Seria bem mais divertido do que eu imaginava

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                           Natasha

Ele bem que mereceu. Primeiro me beijou como se precisasse daquilo para continuar respirando e depois disse que não tinha gostado?

Ele mereceu, com certeza, ficar na vontade. Meu dilema ali era outro, por que eu tinha o beijado? E pior ainda, por que eu tinha gostado?

Ele tinha me deixado excitada só com um beijo, e eu ainda sentia a queimação nos lugares onde ele tinha me tocado.

Agora estava excitada e frustada.

- Por que você está com essa cara de quem comeu e não gostou? - perguntou Wanda entrando na cozinha e abrindo a geladeira.

- Porque eu comi e gostei. - respondi sem pensar. Estava apoiada no balcão da cozinha desde que cheguei. Carla, a cozinheira da casa, me fazia companhia, mesmo não tendo dito nada além de um "bom dia".

- Você esta com cara de quem comeu e não gostou porque comeu e gostou? - ela arqueou as duas sobrancelhas enquanto despejava o suco no copo. - Você sabe que isso não faz sentido, né?

 - Você sabe que isso não faz sentido, né?

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Carla soltou uma risadinha baixa.

- Se você tivesse acabado de passar pela situação que passei você entenderia. - falei, sem maiores explicações.

- Ok, acho que você não vai querer me contar isso. - minha irmã soltou uma risada. - Bom dia, Carla.

- Bom dia, senhorita Wanda.

- Sem o senhorita, só Wanda. - minha irmã revirou os olhos. - Me sinto velha quando você me chama assim.

- Desculpa, querida. - falou Carla rindo. - É o costume, sua avó insistia em ser chamada assim.

Wanda quase engasgou com o suco.

- Calma aí, você conheceu minha avó?

- Eu não passava de uma menina, mas a conheci sim. Minha mãe trabalhava aqui antes de mim, então eu vivia sempre por aqui. Sua avó exigia ser chamada de senhorita.

- Pois eu exijo ser chamada de Wanda, ou qualquer outra coisa que não me faça parecer ter saído de 1830.

- Clara, Wanda. - Carla sorriu.
Eu não estava muito atenta a conversa, o fantasma do beijo ainda estava me assombrando.

Eu tinha gostado de beijar Steve, e eu normalmente não negava fogo. Mas sentir desejo por aquele caipira mal educado?

Ele era irresistivelmente gato, além de aparentar saber o que faz.

Sweet Home - Romanogers Onde as histórias ganham vida. Descobre agora