Cap 12 - Goela Curada, Coração Partido

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- Nós precisamos de ajuda. - disse, direto ao ponto.

- "Nós"? - perguntou a mulher, e logo o bruxo mirou sua visão em Jaskier lá ao fundo, respondendo à feiticeira com um acenar de mão dificultoso.

Ela olhou para o bardo por uns segundos, como se o analisasse e logo descobriu que o mesmo era somente um réles humano. E se perguntou porque ele não estava afetado pelo ambiente do lugar. Era certo que ela viu seu estado, mas mesmo em um estado como ele, homens caiam em sua armadilha como moscas numa teia de aranha.

E então concentrou-se nele, em sua mente, buscando algo de interessante, buscando respostas para sua questão interior.

Até que viu algo muito importante... E muito interessante e curioso.

- É só amizade? - perguntou ao bruxo, que franziu o cenho diante de tal pergunta confusa.

"O que ela quis dizer com isso?" Pensou.

- Interessante, seu batimento cardíaco é lento. Mas as vezes, irregular. Você é... Um mutante. Um mutante com defeito?

"De que merda essa feiticeira está falando?" Perguntou-se interiormente novamente o bruxo.

- Um bruxo. Geralt de Rívia. - apresentou-se, ignorando suas questões enigmáticas.

- O famoso Lobo Branco! - disse Yennefer compassadamente enquanto se levantava, indo até o bruxo - Achei que tivesse presas, chifres, ou algo assim.

- Foram bem limados. - ironizou, fazendo a feiticeira dar um breve riso.

"O que eles estão fazendo?! Por que demora tanto? Mas que merda!" Reclamou Jaskier em sua mente, já que não conseguia mais falar, ainda estava ali no meio daquela orgia, mas em seu estado, nada se podia fazer a não ser ficar olhando.

- É a primeira vez que vejo um bruxo de perto. - rodeou-o analítica, mirando casa detalhe - Que tipo de feitiços pode lançar com as mãos? Pode chamar isso de curiosidade profissional.

Geralt, vendo toda aquela indagação da mulher que o observava como um animal, uma espécie nova sendo descoberta, não estava gostando nada disso, principalmente de sua enrolação. Cada segundo era crítico para o bardo...

- Por favor, - disse o mais educado que podia - Jaskier precisa de ajuda imediata. - se aproximou - E então, se quiser depois, posso satisfazer a sua curiosidade a noite toda. - disse baixo e grave.

Yennefer o encarou por alguns segundos.

- Não levaremos a noite toda, mas podemos achar um jeito de passar o tempo. - disse, em tom sugestivo.

Continuando e mantendo o foco em seu objetivo, Geralt continuou.

- Ele foi atacado por um djinn.

- Um djinn? - perguntou a feitceira, interessando-se.

- O que quer que esteja errado, está se espalhando. - e lhe deu um saquinho de pano, onde continha o selo da ânfora onde estava aprisionado o djinn - Dê um jeito, e eu pago. Qualquer que seja o preço.

Aquela atitude sua tinha espantado até à si mesmo. O bardo não era nada para ele, mas então porque ele estava pondo práticamente sua vida em risco? Aquela mulher poderia pedir qualquer coisa mirabolante em troca do serviço que até então, ela estava se interessando a fazer.

Depois de analisar o selo, Yennefer se virou para ele.

- Só um suco não bastará, deve saber. - disse, aquilo deixou o bruxo um tanto inquieto e quase arrependido de ter falado impulsivamente antes.

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