Tem mel aqui também...

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— Não se mexa...

David mandou, mas não era um tom autoritário. Estava mais para divertido.

— Sim, senhor. — Respondi segurando um riso debochado.

Ele se aproximou e eu senti um cheiro forte adocicado

— O que tem aí?

— Shhh, já vai descobrir...

Senti uma de suas mãos alcançarem minha nuca. Ele enfiou os dedos nos meu cabelos e empurrou minha cabeça para baixo, com cuidado.

Fechei os olhos e me arrepiei quando senti sua boca ali. Estremeci quando seus dedos começaram a abrir os botões das costas do meu vestido. Alguns botões foram abertos. Apoiei minhas mãos em meus joelhos enquanto aproveitava a sensação de David mordiscando a pele fina e sensível da minha nuca.

Eu estava arrepiada e a cada lambida que eu recebia, meu corpo estremecia.

— David...      

— Shhh, ainda não acabei...

Ele deu um último beijinho rápido na fenda que fez expor meus ombros, de repente senti algo sendo jogado neles.

— O que é isso?

Senti David sorrir enquanto espalhava algo melado perto do meu pescoço.

— É Mel...

Eu ri, mesmo trêmula.

— Está me sujando com mel?

Ele puxou meus cabelos para a esquerda, fazendo com que meu pescoço ficasse totalmente exposto e acessível às suas lambidas e assopros excitantes.

— Estou.

— Por quê?

            Ele sorriu, um riso sensual, rouco e malicioso que fez minhas pernas amolecerem. David tinha esse poder sobre mim. Sempre teve. Deus do céu...

Ele deixou o potinho de mel de lado e o ouvi lamber os dedos. Senti seu corpo encostar em minhas costas e suas mãos se esfregarem em meus braços bambos. Ele se abaixou e beijou meu rosto. Arrastou sua boca até minha orelha, lambeu, mordeu, riu e cochichou:

— Porque deve ser deliciosamente excitante tirar todo esse mel de você... com a língua.

Então eu derreti por inteira, ficando mole na cadeira. Esperando ansiosa e necessitada das lambidas que ele me dava. Cada uma com uma pressão diferente. Um tempo diferente. Uma sensação diferente.

David estava aproveitando cada lambida como um garoto comendo um bolo de chocolate numa tarde proibida.

— Deus... Você é deliciosa...

— Não pare.

David riu e continuou seu passeio pelo meu pescoço. Logo senti que ele começava a morder minha nuca e descia pela minhas costas.

— Não vou. Levante.

Obedeci e num piscar de olhos ele puxou meu vestido pelas mangas.

— David! — Eu ri.

— Preciso tirar seu vestido para poder lamber outros lugares.

Estreitei os olhos enquanto ele me puxava para si. Grudando nossos corpos com força e puxando minha cintura para que eu sentisse sua masculinidade dura e quente.

— Acho que você também precisa de mim...

— Eu sempre preciso de você, mia volpe.

De repente, fui erguida e rodopiada pelo quarto. Enquanto gargalhávamos, David me jogou na cama e caiu sobre mim, me prendendo contra ela.

Contos de uma LadyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora