capítulo 35

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Marina ✨

Eu tava um pouco distraída enquanto andava com o meu filho perto da praça indo até a sorveteria, vício que esse menino tem, nunca vi igual, em casa eu sempre compro mas as vezes tento regular um pouco por que nada demais faz bem, e como não tinha dado pra ele essa semana ele pediu e cá estava eu indo fazer vontade.

Assustei quando ele soltou a minha mãe e subiu um degrauzinho da praça indo em direção a uns meninos, direto no Th pra ser mais exata. Ele pegou essa mania de toda vez que ver ir atrás pra falar, e eu sofro né. Revirei os olhos ficando ali ainda, e observei ele fazer toque e dar risada, em seguida os outros meninos riram e pegaram na mão dele também.

Wendel: Chega pra cá, Marina. Isso tudo é vergonha? Esquenta não, nós é tudo parceiro igual.- Neguei e o outro me olhou por cima do ombro.

Th: Ela não se mistura pô.- Falou normal e eu observei o Davi segurar na mão dele.

Davi: "Sovete".- Puxou ele e eu bufei segurando a minha indignação.- vem.

Mari: Davi, ele não vai, vamos?

Th: Vai lá, moleque. Outra hora nós toma um sorvete..- Os meninos riram e eu também.- obedece a tua mãe. É chata mas continua sendo né, fazer o que.

Mari: Parece até que não gosta da minha companhia filho, prefere ele do que a mamãe?! - Ele sorriu sapeca vindo na minha direção e pegou na minha mão.

Th: Vai lá desocupada.

Mari: Além de vender droga e ficar na praça usando, tu faz o que?

Th: Tá errada, maluca. Tenho gente pra fazer isso por mim, não é assim que funciona não, assim tu me ofende, respeita.- Eu ri debochando, e os meninos riram dando tchau pro meu filho que balançou a mão.

De longe já eu olhei pra trás após atravessar a rua, e vi os homens comentarem alguma coisa, e o Wendel apontar pra mim.

Tomei o sorvete com o Davi, e um pouco mais tarde eu segui pra casa da minha mãe, chegando lá já dei de cara com ele conversando na maior intimidade, e pela hora, 2h da tarde, tudo indicava que tava almoçando com a Jéssica ja que ela sempre sai da boca quando tá lá e vem comer, independente da hora.

Tânia: Davi já comeu?

Mari: Comeu, mas não muito, tava na maior agonia pra tomar sorvete, mas ele tá de barriga cheia.

Davi: Quero mais! - Falou alto.

Mari: Não quer nada, não vai comer demais sem querer pra depois passar mal, eu hein. Tá aprendendo isso, onde?

Jéssica: Deixa ele comer.

Mari: É fogo no cu, sempre que vê alguém comendo diz que quer também. Mas e tu, por que não foi comer lá em casa? Tem comida pronta.

Jéssica: Th veio comigo e eu não sei se tu ia querer ele na tua casa.

Th: Me odeia tanto assim?

Mari: Prefiro não responder...- Falei rindo e ele negou com a cabeça.

Tânia: Não sei pra que essa implicância agora, já viveram grudados por tanto tempo!

Th: É caô dessa mandada aí, vou nem explanar os bagulho se não ela fica com raiva.- Semicerrei os olhos pra ele.- qual foi?

Ignorei sentando no sofá de frente a tv e olhei ele sorrir de lado, pelo menos a Jéssica tava conversando com a minha mãe e nenhuma das duas tava prestando atenção na gente.

Mari: Falei que eu ia me arrepender.

Th: Arrepender do que, tu gostou, melhor foda da tua vida.- Encostou com o braço no sofá, susurrando no meu ouvido.- se quiser a gente faz de novo.

Mari: Deus me livre! - Falei baixo de volta, e ele negou com a cabeça rindo da minha cara.- você é péssimo.

Th: Só se for pra tu, pro resto não.

Mari: Eles mentem bem.- Falei olhando minhas unhas, e ouvi a Jéssica chamar ele.

Ele me xingou de "otária" porém como sempre eu não me importei, do jeito que estava ali sentada permaneci até minha mãe voltar e começar a me fazer várias perguntas dizendo que tinha percebido alguma coisa entre a gente, não é possível que ninguém consegue esconder nada dessa mulher!

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