21 ❤

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Serguei

A mulher ainda estava desacordada enquanto eu a encarava caída, tragando mais um vez o cigarro. Sopro a fumaça quando a ouço gemer, e abrir os olhos lentamente percebendo o lugar estranho que estar.

-Aonde estou? Quem é você? - pergunta assim que me fita.

Jogo o cigarro no chão me abaixando próximo dela que se afasta me olhando assustada.

-Não se afaste, não vou machucá-la... quer dizer ainda. - aliso a lateral de seu rosto que ela não se opõe pois olha tudo em volta como se tentasse calcular a forma que vai sair. Coitada. -Muito bonita, e por isso entendo porque meu irmão ficou tanto tempo ao seu lado.

-Se afaste de mim. - fala nervosa e sorrio tirando minha mão de seu rosto indo para seu pescoço, apertando com força.

-Cala boca vadia. Mulheres como você só serve para chupar pau e nada mais. - falo alto bem próximo a seu rosto que agora me encara temerosa. -Tenha medo mesmo vadia, não sou como Fedrick que se deixa dominar por mulher.

-Fedrick não me interessa mais.- fala com dificuldade enquanto aperto mais.

-Ah claro, agora você abre as pernas para Arthur Santiago. Ambiciosa você. Esperta.

-Não fala assim...

-Cala a merda da boca! Espero que Arthur tenha se viciado nessa sua boceta porque conto com isso.

-Senhor? - o soldado me chama na porta e me viro esperando tudo que eu planejei da certo. -O irmão do senhor foi pego pelos Santiagos. Provavelmente irá morrer ou o senhor irá resgata-lo?

-Eu lá tenho cara que vou resgatar um merda? Assim você me ofende. - pego a arma e atiro bem no meio da sua testa perdendo a vida bem ali na minha frente.

-Tire esse lixo daqui. Isso serve para vocês verem que não estou aqui para perder tempo. Dylan Gentile irá cair. - olho novamente para Anaya que encarava estática o corpo caído que agora estava sendo arrastado para ser queimado. -Serve de aviso para você também cunhada.

Ela não me olha mais e saio com o soldado fechando a porta. Caminho pelo corredor, desço as escadas e logo saio da casa entrando no carro que me esperava.

Fui o braço direito de Dylan por muitos anos. Amo a máfia russa como minha família o que ele não fez ficando apenas em Londres e negligenciando seus afazeres. Orientei inúmeras vezes, mas parei com isso quando percebi que sou muito mais capaz desse trono do que ele. Eu mereço estar como líder. Eu sei muito mais do que ele e por isso não deixarei mais com que ele retorne. Perdeu Dylan.

Arthur Santiago

Horas depois...

-Inútil! - altero a voz batendo na mesa já perdendo o pingo de razão quando o harckea diz que ainda não a encontrou. -Procurem mais. Preciso de resposta merda.

-Você precisa se acalmar Arthur. - Víctor diz e olho pra ele com deboche não acreditando que justo ele estava me pedindo isso. -Entendo o sentimento que estar sentindo. É horrível.

-Horrível não Víctor. Parece que tiraram meu coração do peito. Então não me peça que eu fique calmo pois isso é impossível.

-Zaire estar arrasado, tanto quanto você. Ruby também já sofreu atentando e quase morri ao imaginar minha mulher sofrendo. Mas se você perder o raciocínio será pior.

-Se você sabe como me sinto não me peça o impossível.

Deixo ele sozinho entrando no elevador, indo para o térreo. Entro no meu carro e dirijo até o calabouço o mais rápido que consigo nem respeitando quando o semáforo fica vermelho. Assim que entro no calabouço indo até o cela do desgraçado, só consigo ver vermelho de tanto ódio desse merda que estar fazendo minha mulher sofrer em algum canto dessa cidade.

-Me deixe sozinho. - peço aos dois soldados que assente abrindo a cela pra mim.

Fedrick estar sentado na cadeira de ferro com as duas mãos amarrada para trás. Sua cabeça levanta e seus olhos me fita logo abrindo um sorriso de lado.

-Achou a vagabunda? - pergunta de forma cínica e me aproximo da grande mesa com ferramentas de torturas.

-Você vai se arrepender em chama-lá assim.

-Você não pode me matar. Nunca vai saber aonde Anaya estar. - fala tentando me convencer quando pego o martelo firme entre meus dedos e vou me aproximando dele que já fecha a boca engolindo em seco. -Serguei vai matar Anaya se souber que você me matou ou me machucou.

-Serguei mandou praticamente te matar. - falo e seus olhos me expressam dúvida mas pouco me importo quando seguro seu cabelo firme e bato com força na sua boca arrebentando seus dentes. Ele tenta se mexer mais a minha raiva é tanto que o seguro firme, batendo repetidas vezes acabando com ele. -Estou acabando com sua boca para aprender a nunca mais chamar minha mulher de vagabunda.

-P-por favor... Eu... NÃO! - berra ao ver eu pegar a tesoura grande.

-Estar com medo Fedrick? Não gosta de torturas? E quantas foram as vezes que maltratou a mulher mais incrível que eu conheço? - pergunto abrindo sua boca com força e segurando sua língua, cortando sem pena. -Você não valorizou Anaya, Fedrick. Que pena. Deixa eu ver o que tenho aqui... - brinco olhando as ferramentas, tocando cada uma com devida calma e atenção. -Temos que nos divertir né Fedrick. Te causar bastante dor como você fez. Aha! Você gosta de sexo sem consentimento. O que acha de uma madeira enfiada no seu rabo.

Seus olhos se arregala enquanto o sangue desce por sua boca.

-Soldados! - chamo e eles logo chegam olhando a cena. -Desamarre nosso convidado. Tirem a roupa dele e vamos enfiar a madeira como os estupradores merecem. Gostam tanto de transar com a mulher sentindo dor, que agora quero ver ele chorando de tanto prazer que irá sentir.

Fedrick se debate quando o debruçam sobre a mesa.

-Madeira grande gente. Me tragam! - grito adorando a cena. -Quem quer ser o primeiro a causar dor? Ah! Tragam uma bacia de água também. Afogamento é sempre bom.

Horas passaram enquanto eu detonava com Fedrick. Seus gritos era músicas pra mim. Não deixei que morresse pois eu queria que ele sofresse ainda mais. Pedi que chamassem o médico para ver o estado dele e amanhã começariamos novamente.

-Disposição Fedrick! Amanhã tem mais. - falo saindo de sua cela limpando o sangue de meu rosto com o lenço.

Meu celular toca com nome de tio Dylan.

-Fala tio.

-Torturou Fedrick bastante?

-Estou com tanto ódio tio. Quero vê-lo sofrer mais pelo que fez a Anaya. Estar acabando comigo não saber aonde...

-Estamos perto de achá-la. Se divirta acabando com ele. Tenho dicas infalíveis de tortura.

-Isso eu sei que o senhor tem.

Finalizo a chamada entrando em meu carro e indo pra casa. Bato no volante com as imagens dela vindo na minha mente me torturando. Nunca pensei que ficaria tão destroçado a esse ponto. Lágrimas inundam meus olhos e não aguentando, choro.

Anaya chegou tão rapidamente mas marcando tanto minha alma, que não posso aceitar que venham a levar ela de mim assim. Não pode ser o fim. Não podem tira-la assim. Meu coração se aperta enquanto tento manter o foco na pista. A dor não é física mas estar acabando comigo.

*****

Dominou meu coraçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora