- Você nem liga pra o que tá fazendo, eu já tenho o jogo na mão - Em resposta à carta do mais alto, ele jogou uma maior.
- Eu acho que a única pessoa que tem o jogo na mão aqui é Allister, bom, isso se não for ela quem distribui as cartas - O homem coçou a barba crescente, e logo depois fez uma jogada ainda mais medíocre que a anterior.
- Já estamos há um bom tempo rodando sem rumo, na minha opinião ela não tem um plano, deve ser por isso que nunca explica o que faz. E distribuir cartas você diz? A Allister não é nenhum Deus, e também não deve ser tão inteligente o quanto acha que é - O rapaz ficou mais um tempo observando as cartas que tinha, não queria desperdiçar nenhuma carta ótima derrubando as patéticas de seu adversário.
O mais velho apenas riu da última afirmação, jogando mais uma carta aleatória.
- Simon! Você nem está levando o jogo à sério!
- É... Talvez esteja voltando a ficar sóbrio - Os olhos caídos e entediados do homem se fixaram no nada, ele não parava de coçar o maldito cabelo comprido e bagunçado.
Korle ficou ali, parado na frente dele, vendo-o se distrair enquanto se perguntava o porquê de ainda fazer isso, de esperar ao menos uma lasca de maturidade vinda daquele indivíduo.
Ele pigarreou, tirando o mais velho do transe.
- Já é a minha vez?
- Presta atenção na porcaria do jogo que você descobre.
Os dois continuaram lançando cartas um para o outro, o ritmo do jogo foi logo parecendo estar tomando um rumo mais acelerado, agora que Simon aparentava levar a coisa mais a sério. Bem, dentro dos seus padrões de seriedade.
- Simon, eu andei pensando... O que tu achou daquele Mesno?
- Como assim? - Ele ergueu uma das sobrancelhas, sem levantar o olhar das cartas.
- Não está com uma pulga atrás da orelha? Afinal, a gente não sabe porquê ele foi preso, e também não temos prova de que ele não seja um... Você sabe...
- Primeiro, eu não tomo banho há um certo tempo então talvez eu realmente esteja com pulgas - Após dizer isso, ele deu uma coçada na parte detrás da cabeça. Korle não esboçou nenhuma reação. - Segundo, ficou com medo dele jogar alguma mandinga em você?
O baixinho puxou uma carta.
- Mas é claro que não! Eu só estou preocupado, e se ele for um assassino ou qualquer coisa dessas? - Ele jogou.
Simon jogou outra. - Aonde quer chegar?
- Eu não sei... Só não confio nele. E quer saber mais? Eu não confio em Allister também.
- É uma decisão sábia, de fato - Naquele momento Korle não soube dizer se pelo tom Simon estava sendo sarcástico ou não.
Agora só sobravam cinco cartas na mão de cada um, e o mais novo declarou:
- Quer saber, vamos acabar logo com isso. Mostra a sua mão pra eu me nomear vencedor logo.
O homem encolheu os ombros.
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Polise [Sendo Reescrito]
Fantasy"O céu começou a escurecer. O portão Sul estava aberto, o palco estava vazio, sem nenhum sinal de vida. O escuro tomou conta, as folhas das árvores começaram a chacoalhar com violência, não havia uma tocha acesa. O vento uivou quando a lua começou a...
Capítulo III - Parte Um
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