Uma Alfa Para Um Ômega

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Meu?!

Ele é o meu companheiro, minha metade, minha alma gêmea e âncora. Caramba! Como isso impossível? Eu... Não estava esperando por isso... eu... o que faço agora?

Diferente de muitas mulheres, não sonhava em encontrar minha alma gêmea, nunca parei para pensar nesse assunto- Estava demasiado ocupado para pensar nesse assunto - Deveria ter pensa sobre esse assunto. E agora o que faço? Como devo reagir? O que devo dizer? Minha deusa ajude-me.

Abro e fecho minha boca em seguida, não sei o que dizer, nem sei o que sentir.

Meus sentimentos estão todos embaralhados com os da minha loba, não sei como descrever o que estou sentindo. Meu companheiro reivindicado se afasta de mim, consigo ver o medo no seu olhar, além disso, sinto as suas emoções, estão tão embaralhadas como as minhas.

Será isso uma coisa boa? O que as pessoas sentem ao encontrar sua alma gêmea? Será que eles sentem o que estou sentindo agora?

Ele também abre a boca e em seguida, fecha. Repete meus movimentos. Não sabe o que dizer.

O clima estava tenso, pela primeira vez em anos o silêncio me incomoda, quero acabar com isso, mas como? Pela primeira vez na minha vida estava sem palavras.

Sempre sei o dizer. Sempre. Nunca me faltaram palavras, mas agora parece que todas simplesmente sumiram. Suspiro, respiro fundo e decido terminar com essa situação. Abro a minha boca para falar, mas sou logo interrompida.

- Parece que o meu maninho finalmente encontrou sua companheira... - Quem falou foi o homem que empurrei.

Espere um segundo, eles são irmãos? Vendo bem, eles são um pouco parecidos - Como alguém é capaz de fazer uma coisa dessas ao próprio irmão mais novo? Cadê os pais? Como eles permitiam isso?

O meu ódio por ele aumentou consideravelmente e, com isso, o desejo de matá-lo. Coloco-me de pé e fico frente a frente com o irmão do meu companheiro há pouco reivindicado.

- Olhando bem, você é muito linda. - Ele diz-me- Além disso, posso ver que és uma alfa.

- Sim, sou...- Ele interrompeu-me.

- Então, vamos conversar, de alfa para alfa. - Ele disse - Você quer mesmo um peso morto como ele? Quer mesmo um inútil como seu companheiro?

- Para começa ninguém e inútil e o meu companheiro não será um peso morto para mim.

- Ele é um ômega!

- Ê...? O que isso tem a ver? - Pergunto séria.

- Você vai aceitar esse lixo como companheiro?

- O único lixo que estou vendo aqui é você. - Digo indignada.

- Mais respeito! - Ele vocifera - Exijo que me respeite!

- Você não tem o direito de exigir algo de mim! - Digo friamente - Tem sorte por ainda estar vivo.

- Já chega! - Ele devolve gritando. Tentou me bater, mas segurei sua mão a tempo.

- A próxima vez em que erguer sua mão a fim de tentar me agredir, ficará sem ela. - Digo friamente.

- Você está me ameaçando?

- Ameaças são para pessoas fracas. - Digo - Não ameaço, estou lhe avisando.

- Você tem ideia de com quem está falando? Sabe quem sou?

- És um cretino que vou matar - Digo e ele ri.

- Sou o futuro Alfa da alcateia, está me ameaçando dentro do meu território, rodeada pelo MEUS lobos, Garota...!

- MAIS RESPEITO! - Esbravejo - Está falando com Valérie Micheuax Leroux! - A sua boca abre um perfeito "Ó" - A mais poderosa alfa fêmea do mundo, a famosa Loup démon.

Capto seu medo e não era só o seu medo, consegui captar o de todos, todos estão apavorados e têm razão por estarem assim.

- V-vo-cê é a-a...

- O quê foi? A loba comeu-lhe a língua? - Pergunto rindo - Não se preocupe, vou me divertir bastante com a sua alcateia e depois de matar você.

Me viro para meu companheiro, ele parece surpreso e aterrorizado. Bolas!, ele deve estar assustado por ter descoberto quem sou, tenho que conversar com ele, mas não agora.

- Simon, acompanha o meu companheiro até o meu chalé - Digo - Peça para Lydia para cuidar dele.

- Está bem. - Diz-me o Simon - Vamos?

Ele pergunta estendendo a mão para meu companheiro que recua com medo.

- Não tenha medo, não há nada para temer aqui - Digo para a minha metade - Vai com ele, em breve irei ter com vocês e conversaremos. Meu companheiro abre a boca, mas, em seguida fecha.

Ele olha para mim e depois para Simon, respira fundo e agarra a mão do Simon. Recebe ajuda para ficar de pé, se ajustam de modo que meu companheiro consiga ser amparado pelo ombro por Simon. Os dois seguem para o carro e partem.

- Agora vocês sairão daqui. - Digo para público - Tem dois segundos para sumirem da minha frente! - Em menos de dois, a praça que estava cheia, fica completamente vazia, só restava duas pessoas neles, eu e o meu cunhado. - Agora só ficamos nós dois.

- O-o... O que fará comigo?

- Em breve descobrirá - Digo - Agora, você me levará aos seus pais.

- O que quer com meus pais?

- Em breve saberá.