" Not a chance! "

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Pasadena, California, Huntington Hospital ~ 16:00 PM


Várias pessoas falando ao mesmo tempo, passos, sirenes, pneus derrapando. Ouço sons familiares, vozes familiares e um inconfundível som de monitores multiparamétricos, temos trabalhado com eles na fase de testes. Os sons vem e vão. Me parece que a audição é meu único sentido em funcionamento, não consigo me mover, não consigo ver, nem mesmo os odores meu cérebro capita, não consigo racionar.
Sinto apenas meu corpo sendo movido entre o som de rodinhas.

De repente sinto uma leve picada, mas meu corpo não estremece como normalmente aconteceria, não reajo. Em questão de minutos, sinto o que me restava de meus sentidos indo embora e meu corpo adormece.

. . .

" Acho que isso é resultado de todo o estresse pelo qual tem passado no laboratório. Ela estava à ponto de explodir mas segurou por todos, é isso que ela faz : fica segurando, guardando pra si mesma e uma hora fica pesado demais para aguentar, se você não deixa ir, isso toma conta de seu corpo. Mas de qualquer maneira, vamos esperar o veredito do médico. "

" Ela não pode continuar assim, está dando tudo de si e mais um pouco. Eu tentei várias vezes avisá-la mas ela está obcecada com a ideia de contribuir com a humanidade e é um desejo lindo mas tem suas consequências! Você tem razão. "

" Vou dar um jeito nisso, vou tirá-la daquele laboratório. É doloroso vê-la assim! "

" Conte comigo. "


Abro os olhos lentamente, minha cabeça está menos dolorida, vejo que meu corpo está relaxado sobre o tecido branco macio e em um canto do quarto também todo branco, estão Wilmer, Lauren e a doutora Mcnutt. Pareciam falar sobre algo sério, que  acabou percebendo ser sobre ela, e suas expressões eram de preocupação.

Ela observou a cena, quando Wilmer olhou para a cama para checar seu estado e seus olhos se arregalaram mais do que ela pensou ser possível, transformando a preocupação em alívio. Ele seguiu rápido até ela, pegando sua mão e assim que perceberam, Marcia e Lauren se aproximaram também.

Wil- ' Pequena, como se sente? '

Demi- ' Bem, querido. Estou ótima, apenas com as pálpebras um pouco cansadas mas suponho que seja algum remédio que me injetaram, não? '

Wil- ' Com certeza você está bem novamente, doutora Lovato. Só não me assusta assim de novo, perdi 7 das minhas 14 vidas hoje te vendo cair do nada naquele laboratório. ' - disse encostando sua testa na dela.

Demi- ' Como sempre, nem um pouco exagerado, eu estou B-E-M! Não vão se livrar de mim tão fácil, e não deboche dos vulneráveis, Mr. Valderrama. ' - ele sorriu, sua Demi estava bem e mais afiada que nunca.

Mcnutt- ' Estamos felizes que esteja bem mas você realmente precisa descansar, querida. '

Demi- ' Eu agradeço Marcia, mas eu só vou poder descansar depois de terminar o que comecei. Não podem seguir as pesquisas sem mim e não temos tempo à perder. Entretanto, vocês vão ver quando o médico vier aqui, provavelmente foi apenas uma quedinha de pressão arterial, nada demais! '

Lau- ' Nem vem Demi! Você vai descansar sim, mas se precisa ouvir de um profissional : que seja! ' - disse deu a volta e seguiu para fora do quarto, minutos depois voltando com um homem alto de meia idade.

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