, logo percebi estar em movimento. Até que não era tão ruim lá dentro.

Depois de alguns minutos, já estava me acostumando, até que Heyoon fez o favor de pisar no freio e eu fui jogada com tudo contra o banco.

— CARALHO HEYOON!

Gritei do porta-malas.

— DESCULPA AMOR, ERA UM GATINHO QUE IA CRUZANDO A RUA.

Achei melhor me segurar.

Mais alguns minutos e o carro parou, logo ouvi o barulho do porta-malas sendo aberto.

— Você tá bem? – Ela ofereceu a mão pra me ajudar a sair.

— Tô bem, por que me sequestrou?

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