' Um coração sem estruturas para o amor, ou qualquer sentimento. '

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'(...) e eles se dirigiram para o carro.'

Demi deu as coordenadas para Wil que os levaria até seu apartamento, já que mesmo tendo recursos pra isso Demetria ñ quisera fazer ou comprar uma casa para si pelo fato de viver só desde a morte de sua mãe , quando seu padrasto e sua irmãzinha Maddie se afastaram.
O caminho estava sendo completamente silencioso, tanto que Wilmer se arriscaria a dizer que poderia ouvir a respiração de Demi e a sua própria também, o que começara à pertuba-lo, então decidiu iniciar uma conversa, o que pensando por um lado poderia despertar a fúria da mulher ao seu lado mas por outro talvez, bem talvez, ele poderia acabar conhecendo mais sobre sua misteriosa e 'diferente' nova parceira de trabalho.

Wilmer: - Então você vive aqui há muitos tempo?- perguntou tentando encobrir o quão receioso e nervoso estava.

Demi: Ela o olhou imaginando se deveria responder,e em seguida disse  - Há um bom tempo, desde os meus 15 anos para ser mais exata, foi quando comecei na NAS.

Wilmer: - E como foi o seu início aqui? Você deve ter tido um apoio incrível dos seus pais, pois soube que se formou aos 13! - disse em um tom curioso.

Demi: - Foi consideravelmente bom, quero dizer consegui me encontrar e ter reconhecimento realmente rápido, talvez mais rápido do que podia imaginar. E sim, tive um ótimo apoio da minha família, principalmente minha mãe, até certo ponto.

Wilmer: - O que quer dizer? Seu pai e o resto da sua família não te apoiavam?

Demi: - Bem, meu pai faleceu aos meus 6 anos, consequências da sua forte depressão, distúrbio de personalidade e outros problemas mentais. Fui criada pela minha mãe Diana, meu padrasto Eddie e tenho uma irmãzinha Madison De La Garza.
Mas e você?! Seus pais te apoiavam? Como foi no SEU início?

Wilmer: - Sim, minha mãe foi sempre incrível e me deu todo o apoio que precisei, meu pai no início ñ era totalmente à favor mas quando percebeu que estava no meu sangue, acabou cedendo. Sua mãe deve ter muito orgulho de você não?!

Demi: - Na verdade... a perdi dias antes de começar na NAS, ela teve Creutzfeldt-Jakob, e quando descobrimos, bom, já era tarde demais. Talvez seja um dos meus maiores motivos pra estar fazendo esta pesquisa com tanto cuidado, em especial, dessa vez é diferente, há mais em risco.- Ela disse já sentindo seus olhos marejarem, o que foi percebido de imediato por Wilmer.

Wilmer: - Ah e...eu... sinto muito Demi.- disse se sentindo culpado por entrar no assunto, enquanto isso chegaram à casa de Demi.

Demi: - Acho que fico por aqui!- disse triste e aparentemente ainda abalada pelo assunto comentado segundos atrás.

Demi saiu do carro, e ainda estava chuvendo, Wil saiu atrás dela para oferecer-lhe seu casaco, a fim de evitar que se molhasse.
Mas assim que chegou perto e a virou, estando apto à observar seus lindos e grandes olhos de mel, se perdeu, com a força do momento os dois esqueceram completamente a chuva, as pessoas, as diferenças entre si, esqueceram o mundo e tudo que poderia haver em suas mentes simplesmente desapareceu.
Demi estava completamente paralisada, assim como Wilmer, seus olhos pareciam dizer tudo em uma sintonia que ninguém ao redor, talvez ninguém no mundo poderia compreender, talvez nem eles mesmos compreendessem, os novos sentimentos subiram às mentes de ambos e por um impulso fundo  em suas almas, seus lábios se encontraram em uma dança mais que perfeita, os corações sincronizados, os sentimentos eletrizantes em ambos, desconhecidos, mas deliciosos. Algo que alguém que tivesse visto o modo como se falavam, ou até eles mesmos, jamais  poderiam imaginar que aconteceria, nem mesmo em seus melhores sonhos ou piores pesadelos, dependeria de como encarariam tudo após tal ato de rebeldia com suas personalidades. Mas pelo momento, isso era tudo, absolutamente tudo, que não importava ou lhes interessava. Ao sentir seus pulmões clamarem por ar, se separaram, mesmo que no fundo não pudessem negar que se possível ficariam o resto da vida naquele beijo, e quem sabe passariam para as próximas fases.
Porém, agora já fora da loucura momentânea, voltando a si, Demi se enlouquecia por dentro, tentando dificilmente manter-se sóbria por fora para encarar a situação. Enquanto Wilmer também voltando a si, só conseguia pensar em Mandy, e se ela descobrisse? Ou melhor como teria coragem de olhar para seus olhos agora sabendo que a  havia traído após tantos anos de namoro? E, talvez o pior, como Demetria reagiria à ele?
Ignorou as perguntas que bagunçavam sua mente, criou coragem e disse:

Wilmer: - Eu... não sei o que dizer, sinto muito. Eu não quis... só me desculpa!

Demi ainda em choque, e completamente perdida no que acabara de acontecer o encarou, pela primeira vez em sua vida instável com um beijo, e apenas disse:
- Tudo bem... não... não está tudo bem, claro que não, isso não deveria ter acontecido, você está louco? Qual o seu problema?- disse se afastando e indo para a entrada do luxuoso edifício.

Wilmer: - Já disse que sinto muito, não tinha intenção de fazer isso, eu agi por impulso, espera!

Demi : - Não foi o que pareceu. Que parte de ' nossa única conexão será a ciência ' você não entendeu?... Quer saber ?! Chega!!! Como disse antes não quero ter uma relação amigável com você, então de agora em diante, só vou estar com você por obrigações!- disse alto e em bom som para Wilmer e quem quisesse ouvir.

Wilmer: - Demetria...- disse, mas antes de ter a chance de continuar, ela bateu a porta do edifício, deixando Wilmer desnorteado e frustrado.

Wilmer seguiu para sua casa, tomou banho e pensou em tudo, Demi, Mandy, sua mudança para Washington, que dia! Pensou consigo mesmo,se isso foi o primeiro o que se esperar do seu futuro na NAS? Em meio à esses pensamentos, sentiu suas pupilas pesadas e acabou adormecendo.

E ao chegar na sua cobertura, Demi acomodou suas coisas em seus devidos lugares, e logo depois foi para o banho e ficou minutos e minutos tentando duramente relaxar e parar de pensar na droga que havia feito à minutos atrás, porém foi em vão. Assim que saiu do banho se deitou e encarou o teto, com sua cabeça à mil por segundo, perguntas, os problemas que via à frente , afirmações inconstantes , o medo de como tudo seria nos dias que estavam por vir, pensou tanto que acreditou, (mesmo sabendo ser impossível), que havia queimado seus neurônios. Até que foi dormir às 2:00 am. Mas um pensamento rondava sua cabeça e este ela estava segura de que era verdade: analisando o que viveu até este momento tinha a certeza de que seu coração não tinha estrutura para o amor, ou qualquer outro sentimento.


Bom, sei que este está um pouco grandinho demais, mas... quando a inspiração vem né?! Então por enquanto estamos nessa! 💋









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