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—  Ângelo?

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—  Ângelo?

— Sim.

— Você está bem? — Pergunto

Estamos no meu quarto, não havia outro livre, por isso, tivemos que dormir juntos. Estamos dormindo em lados opostos da cama, mas, mesmo assim o nervosismo do Ângelo não acabava. Será nervosismo por dormir comigo ou por causa da viagem?

— E-eu estou bem — Respondeu mentindo — Por que a pergunta?

— Por… nada, esquece — Respondo — Se estiver desconfortável, posso dormir na sala.

— Não! Não vai, quero dizer, você pode ir... Quero dizer…  — Ele está tão nervoso que se atrapalha com as palavras. — Suspiro fundo — O quarto é seu, o único que tem de sair aqui sou eu... Não estou desconfortável, mas se você estiver...

— Estou bem. — Digo interrompendo

— Também estou bem.

— Até amanhã, Ângelo.

— Até amanhã, Valérie.

— Não!

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— Não!

Desperto ouvido Ângelo gritado, olho para ele  e está... dormindo?

— Ângelo?

— Imploro pai, não me fecha aqui, não faz isso... — Ele diz

Será que ele está delirando? Toco em sua testa para verificar a temperatura, ele estava bem, não estava com febre.

— Pai não, por favor!

Ele deve estar em um pesadelo, mexo nele para que acorde, mas... nada.

— Ângelo.

— Para, por favor! — Diz

— Ângelo!

— CHEGA! — Ele acorda gritando, olha-me confuso e começa a chorar.

— Ei...! Está tudo bem! — Digo abraçando-o. — Está tudo bem, foi só um pesadelo.

Uma Alfa Para Um ÔmegaKde žijí příběhy. Začni objevovat