Capítulo 4 = Joyce

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"Já faz um tempinho que não apareço nesse livro, será que vou ter alguma fala nesse capítulo?" Jéssica pensa ao tocar a campainha da mansão Soarez (casa da joyce). O mordomo abre a porta:

- Bom dia Alfred, que terno lindo. - Jéssica elogia o mordomo.

- A Joyce não está por perto, pode me chamar pelo meu nome de verdade. - O mordomo fala sussurando.

- E qual seria? - Jéssica pergunta curiosa.

- Bom, meu nome é Raimundo Geraldo, mas todos me chamam de Maranhão, só aqui que a Joyce deu ordens para que meu nome fosse Alfred. O pai dela está me pagando muito bem né? Podem até me chamar de corno que eu vou sorrir. A Joyce está no quarto, pode subir.

- Tá bom Maranhão, obrigada.

Ao chegar no quarto Jéssica se depara com Joyce chorando. Ela não sabia o que fazer, para Jéssica todos os dramas de Joyce eram apenas chiliques.

- Amiga, você está bem? Que baixo astral é esse? Você é linda e rica, o que mais você pode querer?

- Olha eu ainda não esqueci o que você fez comigo naquele sonho duas semanas atrás. Mas vou conversar com você. Acho que o Caio está me traindo com alguma vagabunda.

- Porque você acha isso?

- Ele some do nada, já segui ele algumas vezes. Mas não vejo nenhuma garota, ele sempre está com meu primo. E tinha uma marca roxa no pescoço dele, perguntei se era um chupão. Mas ele me garantiu que caiu jogando futebol. Você que tem se aproximado do Rodrigo, sabe de alguma coisa?

Jéssica havia sacado tudo, Caio estava tendo um caso com Rodrigo. Mas ela jamais poderia falar para a Joyce, ela havia prometido guardar segredo. Jéssica não era do tipo de quebrar promessas:

- Não amiga, eu não sei de nada.

- Mas eu sei, a minha intuição não está errada! Eu não estou ficando louca. - Joyce abre sua gaveta e pega cinco notas de cem reais e começa a rasgar na frente de Jéssica. Elas eram amigas há três meses, mas Jéssica nunca havia se acostumado a vê-la rasgar dinheiro.

- Joyce, eu acho uma covardia você ficar rasgando dinheiro na minha frente. Você sabe que a minha família e eu estamos passando por dificuldade financeira, e podemos ser despejados a qualquer momento por não pagar o aluguel. - Jéssica desabafa deixando Joyce ainda mais irritada.

- Você quer mesmo comparar a sua vidinha perfeita com a minha? Você não sabe o quanto eu sofro, você não sabe o tanto de problema que eu tenho. Sai da minha casa agora! Chega de amigas tóxicas. - Joyce expulsa Jéssica de sua mansão.

Os dias haviam se passado e Joyce ficava cada vez mais solitária e triste. Jéssica havia se afastado dela e começado a andar com as garotas que sempre a perseguiam antes da mudança de visual. Caio estava cada dia mais distante, dava cada vez menos atenção para ela, ele sempre estava com o celular desligado e em algum lugar que Joyce não saberia, ou com quem ele estaria. "Não posso deixar o meu namoro acabar assim, não posso desistir assim" Joyce pensou ao se arrumar para visitar Caio.

Na casa de Caio, Rodrigo insiste em querer convencer Caio a abrir o jogo. Os dois estavam cada dia mais apaixonados e mais grudados que nunca. Rodrigo estava com a consciência pesada por enganar Joyce:

- Estou cansado de viver esse romance secreto, é algo errado. Ela é minha prima conheço ela desde sempre, por mais que ela seja maluca, ela não merece isso.

- Assumir o que? Não está rolando nada entre eu e você, eu nem ao menos gosto de você. Eu não sou um viadinho. - Caio fala friamente olhando nos olhos de Rodrigo.

- Se você não gosta de mim, se tudo o que rolou não tem nenhum significado pra você, então eu não sei o que estou fazendo aqui. Não me procure mais. - Rodrigo coloca a sua mochila nas costas e anda em direção a porta, mas Caio segura a mão dele e puxa seu corpo, envolvendo ele em um abraço.

- Eu acho que talvez eu goste de você. - Caio beija o Rodrigo loucamente ao empurrá-lo e os dois caem na cama.

Eles esqueceram de trancar a porta do quarto, Joyce abre a porta e os pega no flagra:

- Vocês são gays? É isso? - Joyce pergunta frustrada.

- Claro que não, imagina... Estou dando aulas de primeiro socorros para Caio, o primeiro é a respiração boca a boca. - Rodrigo diz ironicamente.

- Ufa, que susto. Já estava pensando besteira. - Joyce respira aliviada.

- Oi amor, aconteceu alguma coisa? - Caio pergunta para Joyce ao se aproximar e beijá-la lentamente, um beijo tão demorado e intenso que chega a constranger Rodrigo. Joyce abre os olhos e percebe que Rodrigo a encara com um olhar triste.

- Rodrigo se puder me dar licença, preciso conversar a sós com meu namorado.

- Eu já estava mesmo de saída. - Ao sair Caio puxa a porta com toda a força do mundo. Tão bruscamente que assusta Joyce e ela dar um grito.

- Calma amor, não precisa se assustar. O que você quer falar comigo que precisa ser tão urgente?

Joyce olha nos olhos de Caio, e o confronta com uma pergunta um tanto quanto minuciosa:

- Porque a sua boca está com o gosto do esperma do meu primo?

- Você está louca? Para de paranóia, vamos para o shopping fazer o que você faz de melhor... compras.

- Desculpa amor, por eu ser impulsiva as vezes. Eu não sei o que deu em mim. Vamos sim, você me conhece mesmo melhor que qualquer outra pessoa.

Triângulo de Fogoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن