Capítulo 4

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Depois de escrever, editar, reescrever, mudar as cenas, voltar para as anteriores, mudar para o primeiro esboço, apagar tudo e recomeçar do zero mudando o narrador... consegui concluir esse capítulo. 

Deus. Do Céu. 

Vou falar no final para não estragar a leitura, então por favor, leiam as notas finais. Grata. 

Ps: Prestem atenção do diálogo final.

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Ricardo escutou Beth prender a respiração, seu próprio corpo pulsava ansioso por aquele contato e pôde olhar nos olhos negros uma última vez antes de selar seus lábios juntos.

O plano era ser calmo e dá o que ela desejava de um modo que não a angustiasse, mas esses planos foram cancelados e ignorados segundos depois. Aquela boca pequena de lábios provocantes moldou-se a sua perfeitamente e entreabriu-se o convidando a experimentá-la, o calor vindo dela lhe dava a certeza que cometeria o maior dos pecados aquela noite.

Sua mão segurou o rosto pequeno a tornando suscetível ao seu avanço. Não tinha se dado conta da sua necessidade, até provar novamente dela. Lambeu o caminho da sua entrada e se apossou daquele calor cálido e envolvente, dominou aquela menina raspando sua língua na dela e se afogou naquela essência doce.

Voltou a si quando ela ofegou sem ar e se afastou a permitindo respirar.

– Me desculpa, princesa, eu não estava pensando. – pediu se distanciando.

– Não se atreva a parar, fui eu que pedi.

Ele a estudou enquanto ela arfava corada.

– Está alta pela bebida, Beth, quando acordar amanhã e se ainda não tremer com proximidade humana voltamos a falar sobre isso.

– Não é proximidade humana, é apenas de outros homens e não me lembro de pedir que não me tocasse.

– Não faça essa expressão, por favor, você está passando por um problema e eu não devia ter me deixado levar, apenas isso, a culpa não é sua.

– Eu discordo, a culpa é minha quando fui eu quem quis.

– Para com isso, Elizabeth.

Ele se levantou de supetão a surpreendendo e se afastou do sofá onde ela estava.

– Merda, não me faça ser pior do que já sou, eu não vou me aproveitar da sua bebedeira.

– Eu não estou bêbada.

– Nenhum bêbado admite estar.

– Ótimo.

Passou por ele pegando o copo usado para trazer água e foi na direção da cozinha resmungando e o deixou para trás.

Ele levou as mãos aos cabelos e aspirou profundamente se perguntando em que momento sua visita havia se transformado em outra coisa e se permitiu ser seduzido por uma menina de dezenove anos. Não era seu intuito quando havia marcado o encontro, não era sua intenção estar tão próximo dela, não enquanto ela estivesse tão retraída e machucada, mas havia sido inevitável.

O gosto doce ainda permanecia em seus lábios e ele procurou se conter antes de seguir a mesma direção que ela havia tomado e adentrar a extensa e moderna cozinha do casarão. Se deparou com a morena recostada na ilha central bebendo toda a água do copo enquanto mantinha a atenção no reflexo da geladeira de portas duplas.

Série Os irmãos Backar - Amor por conveniência - livro 5Onde as histórias ganham vida. Descobre agora