Prólogo

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Eu lembro que doía, olhar pra ele doía.

O vento era forte lá fora, as árvores dançavam como valsas em meio ao vácuo do vento. Minha vida era tudo branco, literalmente. os médicos vestia branco, minha sala do hospital era branca, até meu livro era branco.
Mais ainda sim eu conseguia achar uma esperança em meio a tudo isso. Papai sempre dizia que as nossas luta, era refletida por uma cruz, ao qual só vivemos aquilo que nos foi permitido viver, pois ela foi feita certinha para  cada um do tamanho certo. E além de tudo sempre me ensinou que teria situações piores que a minha.

Posso ir a escola ainda, posso ver meus amigos desajustados… juro, gosto deles por não serem perfeitos e fora do padrão. Anne era a inteligente do grupo, o que seria de nós sem ela para passar nas provas. Lukas sempre foi o galenteador seu charme era uma graça, bom e eu a garota doidinha, conhecida pela falante, se tinha um bom papo, lá estava eu. Sentávamos sempre juntos no refeitório.

Anne estava falando comigo, mas não estava tão focada nela, não conseguia parar de olhar pra ele, eu lembro que doía, olhar pra ele doía. Algo nele me incomodava, não falava, nada de amigos e talvez não fazia  questão de ter. Desde de pequena tenho Lukas e Anne do meu lado e ele não parece ter ninguém do seu. Seu olhar sóbrio e pecaminoso me atraía, seu lado misterioso me assombrava.

— Eloizy — Anne gritou.

A Dor Sentida Where stories live. Discover now